sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Notícias do apito

Votação do projeto do apito
Anunciado com pompa e circunstância pela Anaf – Associação Nacional de Árbitros de Futebol ao longo dos últimos anos, o Projeto de Lei 6405/2002 e seus apensos, que reconhece a profissão do árbitro de futebol como profissional, continua na fila de votação do Senado Federal. Segundo informações, o substitutivo do projeto em tela deveria ter sido votado na quarta-feira que passou (28), mas um “óbice inesperado” aconteceu e a promessa foi de que na próxima semana, com ou sem obstáculo a votação irá ocorrer. É importante destacar, que não basta o Senado Federal reconhecer o labor do árbitro como profissional.

Procura-se um empregador
Aprovado no Senado, o substitutivo volta para a Câmara dos Deputados, para desatar o grande nó da questão que precisa ser definido em lei de quem será o patrão do árbitro. E aí, o buraco é mais embaixo. CBF, federações estaduais, clubes e a TV, não querem assumir a paternidade do problema, e, realizam “lobby” fortíssimo nos labirintos do Congresso Nacional, contrários a aprovação do indigitado projeto. Diante do que se leu, seria de bom alvitre a direção da Anaf esperar o final dos acontecimentos e não continuar criando falsas expectativas sobre o fato. Ou seja, tem que ser preto no branco. O resto é trololó

Anatomia do impedimento
Na coluna anterior, abordei a incapacidade dos árbitros assistentes brasileiros no que tange ao momento de sinalizar adequadamente quando um atleta está interferindo no jogo, interferindo no adversário, ganhando vantagem por estar naquela posição e outras situações sobre a Regra 11, o impedimento. Pois bem, no site da Bundesliga (Alemanha) e no site do ex-árbitro da Fifa, José Garcia Aranda, uma referência em Regras de Futebol em âmbito planetário, há uma série de vídeos explicativos realçando várias situações sobre o “Off side” e outras situações de jogo, envolvendo a arbitragem nas chamadas “zonas negras” pela Fifa, no campo de jogo. Diante do exposto, deixo aqui uma sugestão para que a CA/CBF implemente no seu sítio, no link da arbitragem de forma pedagógica, lances de diferentes situações, principalmente aquelas denominadas pela entidade que controla o futebol no planeta. Os apitos teriam uma referência diária e quem sabe poderíamos ter um menor número de equívocos cometidos nas partidas.

CBF esqueceu os árbitros
Aprovada pela Fifa em novembro de 2001, a publicidade estampada na manga das camisas dos homens de preto, já propicia desde 2002, em diferentes localidades do planeta, lucros financeiros aos membros da arbitragem em diferentes Países, menos no Brasil. Logo após sua aprovação, a Confederação Brasileira de Futebol, prometeu estudar a questão em 15 de janeiro de 2002, mas até o momento não se conhece um único árbitro que tenha obtido um centavo com o referido anúncio na manga da camisa.

Viva a publicidade!
É bom lembrar, que logo após a aprovação da publicidade nas mangas das camisas da arbitragem, os árbitros da Espanha foram escolhidos pela entidade internacional, para a realização do experimento. Posteriormente, os árbitros franceses num gesto audacioso celebraram contrato com uma famosa rede de lojas e foram os primeiros a obterem lucros financeiros com a dita publicidade.

Omissão prejudicial
No futebol brasileiro se a coisa fosse séria, a verba de patrocínio que é veiculada na manga das camisas e nas adjacências do uniforme dos árbitros, além de propiciar lucro a confraria do apito, parte do valor celebrado nos contratos de publicidade, viabilizaria cursos de alto nível com instrutores internacionais e abriria caminho para maior independência nas ações dos apitos e melhores condições, para lutar pela profissionalização sem ficar atrelado a esse ou aquele segmento, como ocorre na atualidade com o presidente da Anaf, Marco Antonio Martins, que executa funções díspares. Explico: ao mesmo tempo em que se arvora na condição de defensor da categoria dos árbitros de futebol, Martins, quando escalado pela CA/CBF na função de assessor de arbitragem, é obrigado relatar as deficiências do árbitro, dos assistentes, do quarto árbitro e dos árbitros adicionais postados atrás dos gols.

Solidários com a tecnologia
Logo após o gol do meia Lampard (Inglaterra) no jogo contra a Alemanha, na Copa da África do Sul, quando a bola ultrapassou a linha de meta em 46 centímetros e o assistente Mauricio Espinoza (Uruguai) e seu compatriota Jorge Larrionda não viram a bola entrar, a Fifa prometeu repensar a introdução da tecnologia como forma de auxiliar a arbitragem a equacionar os denominados lances polêmicos. Desde então, inúmeros lances similares ou até de maior potencial vem acontecendo, o que recomenda um estudo mais detalhado da adoção da eletrônica como auxílio aos árbitros. Na semana que passou, o técnico do Arsenal, Arsene Wenger e o ex-jogador do Liverpool e da Seleção da Escócia, Kenny Dalglish, afirmaram que a inclusão de mais um árbitro atrás de cada meta é irrelevante. E, por derradeiro, disseram que quanto mais depressa agir a Fifa na direção da tecnologia no quesito arbitragem, melhor será para o futebol.
Divulgação

Alarcón está no Chile
Dando sequencia há mais uma etapa do Projeto de Desenvolvimento da Arbitragem (RAP em inglês), Carlos Alarcón, presidente da Comissão de Arbitragem da Conmebol e membro do Comitê de Arbitragem da Fifa, está no Chile ao lado dos instrutores Oscar Ruiz, Jorge Larrionda, Jorge Romo e Cristhian Rosen. O objetivo do seminário visa aprimorar a interpretação e aplicação das Regras de Futebol, e, com isso diminuir substancialmente os erros do árbitro e assistentes gradativamente.

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