terça-feira, 1 de novembro de 2011

Curi precisa meditar melhor

Jarbe Cassou
No último sábado (29), nas dependências do restaurante do Senac, em Curitiba, no período compreendido entre às 12h30 e 14h,  compunham uma das mesas, o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Helio Curi e a trempe de dirigentes  da  (Apaf) Associação Profissional de Árbitros do Paraná, José Renê Stavinski, Claudio Pacheco e Willian Stole. Além da bela feijoada, o assunto que dominou o ágape, foi a proposição  de Helio Curi  no sentido de que a Apaf, deveria abrir mão do direito de negociar com os patrocinadores que atualmente são  estampados na  indumentária dos homens de preto do Paraná.  Patrocinadores esses que são vistos no uniforme dos apitos paranaenses nas  competições da FPF, e abrir espaço para que a Federação Paranaense de Futebol, passe a celebrar um novo contrato em nome dos árbitros paranaense, e a Apaf saia do pedaço. Mas, a lancetada final de Curi  nos dirigentes da associação dos árbitros, por muito pouco não provocou azia e má-digestão nos mesmos. Curi,  sugeriu de forma  explícita aos representantes dos árbitros, que a FPF, além de gerenciar o novo contrato, gostaria de  ficar com valor financeiro desse contrato na sua totalidade para os cofres da entidade que preside.

                             Anderson Gonçalves
Incontinenti, o vice-presidente da Apaf, o conceituadíssimo advogado Claudio Pacheco, que é a maior revelação em se tratando de líder classista no momento no futebol brasileiro e, por extensão, da Apaf, refutou tal proposta e replicou: não abrimos mão em hipótese alguma de uma prerrogativa concedida pela Fifa aos árbitros. Pacheco, deixou claro que hoje são realizadas três pré-temporadas ao quadro de árbitros de futebol do Paraná, os uniformes são gratuítos a todas as categorias de árbitros,  e os testes físicos realizados com a infraestrutura adequada só acontecem,  porque os  patrocinadores propiciam toda a estrutura necessária para que isso aconteça. Não bastasse ser a Federação Paranaense de Futebol, a única que exige no futebol mundial, que seus árbitros paguem pelo terceiro ano consecutivo, a taxa de R$ 135.00, por cabeça ao ano para apitar os seus campeonatos, agora  os homens do apito do Paraná recebem como "prêmio", uma proposta no mínimo indecente. E, por último, Claudio Pacheco foi contundente na sua assertiva em relação ao tema: a Federação Paranaense de Futebol, pelo que ele tem conhecimento nunca investiu um centavo no quadro de arbitragem do futebol do Paraná nos últimos tempos.   

PS: Lamenta-se de tudo a FPF, como todas as demais federações, não possuam nenhuma ascensão sobre os árbitros de futebol, que se tivessem a consciência voltada para a realidade, deviam saber que são autônomos em relação a entidade, como uma verdadeira  "empresa" prestadora de serviços, que até pode ser considerada um ente terceirizado. Embora não seja a  "mecânica" que prevalece,  a FPF relativamente aos árbitros, o presidente da entidade matter do nosso futebol, deveria "analisar entre com  os seus botões", sobre o assunto e proceder uma meditação  mais profunda, porque se o árbitro parar, para o futebol e para a FPF com certeza. Já passou da hora dos dirigentes que comandam futebol do Paraná, agirem como gente grande, dar uma basta nessa pandemia de  mesmice que está impregnada na Casa Gêneris Calvo. Aliás, quem se ater a  observar com um mínimo de sensatez, o declínio que atinge o futebol da terra dos pinherais nos últimos tempos, verá que a decadência das nossas equipes, dos nossos dirigentes é fato incontestável . À exceção  ao aqui exposto, são os dirigentes do Coritiba, Ernesto Pedroso Júnior e Vilson Andrade, que implementaram um conceito empresarial na forma de administrar o clube do Alto da Glória e devolveram à ingente torcida coxa branca o direito de voltar ao lugar que o clube pela sua grandeza mereceu e merece.

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