segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Condições obrigatórias para ser assessor

Diferentemente dos e-mails que recebi no dia de hoje,  quando sou acusado de ocupar este espaço para “inventar” condições para que uma pessoa possa ser designada como assessor de arbitragem ou compor a comissão de árbitros, informo que tal afirmação não tem procedência. Para informar aos que se indignaram com os nossos comentários e, sobretudo  informar ao leitor, transcrevo a Circular 763/2001 da Fifa, que determina: a composição das comissões de arbitragens, os instrutores de árbitros e os observadores/assessores de arbitragem, devem ser ex-árbitros com notório conhecimento sobre  as Regras do Jogo de Futebol. Portanto, a decisão é da Fifa  e suas determinações são universal.   

Escassez de bons árbitros
Essa questão está ligada diretamente a ausência da formação de  Escolas  de Árbitros de Excelência, no processo seletivo dos futuros apitos e, por extensão, na metodologia empregada na didática ministrada aos novos árbitros. Se a CBF não interferir para que  essas medidas sejam  implementadas no futebol brasileiro, em curto espaço de tempo, o País pentacampeão do mundo terá que importar árbitros de outros Continentes.

Os cursos para árbitros de futebol no Brasil atingiram níveis comerciais  e devem ser revistos, normatizados. É inconcebível a formação desmesurada  de árbitros a cada temporada, sem critério, nem mesmo de idade, se não há mercado e nem plano de acompanhamento para eles após a formatura.

O uso do quadro de arbitragem inchado só beneficia os que querem pressionar  e tirar proveito da situação de alguma forma. Os cursos de arbitragem devem estar vinculados as comissões de árbitros ou aos sindicatos dos árbitros, fazendo parte de um planejamento de formação e organização  dos quadros estaduais.  

É obrigação das associações/sindicatos coibir a utilização meramente comercial dos cursos de arbitragem, ajudando a fiscalizar e orientar as pessoas que, porventura, sintam-se prejudicadas. Aliás, a função das associações e sindicatos dos árbitros é outra questão que precisa ser revista, discutida, pois é inaceitável o grau de subserviência  dessas entidades em relação as federações estaduais de futebol, o que as impede de exercer suas verdadeiras atribuições junto às essas mesmas federações e, por conseguinte, aos clubes, na defesa dos seus associados.  

PS:  as excelentes atuações que vem realizando nas competições da Conmebol e da CBF, elevaram Wilson Luiz Seneme (Fifa/SP), a ser o árbitro nº 1 do Brasil lá na Fifa.  A informação me foi passada através de um ex-árbitro, que está comentando arbitragem em âmbito internacional, que tem livre trânsito na entidade que controla o futebol no planeta e  tem conhecimento do assunto. A notícia acende a luz amarela  para  Heber Roberto Lopes (Fifa/PR), que precisa tomar uma posição se deseja continuar inserido no processo para a Copa de  2014.    

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