domingo, 19 de agosto de 2012

“Supermercado” de equívocos contínuos

 O primeiro turno do Campeonato Brasileiro deste ano termina no próximo domingo, mas o veredicto sobre o desempenho da arbitragem no que concerne as Séries A e B da competição é sofrível.
Confesso que de há muito não observava uma seqüência de equívocos crassos dos árbitros e assistentes,  como os vivenciados nesta temporada. A falta de iniciativas corretas nas tomadas de decisões é um verdadeiro escárnio a quem se digne a assistir uma partida “in loco” ou pela TV.

A Fifa diz que as decisões do árbitro no campo de jogo, devem ocorrer simultaneamente à infração captada pelo seu campo visual, ou o mais rápido possível. Isto significa que o homem de preto não deva tomar a decisão sem hesitar, porém, uma pausa demorada, ou uma decisão equivocada, propicia aos atletas e técnicos a impressão de incerteza na decisão tomada, e, conseqüentemente, abre espaços para uma série de questionamentos e indisciplina na maioria das vezes. 
 Foto: Apito do Bicudo
Equívocos técnicos, indisciplina dos atletas, treinadores e dirigentes durante os prélios, no intervalo e após os jogos foram constantes, com a omissão e conivência daquele, que segundo Joseph Blatter, é o guardião das Regras do Jogo de Futebol. Critérios diferenciados na sinalização de faltas, na aplicação dos cartões amarelo e vermelho, do (agarra-agarra dentro da área penal - neste tipo de lance, apenas Leandro Pedro Vuaden e Marcelo de Lima Henrique – foto - procederam de forma adequada, advertindo e punindo a infração com tiro  penal). A falta de autoridade de postar a barreira a 9,15 metros nas cobranças dos tiros livres direto e indireto, e a ausência de qualidade na comunicação do sexteto de arbitragem, foram as principais deficiências exibidas pela confraria do apito nesta fase.
O segredo da boa comunicação é a sua eficácia. Exemplo de eficiência na comunicação, foi a pronta intervenção do árbitro adicional, Marcelo Aparecido de Souza (CBF-1/SP), na partida São Paulo x Ponte Preta, no lance que originou o primeiro gol (penal) do Tricolor do Morumbi. Sua ação via ponto eletrônico deveria ser exibida aos demais (AA) assistentes adicionais como paradigma. 

O retrato que todos nós assistimos na Série A e B, é de que a maioria dos apitos não está nenhum pouco preocupada com a qualidade do seu labor, pelo contrário, querem agradar a tudo e a todos, ter o seu nome incluído no sorteio, conhecer o Brasil via aérea e receber a sua pecúnia.    

PS: e, por derradeiro, que CA/CBF submeta os árbitros que compõe a Relação Nacional dos Árbitros de Futebol (Renaf), a um exame oftalmológico minucioso, sobretudo na mácula, a área do fundo do olho humano responsável pela visão da leitura e detalhes. Por quê? Porque há um número expressivo de árbitros e assistentes, que não conseguem enxergar determinados lances durante as partidas, independente do período diurno ou noturno.   

  



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