terça-feira, 16 de outubro de 2012

Taxa indevida? (1)



 Foto: Sinafesc
Afonso Vitor de Oliveira de camisa branca ao lado de Nelson Lehmkul
 
O futebol paranaense, isso relativamente ao seu campeonato, de há muito vem fazendo com que os clubes se onerem através de taxas não previstas no Estatuto ou em qualquer instrumento legal, a não ser uma aprovação em arbitral cujos membros que votaram a favor deram um tiro no seu próprio pé. Referida taxa é um absurdo e a sua destinação é mais absurda ainda, como se verá na nota seguinte.

Taxa indevida? (2)
Assim que assumiu o comando da arbitragem da  (FPF) Federação Paranaense de Futebol, no apagar das luzes de 2004, Afonso Vitor de Oliveira e seus congêneres foram contemplados com um negócio da “china”. Explico: no arbitral financeiro do Campeonato Paranaense de 2006, a Comissão de Arbitragem da FPF conseguiu a aprovação dos clubes de que a partir de então, seriam descontados 3% da renda de cada partida do aludido campeonato em benefício da comissão.  

Taxa indevida? (3)
A alegação para a cobrança dessa “taxa”, foi de que o quadro de árbitros da entidade vivenciava uma forte crise “moral”, e a presença dos membros da CA/FPF nos jogos, além de inibir práticas nefastas aos homens de preto, iria propiciar a descoberta de novos valores com vocação e talento para o mister do apito.  Mas para isso acontecer, Afonso Vitor e demais companheiros, precisavam se locomover das suas cidades de origem, para aferir o desempenho do quarteto de árbitros e daí a inclusão do percentual de 3% ser incluído no borderô.  Mas o tiro saiu pela culatra. As arbitragens não melhoraram, a decadência se tornou a marca indelével do quadro de árbitros da entidade e nenhum árbitro  com perspectivas de futuro foi revelado. 

Taxa indevida? (4)
Diante do acima exposto, os clubes insatisfeitos apresentaram proposição reduzindo o percentual de 3% para 1%, a partir de 2009. Inclusive se valeram no arbitral financeiro, da notícia publicada por este colunista na TRIBUNA DO PARANÁ,  em 30/01/2008, onde era noticiado que nas primeiras seis rodadas do campeonato daquele ano, os clubes haviam repassado à Comissão de Árbitros da FPF, a quantia de (R$ 35. 195. 82). Mas a pressão e os mesmos argumentos  anteriores foram utilizados e ficou acordado em 2%.

Taxa indevida? (5)
De lá para cá, pela absoluta ausência de uma escola de Formação de Árbitros de Excelência, de uma comissão de alto nível e de um projeto de acompanhamento e orientação dos atuais e àqueles árbitros que foram formados, a qualidade das arbitragens caíram ainda mais e pelo andar da carruagem, as perspectivas são as piores possíveis. Perdemos recentemente a vaga de árbitro Fifa, que era de Evandro Romam e estamos na eminência de perder nos próximos dias, a do assistente Roberto Braatz, que foi alcançado pela idade limite de 45 anos. Sabem por que isso está acontecendo? Porque os responsáveis pelo mais importante setor do futebol do Paraná, no caso a arbitragem, pensam e procedem como se estivéssemos no século passado. POBRE ARBITRAGEM PARANAENSE!

PS: diante de tudo que se leu, as Entidades de Prática Esportiva (clubes), que disputarão o campeonato de 2013, permitirão que a taxa de 2% continue sendo descontada no borderô em benefício da Comissão de Árbitros da FPF?

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