Interino não tem projeto (1)
Ao anunciar o
nome do ex-árbitro Antonio Pereira da Silva, como presidente da Comissão
de Arbitragem de forma interina, a CBF expõe de forma clarividente que
não tem um projeto de modernização para a arbitragem nacional e, por
conseqüência, dá um passo gigantesco na direção da incerteza, no que
tange a qualidade do árbitro de futebol no Brasil.
Interino não tem projeto (2)
Às
vésperas da Copa das Confederações em junho próximo e do Mundial de
2014, a arbitragem brasileira corre o sério risco de protagonizar um
vexame sem precedentes. Não teremos um trio de árbitros na Copa das
Confederações, a não ser que a Fifa mude de idéia. E, para a Copa do ano
que vem, até o presente momento há uma incógnita de quem será o trio de
arbitragem que irá representar o País pentacampeão de futebol.
Interino não tem projeto (3)
A
verdade é que a CBF vem politizando sistematicamente o comando do setor
do apito da entidade, ao invés de elaborar um projeto de excelência com
vistas a preparar, aprimorar e apresentar dois trios de arbitragem à
Fifa para a Copa (sendo um titular e outro reserva). Com as constantes
mudanças, nenhuma comissão que passou pela CA/CBF nos últimos anos,
conseguiu colocar em prática um projeto de melhora qualitativa a
confraria do apito brasileiro.
Interino não tem projeto (4)
Projeto
de melhora qualitativa, que não existe e se existisse poderia ser
estendido as federações estaduais, objetivando capacitar e melhorar
substancialmente as tomadas de decisões da arbitragem nos campeonatos
estaduais, e, na Copa do Brasil, que teve início no meio de semana que
passou.
Cenário preocupante (1)
Quem tem
acompanhado o desempenho da arbitragem nos campeonatos estaduais, no
primeiro trimestre do ano em curso, e observou a primeira rodada da Copa
do Brasil, pode ver em alguns jogos, a falta de sintonia e, por
extensão, a incapacidade de discernimento de alguns árbitros e
assistentes no momento de interpretar e aplicar as Regras de Futebol de
forma adequada.
Cenário preocupante (2)
Diante
do quadro de incerteza acima nominado, o cenário que se vislumbra
intracórpore e, ao mundo do futebol, que está se instalando no Brasil
para a Copa das Confederações e, por conseguinte, do Mundo, no que tange
a arbitragem brasileira é no mínimo preocupante.
Carência política (1)
Me
perguntam os motivos que impediram o assistente da Federação Paranaense
de Futebol (FPF), Bruno Boschilia (Asp/Fifa/PR), de substituir Roberto
Braatz no quadro da Fifa. Para não pairar nenhuma dúvida sobre o
questionamento, fui buscar a resposta junto ao meu interlocutor no Rio
de Janeiro, sede da direção do futebol brasileiro.
Carência política (2)
E
o conteúdo da resposta foi: Não fora a inabilidade política da direção
do futebol paranaense a época, no processo de transição da CBF, de
Ricardo Teixeira para José Maria Marin, o assistente em tela estaria no
quadro internacional da entidade que controla o futebol no planeta.
Acessa a luz amarela (1)
Além
do exposto, o meu interlocutor deixou claro que o futebol do Estado do
Paraná, atualmente tem pouquíssima ou nenhuma representatividade junto a
casa que comanda o futebol pentacampeão do mundo. A resposta a não
indicação de Bruno Boschilia, acoplada a inabilidade política da (FPF)
ocorrida num passado recente, na troca de comando do futebol brasileiro,
acende a luz amarela para a direção do Atlético/PR, Coritiba e Paraná
Clube e, por extensão, aos próprios árbitros.
Acessa a luz amarela (2)
Para
o trio de ferro da capital curitibana, o horizonte é promissor em
função da TV e, sobretudo, da união que existe entre os clubes. Quanto
aos árbitros da FPF, que compõe a (Renaf) - Relação Nacional de
Árbitros de Futebol, a tendência é de um caminho doloroso, por dois
motivos: Falta de representatividade na CBF, e, ausência de apitos com
qualificação para dirigir jogos da Série A do Brasileirão deste ano.
Acessa a luz amarela (3)
Explico:
O Asp/Fifa/RJ, Felipe Gomes da Silva, jogado na arena aos leões na
decisão do primeiro turno do Campeonato Paranaense, sem uma prévia
orientação e acompanhamento, ainda não tem estofo suficiente para ser
escalado nos grandes jogos da CBF. Pelo andar da carruagem, os apitos
paranaenses devem fazer um curso intensivo de como levantar
adequadamente a plaqueta de 4º árbitro, se almejam laborar na Série A
do Brasileirão do ano em curso.
Ninguém tem cadeira cativa
Dada
a propagação inverossímil de que a Fifa já escolheu os árbitros e
assistentes para a Copa do Mundo de 2014, informo o que disse o chefe de
arbitragem da Fifa, Massimo Busacca, na semana que passou ao jornal
alemão Die Zeitung: Nenhum árbitro ou assistente pré-selecionado, está
garantido até março do ano que vem, quando serão anunciados os
escolhidos para o evento no Brasil. Porque até lá, a Fifa vai realizar
uma série de seminários rigorosos e, poderemos ter contusões e,
conseqüentes, reprovações nos quesitos, médico, técnico, físico, o que
forçará possíveis substituições.
Gente “oculta” (1)
Enquanto
a Uefa, a Fifa e a Conmebol, designam ex-árbitros com notório saber
sobre as Regras de Futebol, para exercer a função de Observadores de
Arbitragem nas suas competições, a CBF e sua Comissão de Arbitragem, há
muito tempo decidiram banalizar tão importante função, escalando
dirigentes das federações estaduais, dirigentes das “entidades de classe
que representam os árbitros”, e, em alguns casos, gente sem a menor
identificação com o árbitro de futebol.
Gente “oculta” (2)
Essa
gente que na maioria das vezes ninguém sabe quem é, além de apequenar a
qualidade da arbitragem nacional, dada a falta de conhecimento sobre as
leis do jogo, é cooptada com o objetivo de impedir avanços
significativos da arbitragem, como por exemplo, o Projeto de Lei
6405/2002, que regulamenta a atividade do árbitro de futebol no Brasil.
Gente “oculta” (3)
A
Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), presidida por Marco
Antonio Martins, diante dessa discrepância vergonhosa, que há anos
impera na arbitragem brasileira, deveria demonstrar um mínimo de
comprometimento com os homens de preto do futebol brasileiro, e
demonstrar publicamente sua contrariedade junto a direção da CBF, sobre a
prática indevida dessa gente “oculta”.
Gente “oculta” (4)
Mas
para explicitar sua contrariedade, o presidente da Anaf e demais
diretores que vem exercendo a função de observadores nas competições da
CBF e nas federações estaduais, devem se desligar totalmente dessas
atribuições. Em tempo: Porque é inadimissível, que o mesmo dirigente da
Anaf, que “cagueta” os erros da arbitragem numa partida, no seu
relatório a CBF ou a federação estadual, posteriormente, saia em defesa
daquele que ele delatou.
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