segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Notícias do apito


Amigo do erro (1)
Há pouco mais de trinta dias, o assistente Asp/Fifa Bruno Boschilia, da Federação Paranaense de Futebol, anulou de forma “grotesca,” um gol legítimo do atacante Liédson, do Flamengo no Engenhão, contra o Cruzeiro. No lance em tela, havia dois atletas defensores entre a linha de fundo e a bola, o que descaracterizou o “off side” na sua plenitude.   
Amigo do erro (2)
No domingo que passou no Canindé, no prélio Portuguesa/SP 2 x 2 Grêmio/RS, aos 30’ da primeira etapa, o indigitado assistente voltou a errar, anulando um gol legítimo da equipe gaúcha, consignado pelo meia Werley, que não estava em posição de impedimento quando da cobrança da falta, ou lançamento como queiram.  Havia um jogador do Grêmio que estava em posição de impedimento, mas não participou da jogada.
Amigo do erro (3)
Quando do acontecido no gol erroneamente anulado de Liédson, a CA/CBF anunciou que Bruno Boschilia e o árbitro Nielson Nogueira Dias, que também teve problemas na mesma rodada, seriam submetidos a um processo de requalificação, e, posteriormente reinseridos nos sorteios. Não tenho conhecimento de que Boschilia tenha passado por processo requalificatório sobre a (Regra XI – Impedimento) aqui no Paraná. Mas se passou, pelo andar da carruagem, deve ser submetido em caráter emergencial a novo processo de aprendizagem, objetivando aprender a discernir as seguintes situações: "o que  significa, Interferindo no jogo, Interferindo num adversário e Ganhando vantagem por estar em posição de impedimento". Sugiro isto, para o seu próprio bem e do futebol brasileiro.
Anaf quer dinheiro público para melhorar a arbitragem
No recente Congresso realizado em São Paulo, a (Anaf) Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, fez um apelo ao Governo federal para que via ministério dos Esportes, seja liberada uma verba de R$ 4 milhões para projetos de formação de árbitros. O Ministério do Esporte concorda com a reivindicação da Anaf e qualifica a iniciativa como "louvável". Parte desse montante, cerca de R$ 2,7 milhões, será usada na formação de árbitros à distância. Uma universidade de Santa Catarina ficaria responsável por ministrar os cursos. Só não pode ser a universidade onde labora o presidente da Anaf, Marco Antonio Martins. O restante do dinheiro seria investido no aperfeiçoamento dos homens de preto. O presidente da CBF, José Maria Marin, disse no evento que vai investir também na arbitragem em 2013. "Desde que assumimos, pusemos os dois auxiliares a mais atrás do gol. Temos tentado melhorar, mas o erro humano já existia antes e vai existir sempre", disse Marin.
US$ 600 mil da Fifa?
Aliás, antes de pedir dinheiro público ao ministério dos Esportes, sugiro que o presidente da Anaf, Marco Martins, se intere a respeito da declaração dada ao (globoesporte.com) em 06/09/2007, pelo ex-árbitro e instrutor da Conmebol e da Fifa, Armando Marques, com o seguinte conteúdo:  a CBF recebe US$ 600 mil da Fifa para aplicar na Escola Brasileira de Futebol, que tem por objetivo melhorar o nível da arbitragem. Pergunto: este montante continua sendo enviado pelo Fifa? Quantos cursos foram realizados pela CBF nos últimos anos em benefício da otimização do árbitro de futebol no Brasil e quais foram os resultados?
Temos que formar instrutores profissionais (1)
Não sou contra a solicitação da Anaf. Mas antes de qualquer iniciativa na formação e no aprimoramento do árbitro de futebol brasileiro, é necessário a formação de bons instrutores e de assessores de arbitragem. Sem professores e assessores com a devida qualificação, não há árbitros preparados e se medidas efetivas não forem colocadas em prática pela direção da CBF, o futebol brasileiro vai ser motivo de fiasco na Copa do Mundo de 2014, no quesito do apito.
Temos que formar instrutores profissionais (2)
Fala-se muito na profissionalização do árbitro de futebol, discordo. Antes de profissionalizar o árbitro, a CBF, se deseja a melhora a qualidade das tomadas de decisões do árbitro no campo de jogo, deveria profissionalizar o entorno da arbitragem. A entidade deveria formar professores de alto nível em cada estado (ex-árbitros com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo de Futebol, professores de educação física, psicólogos) e remunerá-los. A partir deste processo, e com os resultados obtidos acredito que poderíamos pensar na profissionalização do árbitro em escala nacional. 
CBF deve buscar a padronização das arbitragens
Além  de formar professores de arbitragens, a CBF deve buscar uma padronização na composição das comissões de arbitragem das federações e estabelecer normas específicas para os denominandos assessores de arbitragem. Para isto é necessário elaborar um projeto com farto material de ensino. Nunca é demais lembar, que a função de assessor de árbitro nas competições da CBF está banalizada. Há um número expressivo de pessoas exercendo este labor sem as credenciais exigidas pela Fifa.
Faltam árbitros com vocação
A Fifa determina que os árbitros e assistentes do quadro internacional, devem ser submetidos a quatro testes físicos ao ano. Não tenho conhecimento de que isto tenha acontecido com a arbitragem brasileira. Além disso, penso que a CA/CBF deveria realizar testes vocacionais nos árbitros indicados pelas federações, quando do teste teórico e físico para compor a (Renaf) Relação Nacional de Árbitros de Futebol. O que observamos na atualidade é que não existe mais árbitro por vocação, só por dinheiro.
Um mundo milionário
Além do acima exposto, o árbitro de futebol no País pentacampeão de futebol, ocupa o último lugar do trem. É quem menos recebe de todo o dinheiro que gravita ao redor do futebol. Vai muito para os atletas, às transferências, às seleções, às organizações, aos corpos técnicos, mas é o último a ser lembrado, embora todos saibam que das suas tomadas de decisões depende o sucesso de uma partida. Pela importância que exerce dentro da estrutura do futebol, a arbitragem deveria ter maior investimento por parte das federações estaduais, da CBF e das autoridades exportivas. Mas não é o que acontece.
A arbitragem é a angústia dos clubes
Os clubes que participam dos campeonatos promovidos pela CBF,vivem momentos de real preocupação e isso tem como fonte o péssimo desempenho das arbitragens no ano em curso. Desde o início da Copa do Brasil em fevereiro até o presente instante, vivenciamos uma avalanche de erros absurdos de interpretação e aplicação das Regras do Jogo de Futebol, em todas as partidas. Se a entidade não realizar uma reformulação no quadro nacional para o ano que vem, os clubes, os torcedores, a imprensa e o próprio futebol, sofrerão perdas e perdas profundas.

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