segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Você acredita na profissionalização na América?

Quando a Inglaterra optou pela profissionalização da arbitragem em 2001, a (FA) Federação Inglesa e a Premier League, que é uma empresa à parte da federação e a Football League, que lá corresponde a segunda divisão se juntaram e fundaram a (PGMOB) – Professional Game Match Officials Bord, que assumiu o comando de todo o quadro de árbitros do País, sob a regência de Keith Hackett.

Criada a (PGMOB), foram contratados vinte e um árbitros para a divisão de elite e quarenta e nove apitos para as demais divisões em regime integral, ou seja, com dedicação exclusiva à arbitragem. O que se observou desde a implementação da profissionalização é que o desempenho do árbitro de futebol inglês cresceu substancialmente em qualidade, e, por extensão, em credibilidade. Tanto é verdade que a gestão praticada pela (PGMOB) - atualmente dirigida pelo ex-árbitro da Fifa, Mike Riley, é paradigma no Continente Europeu e, há pouco mais de quinze dias foi contratado pela Confederação Asiática de Futebol.

Lembro ainda que a exceção da Inglaterra, não existe um modelo comum de profissionalismo à arbitragem na Europa. Cada país vem escolhendo de acordo com a sua especificidade desportiva, jurídica, geográfica, dos seus recursos financeiros e humanos a melhor opção, objetivando implantar gradativamente o processo de profissionalização, ou situação análoga.

Feito o preâmbulo acima, informo que na semana que passou, correu a notícia na América do Sul de que a (Conmebol) – Confederação Sul-Americana de Futebol, está desenvolvendo um projeto por solicitação da Fifa, no sentido de criar um grupo de árbitros de elite, com vistas a profissionalização da arbitragem. Fui atrás da veracidade ou não da notícia e as informações que recebi não confirmaram nem desmentiram o fato.

Portanto, a Anaf – Associação Nacional de Árbitros de Futebol, que está gestionando em diferentes frentes a aprovação do projeto de lei que reconhece a profissionalização do árbitro de futebol no Brasil, deveria se inteirar adequadamente como ocorreu o processo na Inglaterra e se há esse estudo na Conmebol e como ele está sendo realizado.

Em assim agindo e municiada com Know How e de acordo com a realidade da República Federativa do Brasil, buscaria as melhores opções para a aprovação do tão sonhado processo de profissionalização do árbitro de futebol brasileiro.

PS: Se persistirem no caminho “equivocado” que vem trilhando na questão da profissionalização, Marco Antonio Martins, presidente da Anaf e seus congêneres, correm o sério risco de desferirem um tiro pé da categoria dos homens de preto.

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