Foto: Divulgação
A sequencia de erros
grotescos protagonizados pela arbitragem nas competições da CBF, no atual campeonato
paranaense, nos campeonatos estaduais que se desenvolvem pelo Brasil, e, em
amplitude planetária, tem afetado sobremaneira a credibilidade do árbitro de
futebol, e, colocado sob suspeita, a sua capacidade de interpretação e aplicação
das Regras de Futebol.
O tema tem provocado
inúmeras discussões e que mecanismos podem ser adotados no sentido de minimizar
a escalada absurda de equívocos e, por extensão, diminuir a avalanche de
prejuízos perpetrados a cada competição pela confraria do apito.
Muita gente tem opinado
sobre as deficiências de árbitros e assistentes, mas a maioria, com raríssimas exceções,
sobretudo a imprensa esportiva, é desprovida de conhecimento das regras, e, há
até quem proponha soluções mirabolantes, para equacionar os problemas e as
precárias qualidades dos juízes de futebol. Só que as mesmas pessoas que emitem
juízo de valor a respeito da questão, não imaginam que as soluções não são tão
fáceis assim, como elas pensam.
Qualquer experimento
ou alteração nas Regras de Futebol, é imperativo a aprovação do International
Board. Fundada em 1882, é a única entidade no planeta com poderes de autorizar
experiências ou mudanças nas leis do jogo. Entidade que reúne-se uma vez por
ano e é conhecida pelo seu conservadorismo. Conservadorismo, que até 1966 não
permitia a substituição de atletas, mesmo em casos de contusão. Conservadorismo
que provocou um dos maiores vexames numa partida de futebol no mesmo ano, na
Copa do Mundo da Inglaterra, quando o árbitro alemão Rudolf Kleitlein, expulsou
o meia Rattin, no prélio Argentina x Inglaterra. Naquela ocasião, o atleta
platino se recusou a sair de campo, alegando questões de idioma, já que o
árbitro o havia expulsado por conduta violenta.
Conservadorismo que
foi rompido pela mente prodigiosa de Kenneth George Aston, professor, soldado,
árbitro inglês, que mais tarde veio a se tornar presidente do Comitê de
Árbitros da Fifa. Aston, que havia presenciado a lambança nominada, no
itinerário de volta para sua casa no seu automóvel, ouvindo os comentários a
respeito do fato, começou a elucubrar no que viu e numa idéia que solucionasse
futuros imbróglios.
E sua sugestão levada
ao Board e a Fifa, foi a implementação de um sistema universal que superasse as
diferenças de idioma, com a feliz idéia de criar o cartão amarelo para
advertência e o vermelho para expulsão, baseados nas cores do semáforo. Li e vi
recente um documentário, que se Kenneth Aston o autor da proposta, não tivesse
a mente magnifica que tinha e não fosse inglês, dificilmente a proposição teria
sido aceita pelas entidades acima nominadas.
Quatro anos mais
tarde, na Copa de 1970 no México, na abertura do Mundial entre URSS x México,
aparecia pela primeira vez o cartão amarelo, pelas mãos do árbitro Kurt
Tscherncher, e, posteriormente, em
outros jogos o cartão vermelho. Estava vencido o impasse do idioma e de desentendimentos,
porém ficava, ainda com está até hoje, o problema do critério de aplicação dos
cartões.
O Board em conjunto
com a Fifa de maneira tímida, vem autorizando experimentos, inclusive admitindo
a utilização da tecnologia como forma de auxílio aos árbitros, caso específico
da bola com chip para saber se a pelota ultrapassou ou não a linha do gol.
Tecnologia já confirmada para a Copa das Confederações em 2013, e no Mundial de
2014, no Brasil.
Porém, o futebol
evoluiu estratosfericamente dentro do campo em diferentes sentidos, com os
atletas atingindo uma performance extraordinária, enquanto a arbitragem parou
no tempo. Pesquisa divulgada nesta semana em Cambrigde (Inglaterra), afirma que
o cérebro humano demora 40 milésimos de segundos para interpretar e registrar
cada nova imagem captada pelo olho. Diante do exposto, os cientistas afirmam
que a presença da tecnologia no futebol como ferramenta para auxiliar a arbitragem
a dirimir lances que fujam do seu campo visual, é imperativa.
Foto: Uefa.com
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