segunda-feira, 8 de abril de 2013

Notícias do apito

Interino não tem projeto (1)
Ao anunciar o nome do ex-árbitro Antonio Pereira da Silva, como presidente da Comissão de Arbitragem de forma interina, a CBF expõe de forma clarividente que não tem um projeto de modernização para a arbitragem nacional e, por conseqüência, dá um passo gigantesco na direção da incerteza, no que tange a qualidade do árbitro de futebol no Brasil.

Interino não tem projeto (2)
Às vésperas da Copa das Confederações em junho próximo e do Mundial de 2014, a arbitragem brasileira corre o sério risco de protagonizar um vexame sem precedentes. Não teremos um trio de árbitros na Copa das Confederações, a não ser que a Fifa mude de idéia. E, para a Copa do ano que vem, até o presente momento há uma incógnita de quem será o trio de arbitragem que irá representar o País pentacampeão de futebol.

Interino não tem projeto (3)

A verdade é que a CBF vem politizando sistematicamente o comando do setor do apito da entidade, ao invés de elaborar um projeto de excelência com vistas a preparar, aprimorar  e apresentar dois trios de arbitragem à Fifa para a Copa (sendo um titular e outro reserva). Com as constantes mudanças, nenhuma comissão que passou pela CA/CBF nos últimos anos, conseguiu colocar em prática um projeto de melhora qualitativa a confraria do apito brasileiro.

Interino não tem projeto (4)

Projeto de melhora qualitativa, que não existe e se existisse poderia ser estendido as federações estaduais, objetivando capacitar e melhorar substancialmente as tomadas de decisões da arbitragem nos campeonatos estaduais, e, na Copa do Brasil, que teve início no meio de semana que passou.

Cenário preocupante (1)

Quem tem acompanhado o desempenho da arbitragem nos campeonatos estaduais, no primeiro trimestre do ano em curso, e observou a primeira rodada da Copa do Brasil, pode ver em alguns jogos, a falta de sintonia e, por extensão, a incapacidade de discernimento de alguns árbitros e assistentes  no momento de interpretar e aplicar as Regras de Futebol de forma adequada.

Cenário preocupante (2)
Diante do quadro de incerteza acima nominado, o cenário que se vislumbra intracórpore e, ao mundo do futebol, que está se instalando no Brasil para a Copa das Confederações e, por conseguinte, do Mundo, no que tange a arbitragem brasileira é no mínimo preocupante.

Carência política (1)

Me perguntam os motivos que impediram o assistente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Bruno Boschilia (Asp/Fifa/PR), de substituir Roberto Braatz no quadro da Fifa. Para não pairar nenhuma dúvida sobre o questionamento, fui buscar a resposta junto ao meu interlocutor no Rio de Janeiro, sede da direção do futebol brasileiro.

Carência política (2)
E o conteúdo da resposta foi: Não fora a inabilidade política da direção do futebol paranaense a época, no processo de transição da CBF, de Ricardo Teixeira para José Maria Marin, o assistente em tela estaria no quadro internacional da entidade que controla o futebol no planeta. 

Acessa a luz amarela (1)

Além do exposto, o meu interlocutor deixou claro que o futebol do Estado do Paraná, atualmente tem pouquíssima ou nenhuma representatividade junto a casa que comanda o futebol pentacampeão do mundo. A resposta a não indicação de Bruno Boschilia, acoplada a inabilidade política da (FPF) ocorrida num passado recente, na troca de comando do futebol brasileiro, acende a luz amarela para a direção do Atlético/PR, Coritiba e Paraná Clube e, por extensão, aos próprios árbitros.

Acessa a luz amarela (2)

Para o trio de ferro da capital curitibana, o horizonte é promissor em função da TV e, sobretudo, da união que existe entre os clubes. Quanto aos árbitros da FPF, que compõe a  (Renaf) -  Relação Nacional de Árbitros de Futebol, a tendência é de um caminho doloroso, por dois motivos: Falta de representatividade na CBF, e, ausência de apitos com qualificação para dirigir jogos da Série A do Brasileirão deste ano.

Acessa a luz amarela (3)
Explico: O Asp/Fifa/RJ, Felipe Gomes da Silva, jogado na arena aos leões na decisão do primeiro turno do Campeonato Paranaense, sem uma prévia orientação e acompanhamento, ainda não tem estofo suficiente para ser escalado nos grandes jogos da CBF. Pelo andar da carruagem, os apitos paranaenses devem fazer um curso intensivo de como levantar adequadamente a plaqueta de 4º árbitro, se almejam laborar na Série A do Brasileirão do ano em curso.

Ninguém tem cadeira cativa
Dada a propagação inverossímil de que a Fifa já escolheu os árbitros e assistentes para a Copa do Mundo de 2014, informo o que disse o chefe de arbitragem da Fifa, Massimo Busacca, na semana que passou ao jornal alemão  Die Zeitung: Nenhum árbitro ou assistente pré-selecionado, está garantido até março do ano que vem, quando serão anunciados os escolhidos para o evento no Brasil.  Porque até lá, a Fifa vai realizar uma série de seminários rigorosos e, poderemos ter contusões e, conseqüentes, reprovações nos quesitos, médico, técnico, físico, o que forçará possíveis substituições.

Gente “oculta” (1)
Enquanto a Uefa, a Fifa e a Conmebol, designam ex-árbitros com notório saber sobre as Regras de Futebol, para exercer a função de Observadores de Arbitragem nas suas competições, a CBF e sua Comissão de Arbitragem, há muito tempo decidiram banalizar tão importante função, escalando dirigentes das federações estaduais, dirigentes das “entidades de classe que representam os árbitros”, e, em alguns casos, gente sem a menor identificação com o árbitro de futebol.

Gente “oculta” (2)
Essa gente que na maioria das vezes ninguém sabe quem é, além de apequenar a qualidade da arbitragem nacional, dada a falta de conhecimento sobre as leis do jogo, é cooptada com o objetivo de impedir avanços significativos da arbitragem, como por exemplo, o Projeto de Lei 6405/2002, que regulamenta a atividade do árbitro de futebol no Brasil.

Gente “oculta” (3)
A Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), presidida por Marco Antonio Martins, diante dessa discrepância vergonhosa, que há anos impera na arbitragem brasileira, deveria demonstrar um mínimo de comprometimento com  os homens de preto do futebol brasileiro, e demonstrar publicamente sua contrariedade junto a direção da CBF, sobre a prática indevida dessa gente “oculta”.

Gente “oculta” (4)
Mas para explicitar sua contrariedade, o presidente da Anaf e demais diretores que vem exercendo a função de observadores nas competições da CBF e nas federações estaduais, devem se desligar totalmente dessas atribuições. Em tempo: Porque é inadimissível, que o mesmo dirigente da Anaf, que “cagueta” os erros da arbitragem numa partida, no seu relatório a CBF ou a federação estadual, posteriormente, saia em defesa daquele que ele delatou.

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