Foto: Sinafesc
Afonso Vitor de Oliveira de camisa branca ao lado de Nelson Lehmkul
O futebol paranaense, isso
relativamente ao seu campeonato, de há muito vem fazendo com que os clubes se
onerem através de taxas não previstas no Estatuto ou em qualquer instrumento
legal, a não ser uma aprovação em arbitral cujos membros que votaram a favor
deram um tiro no seu próprio pé. Referida taxa é um absurdo e a sua destinação
é mais absurda ainda, como se verá na nota seguinte.
Taxa indevida? (2)
Assim que assumiu o
comando da arbitragem da (FPF) Federação
Paranaense de Futebol, no apagar das luzes de 2004, Afonso Vitor de Oliveira e
seus congêneres foram contemplados com um negócio da “china”. Explico: no
arbitral financeiro do Campeonato Paranaense de 2006, a Comissão de Arbitragem
da FPF conseguiu a aprovação dos clubes de que a partir de então, seriam
descontados 3% da renda de cada partida do aludido campeonato em benefício da
comissão.
Taxa indevida? (3)
A alegação para a cobrança
dessa “taxa”, foi de que o quadro de árbitros da entidade vivenciava uma forte
crise “moral”, e a presença dos membros da CA/FPF nos jogos, além de inibir
práticas nefastas aos homens de preto, iria propiciar a descoberta de novos
valores com vocação e talento para o mister do apito. Mas para isso acontecer, Afonso Vitor e demais
companheiros, precisavam se locomover das suas cidades de origem, para aferir o
desempenho do quarteto de árbitros e daí a inclusão do percentual de 3% ser
incluído no borderô. Mas o tiro saiu
pela culatra. As arbitragens não melhoraram, a decadência se tornou a marca
indelével do quadro de árbitros da entidade e nenhum árbitro com perspectivas de futuro foi revelado.
Taxa indevida? (4)
Diante do acima exposto,
os clubes insatisfeitos apresentaram proposição reduzindo o percentual de 3%
para 1%, a partir de 2009. Inclusive se valeram no arbitral financeiro, da
notícia publicada por este colunista na TRIBUNA DO PARANÁ, em 30/01/2008, onde era noticiado que nas
primeiras seis rodadas do campeonato daquele ano, os clubes haviam repassado à
Comissão de Árbitros da FPF, a quantia de (R$ 35. 195. 82). Mas a pressão e os
mesmos argumentos anteriores foram
utilizados e ficou acordado em 2%.
Taxa indevida? (5)
De lá para cá, pela absoluta
ausência de uma escola de Formação de Árbitros de Excelência, de uma comissão
de alto nível e de um projeto de acompanhamento e orientação dos atuais e àqueles
árbitros que foram formados, a qualidade das arbitragens caíram ainda mais e
pelo andar da carruagem, as perspectivas são as piores possíveis. Perdemos
recentemente a vaga de árbitro Fifa, que era de Evandro Romam e estamos na
eminência de perder nos próximos dias, a do assistente Roberto Braatz, que foi
alcançado pela idade limite de 45 anos. Sabem por que isso está acontecendo?
Porque os responsáveis pelo mais importante setor do futebol do Paraná, no caso
a arbitragem, pensam e procedem como se estivéssemos no século passado. POBRE
ARBITRAGEM PARANAENSE!
PS: diante
de tudo que se leu, as Entidades de Prática Esportiva (clubes), que disputarão
o campeonato de 2013, permitirão que a taxa de 2% continue sendo descontada no
borderô em benefício da Comissão de Árbitros da FPF?
Nenhum comentário:
Postar um comentário