Raio-X da arbitragem

Uma bela arbitragem (1)

Ronan Marques da Rosa, árbitro da Federação Catarinense de Futebol, surgiu de repente no cenário nacional e, pelo andar da carruagem, veio para ficar. Acompanhando suas atuações na Série B e mais recentemente  na Série A do Brasileirão deste ano, fiquei com a impressão de que se lapidado com o devido desvelo pela CA/CBF, em curto espaço de tempo, Santa Catarina, poderá ter novamente um árbitro Asp/Fifa.

Julio Cancellier
Ronan, de Santa Catarina, pode se tornar aspirante à Fifa.

Uma bela arbitragem (2) 
                                                                                                          
No domingo que passou, no prélio Coritiba/PR 1 X 2 Santos/SP, no Couto Pereira, Ronan da Rosa, para muitos, demonstrou critérios diferenciados nos lances de contato físico. Discordo: o indigitado árbitro demonstrou capacidade e discernimento no momento de interpretar se houve um contato casual, quando nada deve ser marcado, ou se naquele contato  entre os atletas aconteceu uma infração. Aliás, neste quesito, Rosa foi perfeito. Gostei da sua postura, da sua autoridade, da sua discrição e equilíbrio emocional. Ótima arbitragem, numa partida que no seu transcurso teve lances fáceis, porém, às vezes difíceis.

Renaf terá alterações (1)

Diante das recentes mudanças levadas a efeito pelo novo comandante da CA/CBF, Aristeu Leonardo Tavares, é dado como certo que em 2013, a lista da Relação Nacional de Árbitros da entidade que comanda o futebol brasileiro,sofrerá profundas modificações.

Renaf terá alterações (2)

O estilo disciplinador e a implementação do mérito, características marcantes na personalidade do homem forte da arbitragem brasileira, devem nortear as futuras indicações para a Renaf. Alguns árbitros,  acostumados com o  famoso “jeitinho brasileiro”, deixaram de comparecer aos testes físicos e há outros que estão solicitando dispensa por  tempo indeterminado. E há os que afirmam não estarem focados na arbitragem, em função dos seus “afazeres profissionais”, no entanto, quando escalados compareciam sem a menor cerimônia. Com novo comando, mudou a cor da chita, e quem tem um mínimo de inteligência está saindo a "francesa".

Renaf terá alterações (3)

Um dos prováveis nomes que deve ser sacado do quadro internacional da Fifa, é Evandro Rogério Romam da Federação Paranaense de Futebol. Romam, que em 2011 obteve a benevolência da CA/CBF e conseguiu manter o escudo, neste ano não encontrou as mesmas facilidades e como não compareceu ao teste físico  em junho em Londrina (PR) e no último dia 11 em Curitiba, sua saída é dada como certa nos corredores da CBF.

Sem substituto (1)

Com a  provável saída de Evandro Romam do quadro da Fifa, a Federação Paranaense de Futebol, perde uma vaga no quadro internacional de arbitragem e o mais grave: não há substituto no atual quadro de árbitros da FPF, a altura para substituí-lo. Os "inteligentes" que dirigem o decadente futebol paranaense, sobretudo da Comissão de Arbitragem, esqueceram ou nunca pensaram, que um dia tal fato poderia acontecer e que deveriam preparar alguém para quando isto acontecesse.

Sem substituto (2)

Roberto Braatz, que tem um história de sucesso na arbitragem nacional e internacional na sua trajetória no futebol, e acaba de ser eleito presidente da Associação Profissional dos Árbitros de Futebol do Paraná, é conhecedor do retumbante fracasso do modelo de gestão empregado pela Comissão de Arbitragem da FPF e da subserviência "vergonhosa" da associação dos árbitros a partir de 2004, em relação a FPF.

Sem substituto (3)

Acredito, e os árbitros com os quais falei nos últimos dias, que dada a sua inteligência, seu caráter e sua brilhante performance como assitente, que Braatz irá romper com o modelo anacrônico e subserviente que está impregnado na associação dos homens de preto e no comando do apito da Casa Gêneris Calvo. Se assim não acontecer, lamento, pois Braatz estará conduzindo o quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol, para o fundo do poço. Falta pouco!

Não faltou aviso (1)

No apagar das luzes de 2011, escrevi aqui neste espaço, que se Heber Roberto Lopes (Fifa/PR),  almejava manter-se pré-selecionado para o Mundial de 2014, deveria refletir e buscar recursos que o mantivessem inserido no processo. Se fosse o caso, mudar de federação, pois o Paraná há muito tempo deixou de ter representatividade junto a CBF.

Não faltou aviso (2)

Além do exposto, nunca é demais lembrar, que "o homem forte" do futebol paranaense conspirou contra José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, após a saída de Ricardo Teixeira da CBF. Agora, Heber Roberto Lopes terá que recomeçar tudo de novo. E o caminho a ser trilhado na nossa opinião, passa por um novo modelo de gestão na associação dos árbitros e, por extensão, na mudança do comando da vetusta Comissão de Arbitragem da FPF.