domingo, 18 de agosto de 2013

Exame biológico dos apitos na Inglaterra é científico



Na semana que antecedeu a última rodada da Premier League (Liga Inglesa de Futebol), que aconteceu no último dia 13 de maio, os árbitros da Professional Game Match Officials Board (PGMOB), entidade que comanda os destinos da arbitragem na Inglaterra, entregou a cada árbitro e assistente um cronograma de férias e acoplado aos dias de lazer um programa de preparação para a temporada 2013/2014. O campeonato inglês teve início no sábado que passou (17).

O cronograma de férias dos homens de preto britânicos, concedia aos mesmos três semanas de descanso ao lado da família, alguns exercícios de relaxamento e a apresentação para a primeira semana de junho/2013, na sede da PGMOB, quando teve início a pré-temporada.
Com uma programação que é elaborada por cientistas da área esportiva, os árbitros ingleses são submetidos a uma bateria de exames médicos e após esses exames, cada membro do corpo humano é exaustivamente estudado. Após esse estudo, é definida uma série de atividades individual a cada apito e, por consequência, os trabalhos físicos, técnicos, táticos e psicológicos, que serão ministrados ao longo da temporada 2013/2014, ao conjunto de apitadores que laboram na liga.

Dentre os inúmeros testes que são aplicados aos apitos da Barclays Premier League, destaque para o temível teste Yoyo, que, lá é realizado como uma atividade normal, mas aqui no Brasil e, por extensão na América do Sul, os árbitros fogem dele como o diabo foge da cruz. Tanto é verdade, que aplicado por Massimo Busacca, o chefe da arbitragem da Fifa, uma semana antes do início da Copa das Confederações aos doze apitos da Conmebol, nove foram reprovados.  
 Divulgação

Além das competições da Premier League, a PGMOB, realiza um trabalho de preparação e aprimoramento dos árbitros e assistentes londrinos, que atuam nas competições da Uefa e da Fifa, ao longo da temporada. Howard Webb (foto), o principal árbitro inglês, enaltece o planejamento que é realizado pelos cientistas, já que ele condiciona os apitos à Premier League e, por conseguinte, para as competições europeias e da Fifa. “Com o trabalho que é desenvolvido aqui, temos condições de apitar qualquer dia da semana, independente da temperatura, disse Webb.” Além disso, a margem de equívocos nas tomadas de decisões no campo de jogo, vem decrescendo ano após ano, afirmou Webb. 

Que bom seria se a comissão de árbitros da CBF, iniciasse hoje um planejamento similar ou próximo dos ingleses, com os árbitros que compõe a RENAF – Relação Nacional de Árbitros de Futebol, para as competições da entidade do ano que vem. O árbitro de futebol brasileiro ganharia qualidade e suas tomadas de decisões seriam robustecidas de maior credibilidade.
PS: Credibilidade que foi jogada na lama, na partida Corinthians/SP 1 x 0 Coritiba/PR, pelo árbitro Pericles Bassol Pegado Cortez (Fifa/RJ), que assinalou pênalti inexistente contra a equipe paranaense, aos 45’ da etapa final.  O lance entre Lucas Claro do Coritiba e Danilo do Corinthians, foi um contato físico natural que acontece inúmeras vezes num jogo (ombro com ombro). A Fifa determina que o bom árbitro deve ter a capacidade de diferenciar simulações, puníveis com cartão amarelo e tiro livre indireto contra a equipe do infrator, de quedas casuais em função de um contato físico ou mesmo de um tropeço, quando nada deve ser assinalado.  
     

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