Amigo do erro (1)
Há pouco mais de trinta dias, o assistente Asp/Fifa
Bruno Boschilia, da Federação Paranaense de Futebol, anulou de forma “grotesca,”
um gol legítimo do atacante Liédson, do Flamengo no Engenhão, contra
o Cruzeiro. No lance em tela, havia dois atletas defensores entre a linha de
fundo e a bola, o que descaracterizou o “off side” na sua plenitude.
Amigo do erro (2)
No
domingo que passou no Canindé, no prélio Portuguesa/SP 2 x 2 Grêmio/RS, aos 30’
da primeira etapa, o indigitado assistente voltou a errar, anulando um gol
legítimo da equipe gaúcha, consignado pelo meia Werley, que não estava em
posição de impedimento quando da cobrança da falta, ou lançamento como queiram. Havia um jogador do Grêmio que estava
em posição de impedimento, mas não participou da jogada.
Amigo do erro (3)
Quando
do acontecido no gol erroneamente anulado de Liédson, a CA/CBF anunciou
que Bruno Boschilia e o árbitro Nielson Nogueira Dias, que
também teve problemas na mesma rodada, seriam submetidos a um processo
de
requalificação, e, posteriormente reinseridos nos sorteios. Não tenho
conhecimento de que Boschilia tenha passado por processo
requalificatório sobre
a (Regra XI – Impedimento) aqui no Paraná. Mas se
passou, pelo andar da carruagem, deve
ser submetido em caráter emergencial a novo processo de aprendizagem,
objetivando aprender a discernir as seguintes situações: "o que
significa, Interferindo no jogo, Interferindo num adversário e Ganhando
vantagem por estar em posição de impedimento". Sugiro isto, para o seu
próprio bem e do futebol brasileiro.
Anaf quer dinheiro
público para melhorar a arbitragem
No
recente
Congresso realizado em São Paulo, a (Anaf) Associação Nacional dos
Árbitros de Futebol, fez um apelo ao Governo federal para que via
ministério
dos Esportes, seja liberada uma verba de R$ 4 milhões para projetos de
formação
de árbitros. O Ministério do Esporte concorda com a
reivindicação da Anaf e qualifica a iniciativa como "louvável". Parte
desse montante, cerca de R$ 2,7 milhões, será usada na formação de
árbitros à
distância. Uma universidade de Santa Catarina ficaria responsável por
ministrar
os cursos. Só não pode ser a universidade onde labora o presidente da
Anaf, Marco Antonio Martins. O restante do dinheiro seria investido no
aperfeiçoamento dos homens
de preto. O presidente da CBF, José Maria Marin, disse no evento que vai
investir também na arbitragem em 2013. "Desde que assumimos, pusemos os
dois auxiliares a mais atrás do gol. Temos tentado melhorar, mas o erro
humano
já existia antes e vai existir sempre", disse Marin.
US$ 600 mil da Fifa?
Aliás,
antes de pedir dinheiro público ao ministério dos Esportes, sugiro que o
presidente da Anaf, Marco Martins, se intere a respeito da declaração
dada ao (globoesporte.com) em 06/09/2007, pelo ex-árbitro e instrutor da
Conmebol e da Fifa, Armando Marques, com o seguinte conteúdo: a CBF
recebe US$ 600
mil da Fifa para aplicar na Escola Brasileira de Futebol, que tem por
objetivo melhorar o nível da arbitragem. Pergunto: este montante
continua sendo enviado pelo Fifa? Quantos cursos foram
realizados pela CBF nos últimos anos em benefício da otimização do
árbitro de futebol no Brasil e quais foram os resultados?
Temos que formar instrutores profissionais (1)
Não
sou contra a solicitação da Anaf. Mas antes de qualquer iniciativa na
formação e no aprimoramento do árbitro de futebol brasileiro, é
necessário a formação de bons instrutores e de assessores de arbitragem.
Sem professores e assessores com a devida qualificação, não há árbitros
preparados e se medidas efetivas não forem colocadas em prática pela
direção da CBF, o futebol brasileiro vai ser motivo de fiasco na Copa do
Mundo de 2014, no quesito do apito.
Temos que formar instrutores profissionais (2)
Fala-se
muito na profissionalização do árbitro de futebol, discordo. Antes de
profissionalizar o árbitro, a CBF, se deseja a melhora a qualidade das
tomadas de decisões do árbitro no campo de jogo, deveria
profissionalizar o entorno da arbitragem. A entidade deveria
formar professores de alto nível em cada estado (ex-árbitros com notório
conhecimento sobre as Regras do Jogo de Futebol, professores de
educação física, psicólogos) e remunerá-los. A partir deste processo, e
com os resultados obtidos acredito que poderíamos pensar na
profissionalização do árbitro em escala nacional.
CBF deve buscar a padronização das arbitragens
Além
de formar professores de arbitragens, a CBF deve buscar uma
padronização na composição das comissões de arbitragem das federações e
estabelecer normas específicas para os denominandos assessores de
arbitragem. Para isto é necessário elaborar um projeto com farto
material de ensino. Nunca é demais lembar, que a função de assessor de
árbitro nas competições da CBF está banalizada. Há um número expressivo
de pessoas exercendo este labor sem as credenciais exigidas pela Fifa.
Faltam árbitros com vocação
A
Fifa determina que os árbitros e assistentes do quadro internacional,
devem ser submetidos a quatro testes físicos ao ano. Não tenho
conhecimento de que isto tenha acontecido com a arbitragem brasileira.
Além disso, penso que a CA/CBF deveria realizar testes vocacionais nos
árbitros indicados pelas federações, quando do teste teórico e físico
para compor a (Renaf) Relação Nacional de Árbitros de Futebol. O que
observamos na atualidade é que não existe mais árbitro por vocação, só
por dinheiro.
Um mundo milionário
Além
do acima exposto, o árbitro de futebol no País pentacampeão de futebol,
ocupa o último lugar do trem. É quem menos recebe de todo o dinheiro
que gravita ao redor do futebol. Vai muito para os atletas, às
transferências, às seleções, às organizações, aos corpos técnicos, mas é
o último a ser lembrado, embora todos saibam que das suas tomadas de
decisões depende o sucesso de uma partida. Pela importância que exerce
dentro da estrutura do futebol, a arbitragem deveria ter maior
investimento por parte das federações estaduais, da CBF e das
autoridades exportivas. Mas não é o que acontece.
A arbitragem é a angústia dos clubes
Os
clubes que participam dos campeonatos promovidos pela CBF,vivem
momentos de real preocupação e isso tem como fonte o péssimo desempenho
das arbitragens no ano em curso. Desde o início da Copa do Brasil em
fevereiro até o presente instante, vivenciamos uma avalanche de erros
absurdos de interpretação e aplicação das Regras do Jogo de Futebol, em
todas as partidas. Se a entidade não realizar uma reformulação no
quadro nacional para o ano que vem, os clubes, os torcedores, a
imprensa e o próprio futebol, sofrerão perdas e perdas profundas.
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