terça-feira, 29 de maio de 2012

Ciência ótica faz anatomia do impedimento

 Observando as  interpretações equivocadas  e as dificuldades demonstradas  pelos  árbitros assistentes nas rodadas iniciais do Brasileirão/2012, no momento de sinalizar  se  um jogador está ou não em posição de impedimento (Regra 11) - lembrei-me de  recente estudo científico realizado pelo doutor Francisco Belda Maruenda, publicado na conceituada revista British Medical Journa,l que pediu depois dessa pesquisa, que a Fifa alterasse a regra que versa sobre o impedimento.
No estudo, Belda especifica que é humanamente impossível  para um assistente constatar se um atleta está em posição de impedimento. De acordo com o médico, o olho e o cérebro humano não possuem a capacidade de processar toda a informação visual necessária para aplicar a regra.
Na entrevista que concedeu a imprensa após a publicação da sua pesquisa, Francisco Belda se mostrou satisfeito pela publicação do seu estudo numa das revistas mais importantes do planeta, que versa sobre o tempo de reação do olho humano. Na oportunidade, Belda afirmou que encaminhou a nominada pesquisa científica à Fifa , à Federação Espanhola e à Uefa,  embasada por mais de cento e vinte e sete cientistas, objetivando a mudança na metodologia na regra do "off side".
No estudo o médico afirma que o bandeirinha deve olhar ao mesmo tempo para o jogador com a bola para comprovar quando fará o passe, para o seu companheiro o mais distante e o último defensor, em um processo que requer pelo menos dois movimentos  sacádicos. Que são movimentos oculares rápidos e pequenos, que têm por finalidade posicionar a imagem em movimento sobre a fóvea, e, com isto, melhorar a acuidade visual. Podem, também, aparecer sobrepostos no fim do rastreio. Existem subdivisões do movimento sacádico, mas, talvez, a mais importante seja aquela de correção, que aparece dentro dos movimentos de perseguição, em resposta a estímulo móvel. Dois parâmetros são considerados de fundamental importância: o ganho e a latência. O ganho é a comparação entre a velocidade dos olhos e a do alvo, expresso em porcentagem. A latência é a diferença entre o momento de início do movimento do alvo, em relação ao dos olhos.
Ao final do seu estudo científico o médico espanhol afirma que há erros na aplicação da regra porque o árbitro tem de mudar de objeto, de visão em curto espaço de tempo, e não tem condições físiológicas  para isso. E que para minimizar os equívocos de impedimento durante uma partida, são necessários meios técnicos, como a imagem da Tv, para se ter a certeza  se a regra foi ou não infringida.

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