Concluídos os dois turnos do campeonato paranaense, vem aí os dois Atletibas, que irão finalmente dar vida ao campeonato. Me perguntam como foi o desempenho das nossas equipes e da competição em si, mas entendo que a resposta ao questionamento que me foi realizado, está muito bem fundamentado na coluna do Augusto Mafuz, do último sábado (28/4/2012) - e na brilhante matéria da Gazeta do Povo deste domingo, de autoria da jornalista Patrícia Bahr.
Meu tema é arbitragem e neste setor não houve
avanço substancioso nos últimos anos no futebol paranaense. E ela é de
fundamental importância para os clássicos decisivos, Coritiba x Atlético/PR,
para salvar o que resta da competição. Nos próximos dias, o assunto Atletiba,
irá dominar a mente dos dirigentes, dos atletas, da imprensa, e, sobretudo, do
torcedor.
Sem renovação não tivemos nenhum nome do quadro de
árbitros da Federação Paranaense de Futebol, indicado para compor o quadro de
aspirante a Fifa, em 2010, 2011 e2012. E, por extensão, um novo nome para
apitar o principal clássico do futebol do Paraná. Isto revela, que embora tenha
a entidade mater do nosso futebol, um contingente expressivo de árbitros, fruto
da realização de uma avalanche de cursos na última década, o futebol da terra
das Araucárias, está em descompasso com a realidade. A quantidade desmesurada
de cursos de árbitros de futebol no Paraná, lamentavelmente, propiciou o lucro
fácil a um segmento “seleto” e a qualidade foi para o beleléu.
Aliás, seria de bom alvitre, que o recém
empossado corregedor de árbitros da CBF, Edson Resende de Oliveira, inicie um
processo de acompanhamento e o “modus operandi” empregado na maioria dos
cursos de árbitros realizados em todo o Brasil. Em assim agindo, ficará
sabendo, porque os árbitros indicados pelas federações para a CA/CBF, em muitos
casos são meia-boca.
O histórico acima relatado,é doloroso ao futebol da
terra dos pinherais, pois materializa a verdade que a nossa confraria de apitos
vive um momento crítico, que já se estende por longo período, sem renovar
qualquer valor nessa área, circunstância que leva a motivar um brado de
protesto contra os responsáveis da nossa entidade com gestão nesse setor.
O fracasso já ganha a imagem de perpetuidade, sendo
mais do que certo que não há esperança a curto e médio prazo de se abrir
caminho para um árbitro daqui galgar o patamar inicial e a posteriore seguir a
rota para a Fifa.
Foto: Apito do Bicudo
Foto: Apito do Bicudo
PS: diante do exposto, no
setor do apito nos últimos 8 anos, sob a batuta de Afonso Vitor de Oliveira,
que dirige tão nevrálgico setor de forma caricata, resta a dupla Atletiba duas
opções: Evandro Rogério Romam e Heber Roberto Lopes, ambos da Fifa. Mas aqui,
faço uma solicitação aos Fifa nominados: se despojem de toda a vaidade e
apliquem seus notórios conhecimentos físicos, psicológicos, técnicos e táticos
nos dois clássicos. Se assim procederem, Romam e Heber são imbatíveis e não
precisa importar árbitro de outra federação.
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