quarta-feira, 2 de maio de 2012

Não toquem no futebol

 Foto: Fifa.com
"Na verdade o futebol teve sua origem  estabelecida em princípios que não podiam ser alterados, pois seu entusiasmo está irmanado naquilo que foi modelado no seu nascimento. É muito natural que a tecnologia venha transformando sistematicamente outros  setores, mas o futebol em relação aos mesmos é uma arte una e por si indivisível. Já surgiram algumas inovações, mas de porte menos expressivo e que em nada refletiu para excluir a sua vibração quando do respectivo surgimento."

"Os internautas tem observado o nosso entendimento a respeito, o qual sempre foi orientado no sentido de manter a situação inicial dessa modalidade esportiva. Poderiam algumas inovações até torná-lo mais atraente, inclusive fazê-lo perante o torcedor mais eficiente e por outro lado excluir a responsabilidade daqueles que lhe dão direção e sentido quando da sua realização".

"Como ponto de destaque, os denominados árbitros assistentes adicionais, implementados nas competições da Uefa, que ficam posicionados ao lado das metas, sustentariam a responsabilidade do árbitro, detalhe que até concordamos pela sua possível eficiência. Porém, fora disso,  parece-nos que será desgastante qualquer outra motivação, embora muitas estejam em estudos, como a da implementação de uma bola com chip (ou bola inteligente) - como é denominada pela Fifa, e através desse chip, irá alertar o árbitro nas situações em que a bola ultrapassar totalmente a linha de meta".

"A  Fifa mantém um entendimento, na linha do conservadorismo tradicional e a mesma estamos agregados. Explicamos: a partir do momento que o futebol começar a sofrer os efeitos da tecnologia atual, que se maneja pela virtualidade, então restará  como alternativa que a beleza está sendo autonomizada e por certo vai se perder o natural do futebol, que foi instituído para funcionar como um “Cláusula pétrea”, isto é, sem autorizar qualquer vicissitude, que lhe subtraia as características originais".

"De tudo é possível afirmar, que está se despertando um movimento destruidor, nunca construtor,  porque em “time que está ganhando não se mexe”, neste jargão está incluído o mais nobre do que se chama o futebol".

"É melhor deixar como está, do que introduzir alterações que venham, macular a sua grandeza. O  que foi dito acima esclarece profundamente o propósito do nosso sentimento em relação ao esporte de maior galhardia mundial".

PS: Stanley Rouss, sexto presidente da Fifa de 1961 a 1974, questionado sobre o conservadorismo no futebol afirmou: no futebol não se inventa. Futebol é paixão. O que enche estádio é controvérsia. Foi pênalti, não foi, foi impedimento, não foi...... Se acabar com isto acaba o futebol.

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