Quando
a Inglaterra optou pela profissionalização da arbitragem em 2001, a
(FA) Federação Inglesa e a Premier League, que é uma empresa à
parte da federação e a Football League, que lá corresponde a
segunda divisão se juntaram e fundaram a (PGMOB) – Professional
Game Match Officials Bord, que assumiu o comando de todo o quadro de
árbitros do País, sob a regência de Keith Hackett.
Criada
a (PGMOB), foram contratados vinte e um árbitros para a divisão de
elite e quarenta e nove apitos para as demais divisões em regime
integral, ou seja, com dedicação exclusiva à arbitragem. O que se
observou desde a implementação da profissionalização é que o
desempenho do árbitro de futebol inglês cresceu substancialmente em
qualidade, e, por extensão, em credibilidade. Tanto é verdade que a
gestão praticada pela (PGMOB) - atualmente dirigida pelo ex-árbitro
da Fifa, Mike Riley, é paradigma no Continente Europeu e, há pouco
mais de quinze dias foi contratado pela Confederação Asiática de
Futebol.
Lembro
ainda que a exceção da Inglaterra, não existe um modelo comum de
profissionalismo à arbitragem na Europa. Cada país vem escolhendo
de acordo com a sua especificidade desportiva, jurídica, geográfica,
dos seus recursos financeiros e humanos a melhor opção, objetivando
implantar gradativamente o processo de profissionalização, ou
situação análoga.
Feito
o preâmbulo acima, informo que na semana que passou, correu a
notícia na América do Sul de que a (Conmebol) – Confederação
Sul-Americana de Futebol, está desenvolvendo um projeto por
solicitação da Fifa, no sentido de criar um grupo de árbitros de
elite, com vistas a profissionalização da arbitragem. Fui atrás da
veracidade ou não da notícia e as informações que recebi não
confirmaram nem desmentiram o fato.
Portanto,
a Anaf – Associação Nacional de Árbitros de Futebol, que está
gestionando em diferentes frentes a aprovação do projeto de lei
que reconhece a profissionalização do árbitro de futebol no
Brasil, deveria se inteirar adequadamente como ocorreu o processo na
Inglaterra e se há esse estudo na Conmebol e como ele está sendo
realizado.
Em
assim agindo e municiada com Know How e de acordo com a realidade da
República Federativa do Brasil, buscaria as melhores opções para a
aprovação do tão sonhado processo de profissionalização do
árbitro de futebol brasileiro.
PS:
Se persistirem no caminho “equivocado” que vem trilhando na
questão da profissionalização, Marco Antonio Martins, presidente da Anaf e seus
congêneres, correm o sério risco de desferirem um tiro pé da categoria dos homens de preto.
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