domingo, 15 de janeiro de 2012

Bola mecânica é a interrogação que vive o futebol

                                                 Foto: Apito do Bicudo

O futebol, talvez o mais conservador dos esportes, poderá dar um passo gigantesco rumo à "modernidade" nos próximos dias. A novidade deverá surgir na próxima Reunião do International Board, que acontecerá no crepúsculo de fevereiro e limiar de março, na Inglaterra.

É aguardado com expectativa, os resultados dos experimentos que as empresas autorizadas pela Fifa, realizaram com o chip na bola e sua eficácia, que serão apresentados nessa reunião. A experiência nominada,  vem sendo testada desde fevereiro de 2005,  primeiro, numa partida da Seleção Alemã, na cidade de Nuremberg,  posteriormente no Mundial Sub-17, no Peru, em setembro do mesmo ano, e mais recentemente no Mundial de Clubes, no Japão em 2007, onde ficou constatada algumas imperfeições.

 A bola com chip, ou bola inteligente como é denominada pela entidade que controla o futebol no planeta, em que pese toda a tecnologia top de linha nela utilizada,  ainda não conseguiu provar 100%, quando a bola ultrapassa totalmente a linha de meta ou não. A bola  foi criada pela Adidas, em parceria com a Cairos AG e o Instituto Fraunhofer, todos com sede na Alemanha. 

A bola inteligente funciona da seguinte forma. Ele tem um microchip de menos de 15 milímetros. Esse manda um sinal de rádio quando a bola ultrapassa a linha de meta, como se tocasse uma cerca elétrica. Esse sinal é transmitido por 12 antenas colocadas  nas extremidades do campo para um computador, que envia a mensagem para um receptor no pulso do árbitro em menos de um segundo.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, que sempre se mostrou contrário a utilização da tecnologia para auxiliar a arbitragem a dirimir lances polêmicos, tentou ao final do ano que passou, manter o discurso conservador em meio a novidade que será apresentada:  “Essa tecnologia para a linha do gol é suficiente. O futebol deve manter seu caráter humano e deve aceitar os equívocos dos árbitros.  Se nós começarmos a fazer um jogo  muito científico, ele perderá  sua fascinação, afirmou Blatter, ao jornal alemão Bild”.

PS: o futebol desde que o seu inventor trouxe à população mundial, apesar de remoto tempo, sofreu poucos acréscimos, mas na essência continua o mesmo: vinte e dois atletas; uma bola, e árbitros necessários, naturalmente contando-se mais ainda   a platéia. Existiu sempre uma vontade sonora de apresentar inovações quanta à sua prática, todavia essas não passaram do plano da teoria. Agora, quando se fala em colocar no gramado a bola eletrônica, tudo isso deve ser considerado como o testemunho verdadeiro daqueles que não tem o que fazer, visto que o futebol nunca mudará as suas características, pois é uma verdadeira “religião”, com aproximadamente 300 milhões de seguidores das suas regras, que tem a força de uma “bíblia”. E “bíblia”, é livro que não pode ser mudado,  porque foi escrito para ser obedecido eternamente.

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