Com 57 anos de existência, a Escola de Árbitros Flávio Iazzetti da Federação Paulista de Futebol inicia nesta segunda-feira, o curso preparatório para quem procura ingressar nesta carreira. Sílvia Regina de Oliveira, Roberto Perassi e Márcio Brandão serão os instrutores técnicos, com participações em pontos determinantes, de nomes como os de Cleber Wellington Abade e Vicente Romano Neto, além de convidados: Paulo Cesar de Oliveira, Carlos Eugênio Simon e Sálvio Spínola Fagundes Filho.
Com 300 candidatos inscritos, 120 foram selecionados e terão a formação de um ano e meio, grade curricular extensa, exemplificando a regra do jogo e a parte prática.O curso se dividirá em três módulos divididos por semestre onde o aluno irá aprender as regras do jogo, parte física, além de cumprir todo o teste aplicado pela Fifa e as suas diretrizes.
A diretora da Escola de Árbitros, Sílvia Regina mostrou-se empolgada com o início do curso. “É o primeiro como diretora que pego desde a abertura até o encerramento e espero formar o meu primeiro árbitro Fifa. Quero que os alunos tenham consciência do que é ser um árbitro de futebol, isso é o mais importante. Às vezes as pessoas fazem o curso e acham que irão apitar no Morumbi ou Pacaembu depois que se formarem. Quero que olhem a importância em ser árbitro também no sub 11, sub 15 e campeonatos femininos”, declarou a ex-árbitra.
Segundo pesquisa realizada na Escola de Árbitros a maioria dos inscritos já atuaram em jogos amadores de seus bairros ou cidades e por isso possuem alguma experiência na área, o que deve facilitar no entendimento das aulas.
Sobre a procura do público feminino, a instrutora do curso acredita que seja maior que no ano passado. “Elas se interessaram bastante, espero que a gente forme também árbitras que queiram apitar o jogo efetivamente”, afirmou Sílvia Regina.

Já Wendel Soares, de 26 anos, o curso é uma grande oportunidade em fincar seu nome no cenário do apito. “A expectativa é grande em fazer um curso legal e poder atuar. Realmente todo brasileiro sonha em ser jogador de futebol, mas compatível com isso, desenvolvi interesse pela arbitragem, tive vontade e curiosidade e tenho que aproveitar esta chance”, afirmou Soares.
Roberto Perassi, um dos instrutores, destacou a importância de ser um árbitro reconhecido e renomado. “Basicamente constitui em um futuro interessante para a arbitragem não só em São Paulo, como no Brasil e na América. Quando iniciamos o curso a visão é de futuro, de gente que venha desenvolver o seu trabalho e que atinja os maiores patamares possíveis”, analisou Perassi.
Segundo ele não existe nada melhor que ver um aluno que ele ministrou aulas se destacando no cenário. “A emoção é gigantesca, porque temos muitos árbitros que passaram por aqui e chegaram a níveis internacionais, por isso espero que agora não seja diferente e no futuro estes jovens cheguem ao estrelato”, contou Perassi.
Autor: Alessandro Yara Rossi
Fonte: Federação Paulista de Futebol/Refnews
Nota do Apito do Bicudo: As escolas de formação de árbitros de futebol de São Paulo e Rio Grande do Sul, há muitos anos desenvolveram um paradigma de formação e aprimoramento constante de novos apitos sem similaridade no Brasil, e por isso possuem excelentes árbitros e assistentes. Destaque-se a qualidade do corpo de instrutores dessas escolas, que é composto por profissionais da mais alta estirpe. Me chama a atenção a presença da ex-árbitra Silvia Regina à frente do comando da escola paulista, o que significa extremo profissionalismo, e a participação do maior árbitro de todos os tempos do futebol brasileiro, o gaúcho Carlos Eugênio Simon.
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