domingo, 8 de setembro de 2013

Inglaterra: “Laboratório” faz os árbitros



Dado ter noticiado aqui neste espaço, que a Premier League da Inglaterra é exemplo de organização no que diz respeito ao árbitro de futebol, que lá é profissional e que os dirigentes da Associação Nacional de Árbitros de Futebol – Anaf, deveriam buscar subsídios junto a empresa que coordena todo o sistema da arbitragem – a (PGMOL) -  Professional Game Match Officials, com o objetivo precípuo de colher dados de como funciona a situação no país londrino, para desenvolver um projeto com vistas a profissionalização do árbitro de futebol brasileiro, tenho recebido vários questionamentos sobre o tema.
Diante do exposto, fui pesquisar como é gerido o sistema inglês no que tange aos homens de preto. Funciona assim: Embora tenha em toda a Inglaterra (28.000) árbitros, apenas 77 árbitros e 231 assistentes são profissionalizados, e todos tem  contrato anual com a empresa aqui citada. Essa empresa foi fundada em 2001, com o missão específica de mudar os rumos da arbitragem naquele país e  ser considerada paradigma em todo o planeta.
Dezesseis profissionais  de excelência, comandados pelo ex-árbitro inglês  e da Fifa, Mike Riley, incluindo cientistas esportivos, nutricionistas, psicólogos, PhDs em educação física, oftalmologistas, cardiologistas, em conjunto com um seleto contingente de ex-árbitros, que desenvolvem a função de assessores de arbitragem, ex-atletas e dirigentes que atuam como delegados nas partidas, são os responsáveis pelo sucesso da confraria do apito inglês.
A cada rodada, esse grupo seleto de profissionais nominados, se reúne e analisa minuciosamente as tomadas de decisões da arbitragem e elabora um relatório com dados estatísticos, elencando os erros e acertos do árbitro e assistentes.  Além disso, a tecnologia  mede a distância que o árbitro percorre durante a partida, os sprints de baixa, média ou alta velocidade realizadas pelo apitador e o seu batimento cardíaco.


Na verdade há um projeto que foi desenvolvido em 2001 e vem sendo aprimorado ano após ano, inclusive com a recém implementação da tecnologia na linha do gol, seguindo o exemplo da Fifa. Projeto que tem a participação de membros da The FA, da PGMOL, da Uefa e da Fifa, o que tem propiciado a formação de novos apitos a cada temporada, a transferência de conhecimentos e a requalificação para árbitros de futebol, em  diferentes partes do planeta.  
PS: Ao contrário do futebol brasileiro, onde a maioria esmagadora dos cronistas esportivos são leigos nas Regras de Futebol, na Inglaterra, os narradores esportivos das emissoras de rádio, de Tv e os jornalistas que escrevem sobre o tema arbitragem em blogs, sites, jornais etc..., quando ficam em dúvida sobre um determinado lance em qualquer jogo,  são convidados a participar de reuniões com a (PGMOL) - onde  recebem instruções sobre as regras de Futebol, e,  o porquê de o árbitro ou assistente ter tomado a decisão que tomou.

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