A Regra 11, impedimento, especifica dentre as suas variáveis, que, o impedimento será aplicado nas seguintes definições:
1) Mais próximo da linha de meta adversária, significa que
qualquer parte de sua cabeça, corpo ou pés encontra-se mais próxima da
linha de meta adversária do que a bola e o penúltimo adversário. Os
braços não estão incluídos nessa definição.
2) Interferindo num adversário, significa impedir que um
adversário jogue ou possa jogar a bola, obstruindo claramente o campo
visual ou os movimentos do adversário, ou fazendo gestos ou movimentos
que, na opinião do árbitro, engane ou distraia o adversário.
3) Ganhando vantagem por estar naquela posição, significa
jogar a bola que rebate em um poste, no travessão ou em um adversário,
depois de haver estado em uma posição de impedimento.
4) Interferindo no jogo, significa jogar ou tocar a bola que
foi passada ou tocada por um companheiro. Portanto, é aqui que cai por
terra todos os argumentos de que o lance que originou o gol de empate do
Coritiba, na quarta-feira à noite contra a Portuguesa de Desportos, no
Couto Pereira, foi legal. Na originalidade do lance que gerou o gol de
empate do Alviverde, o atacante Bil já estava impedido e na disputa de
bola com o zagueiro da Portuguesa, ele dá um passo na direção da bola, e
a posteriori toca-a com a “canela” que entrou na meta. Dando um passo,
ele disputou a bola e impediu o adversário de jogar ou tocar na bola e
obstruiu o campo visual do defensor da Lusa do Canindé.
Mas o que deixou perplexo, foi a omissão e o desconhecimento das
Regras de Futebol, da imprensa esportiva que trabalhou na peleja
Coritiba/PR x Portuguesa/SP. Com exceção do comentarista Fernando Gomes,
nenhum narrador, comentarista ou repórter, teve a capacidade de
interpretar e explicar corretamente o lance ilegal ao
torcedor/telespectador. Digo isto, porque os cronistas esportivos falam e
muito, aqui no Paraná e por extensão no Brasil, sobre os erros do
árbitro, mas são poucos os que tem convicção de que sabem o que estão
falando, no que tange as Regras de Futebol.
Aliás, lembro que além de Gomes, Airton Cordeiro, Augusto Mafuz,
Carneiro Neto e Barcimio Sicupira, são os únicos profissionais do
futebol paranaense, que tem tido o cuidado e demonstrado conhecimento
sobre as Regras de Futebol, no momento de informar o torcedor, em
relação as tomadas de decisões equivocadas ou não da arbitragem no campo
de jogo.
Faleceu!
Anunciado com pirotecnia pela Anaf – Associação Nacional de Árbitros
de Futebol, de que seria votado pelo Senado Federal este ano, o Projeto
de Lei 6405/2002 e seus apensos, que versam sobre a profissionalização
do árbitro de futebol no Brasil, pelo jeito morreu na casca. Em
Brasília, ninguém fala nada sobre o assunto e a “tal comissão” criada
pela Anaf, para “acompanhar” os desdobramentos do fato tomou aquele
comprimido e pelo andar da carruagem sumiu.
Se a diretoria da Anaf continuar realizando seminários, congressos e
postando no seu sitio que, a profissionalização do árbitro de futebol
está a pleno vapor, corre o risco de desbancar o personagem mentiroso,
que é famoso em todo o planeta e chama-se pinóquio.
Lembra conversa fiada
O que a Anaf precisa dizer a confraria dos homens de preto antes de
sair a profissionalização este ano ou no ano que vem, o que este
colunista duvida, é quem vai ser o patrão do árbitro. Quem vai pagar as
férias, o fundo de garantia, o décimo terceiro, o INSS, o Pis, Confins e
se o árbitro se lesionar quem assume a responsabilidade durante o hiato
que o apitador ficar impossibilitado de laborar. Pergunto: Se a direção
da Anaf - leia-se Marco Antonio Martins e seus congêneres, não
conseguem explicar à categoria de árbitros que atuam nas competições da
CBF, o valor do contrato do patrocínio da logomarca que é estampada nas
mangas das camisas da arbitragem e o montante da operação que envolve a
marca que é exibida na indumentária (meias, bermudas e camisas) dos
apitos, como falar em profissionalização?
Divulgação
Qual é o valor do contrato da logomarca na manga das camisas?
PS: A propósito dos patrocínios nas mangas das camisas e nos
demais espaços do uniforme do árbitro, informo que na Alemanha, Espanha,
França, Inglaterra, Itália, Holanda, Suíça e Japão, quem celebra o
contrato é o sindicato dos árbitros. E, os valores auferidos, nas mangas
das camisas e adjacências dos uniformes, são destinados na sua
totalidade na requalificação dos árbitros e o que sobra é divido entre
os mesmos.
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