Javier Castrilli também coleciona arbitragens polêmicas na Argentina
Foto: AFP
O Boca Juniors deixou La Bombonera após o empate por 1 a 1
com o Corinthians na primeira partida da final da Copa Libertadores
reclamando do árbitro chileno Enrique Osses, principalmente o meia Juan
Román Riquelme, que o acusou de "se fazer de idiota". O responsável por
apitar o jogo decisivo, quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), no Estádio
do Pacaembu, será o colombiano Wilmar Roldán, que disse se espelhar em
um velho conhecido das torcidas corintiana e xeneize: o argentino Javier
Castrilli.
Em entrevista publicada no jornal Olé, o colombiano Wilmar Roldán
declarou que se inspirou no começo de carreira no árbitro argentino
Javier Castrilli. Na segunda partida da semifinal do Campeonato Paulista
de 1998 entre Corinthians e Portuguesa, Castrilli foi convidado pela
Federação Paulista de Futebol (FPF) para comandar o duelo. A partida
terminou 2 a 2 e o clube alvinegro conquistou a classificação para a
decisão.
E até hoje a Portuguesa acusa o argentino de beneficiar o Corinthians
naquela partida. Castrilli marcou dois pênaltis para o clube de Parque
São Jorge. No primeiro, Evair segurou Cris na área após cobrança de
escanteio e a equipe rubro-verde reclamou por achar ser um lance
corriqueiro de jogo. O último, ele apontou para a marca da cal após
enxergar o zagueiro Cesar cortar um cruzamento com a mão, quando na
verdade dominou com a barriga. Marcelinho e Rincón converteram as duas
penalidades e garantiram o time alvinegro na final.
Sem saber da polêmica causada pelo árbitro no Brasil, o Olé
publicou "A volta de Castrilli", repercutindo as declarações de Roldán
de que o argentino foi uma "referência" no começo da carreira, assim
como o italiano Pierluigi Colina e o compatriota Oscar Ruiz. O diário
afirma que o estilo do colombiano é duro e que "assusta a muitos" pelo
"estilo peculiar" de apitar.
Apesar de ter comandado dois jogos do Boca Juniors na Copa Libertadores,
as vitórias por 3 a 2 sobre o Unión Española pela partida de voltas das
oitavas de final em Santiago e 2 a 0 sobre a Universidad de Chile em La
Bombonera, pela semifinal, Roldán pode assustar o "vestiário" do Boca
Juniors, segundo o jornal. Mas tudo por conta da comparação com
Castrilli.
E em muito por um duelo pelo Torneio Clausura do Campeonato Argentino de
1996. No dia 16 de junho daquele ano, o Vélez Sarsfield goleou o clube
azul e dourado por 5 a 1 em duelo que Castrilli expulsou três atletas
xeneizes, entre eles Diego Maradona. Além dos dois gols do goleiro
paraguaio José Luis Chilavert e das expulsões, o jogo ficou marcado pela
validação de um gol em que a bola não entrou e a reclamação de um
pênalti marcado, parecido com o que o árbitro marcou no Corinthians x
Portuguesa.
Outra partida que marcou o estilo rígido de Javier Castrilli no futebol
argentino foi a goleada do Newell's Old Boys do técnico Marcelo Bielsa
sobre o River Plate por 5 a 0 pelo Torneio Clausura do Campeonato
Argentino de 1992, em pleno Monumental de Núñez. O árbitro expulsou três
atletas em sequência (Acosta, Comizzo, Basualdo), por reclamação,
quando os times empatavam sem gols.
No decorrer da partida que valia a liderança naquele 10 de maio, Higuain
também recebeu cartão amarelo. E o time de Rosário foi campeão
justamente por dois pontos - vitória começou a valer três pontos depois
da Copa do Mundo de 1994 - sobre o Vélez Sarsfield e o Deportivo
Español. Menos de um mês depois do duelo, o Newell's perdeu o título da
Copa Libertadores para o São Paulo no Morumbi.
Fonte: www.terraesportes
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