quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Notícias do apito


Romam  reprovado no teste físico (1)
Apesar de ser um dos nomes de maior prestígio do quadro de árbitros da CBF, com antecedentes que justificam esta afirmativa,  por incrível que pareça, Evandro Rogério Romam (foto/Fifa/PR), está a caminho de perder o seu escudo da entidade internacional. Explico: em 2011, num caso “sui gêneris” no futebol mundial, Romam, obteve a complacência da CA/CBF, que para “preservá-lo” no quadro de arbitragem da Fifa, concedeu ao nominado apitador, quatro oportunidades de janeiro a setembro para que ele pudesse realizar os teste físico da CA/CBF/FIFA.
Romam reprovado no teste físico (2)
No último dia 4 de junho, na cidade de Londrina (PR), por ocasião do  teste físico acima nominado, destinado aos membros da Federação Paranaense de Futebol, que pertencem a Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf), Evandro Romam não compareceu alegando motivos profissionais. Mesmo assim, a CA/CBF o escalou em algumas rodadas do Brasileirão, mas a forte pressão de diferentes setores da arbitragem brasileira contrárias a sua escalação,  o fez desistir do seu intento e Romam pelo que fui informado, saiu de fininho para se preparar para o teste físico que foi realizado na noite da terça-feira (14).   
Romam reprovado no teste físico (3)
Pois bem, o temível teste físico da Fifa, que durante a sua duração tem  provocado desmaios, taquicardia, náuseas e  até o encerramento da carreira de muitos árbitros no Brasil, foi realizado ontem, no Complexo Celio de Barros, no Rio de Janeiro.  A aplicá-lo, Cristian Rosen, Instrutor Fifa e da Conembol. E aí, no sexto tiro de 150 metros, Romam parou. Nesta modalidade de 24 tiros, o árbitro para ser aprovado tem que realizar no mínimo 20 tiros. Além do árbitro paranaense, foram reprovados os assistentes  Dibert Pedrosa (RJ) e Vicente Romano Neto (SP).
Decadência (1)    
O ocorrido com Evandro Rogério Romam e a recente suspensão de Heber Roberto Lopes pelo (STJD), expõe de forma inexorável o declínio tático, físico, técnico e psicológico, que atingiu o quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol, nos últimos oito anos.
Decadência (2)
Quem se ater a observar as escalas da CBF nos anos de 2010, 2011 e 2012, observará que o futebol do Paraná no âmbito da arbitragem, ficou circunscrito aos indigitados árbitros e somente foi aberto espaço para um ou outro nome, quando ambos estavam impedidos de atuar. E os que foram escalados durante o hiato de Romam e Heber, não conseguiram se manter nas futuras escalas.
Diante do que se noticiou acima, pergunto:  quantos painéis ou seminários de arbitragem realizou a Comissão de Árbitros da FPF de 2004 até a presente data? Quem é o preparador físico dos árbitros da FPF e onde são realizados os treinamentos? Onde está sendo aplicada a taxa de inscrição dos 220 árbitros inscritos, que é cobrada em conjunto pela FPF e a associação dos árbitros no valor de R$ 280.00 per capita, cujo depósito é feito na conta da associação? Por que não aplicar parte desse montante no aprimoramento e descoberta de futuros árbitros? Por que a CA/FPF não consegue revelar um único árbitro desde 2004? Por que o futebol do Paraná não conseguiu indicar nenhum árbitro sequer para o processo seletivo da Asp/Fifa, em 2010, 2011 e 2012? Acredito que a resposta a tudo isso, está no modelo anacrônico de ensinamentos, que são ministrados pelo setor do apito aos homens de preto da Federação Paranaense de Futebol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário