domingo, 10 de novembro de 2013

Foi doloroso o que se viu



Divulgação

                                                             Massimo Busacca
Observando o  desempenho atabalhoado, inseguro,  do árbitro Jailson Macedo de Freitas, do quadro especial de arbitragem da CBF, na partida Flamengo/RJ x Goiás/GO, no Maracanã, no sábado que passou, pelo Campeonato Brasileiro, tive uma certeza: é imperativo que a entidade que comanda o futebol brasileiro e vai sediar a Copa do Mundo de 2014,  proceda uma  renovação estratosférica no comando da arbitragem nacional e, por consequência, no critério de escolha dos árbitros e assistentes da futura Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf).
É humilhante, vergonhoso, depreciativo, para uma instituição da magnitude da  CBF, que maneja um dos mais importantes torneios de futebol do planeta, ter um quadro de árbitros com as deficiências inaceitáveis que são exibidas de terça a domingo, nas Séries (A), (B), (C) e Copa do Brasil.
A impressão que se tem ao assistir algumas partidas, tamanha é a sequencia de erros,  é a de que os árbitros e assistentes designados para alguns jogos, foram lançados na “arena” e salve-se quem puder. O despreparo técnico (conhecimento, interpretação e aplicação das regras), tático (posicionamento no campo  com a bola em jogo e fora de jogo) e o (psicológico), que mede a capacidade de ação e reação do árbitro e o equilíbrio quando submetido a situações de baixa, média e grande pressão pelos atletas, é descomunal.
Mas ao mesmo tempo que vivenciamos a sequencia interminável de erros da paupérrima arbitragem brasileira e os prejuízos que esses equívocos proporcionam a cada rodada às equipes que disputam as competições nacionais, fico a imaginar o que pensa a Comissão de Árbitros da CBF sobre essa  lambança.  Não se ouve e não há conhecimento de nenhuma atitude da parte de Antonio Pereira da Silva, o chefe dos apitos da CBF, para ao menos minimizar o estágio de indigência que atingiu a arbitragem no futebol brasileiro.
Não obstante o silêncio de cemitério noturno da CA/CBF, um outro fato me chama a atenção. A omissão de Sérgio Corrêa da Silva, que já passou pelo comando da arbitragem brasileira, vem trabalhando em várias partidas como delegado especial e atualmente está abrigado na direção da Escola Brasileira de Árbitros.
Corrêa, se quiser qualificar a qualidade dos nossos apitos, pode promover intercâmbio com instrutores internacionais de árbitros da Conmebol, Uefa e da Fifa. Intercâmbio que traga personalidades de alto coturno da arbitragem mundial como, Carlos Alarcon (Conmebol), David Elleray e Pierlugi Collina (Uefa),  Massimo Busacca e Jim Boyce (Fifa), que assumiu há pouco dias a direção da Comissão de Árbitros da entidade internacional.
E, para equacionar de uma vez por todas os fiascos protagonizados pelos árbitros do Brasil nos testes físicos da Fifa, a exemplo de Wilson Luiz Seneme que reprovou duas vezes e foi desligado da Copa do Mundo e Leandro Pedro Vuaden, que também foi reprovado, sugiro que se convide o P.h.D em educação física da Universidade de Louvre na Bélgica, Professor Werner Helsen, o preparador físico dos árbitros da Uefa e da Fifa.     
Helsen,  poderia explicar,  ministrar e atualizar os instrutores de educação física da CBF e os árbitros do quadro nacional, sobre  a metodologia que é aplicada nesse quesito aos árbitros europeus e, por extensão, evitar “fiascos” da dimensão aviltante, que eliminou Seneme e Vuaden do Mundial do ano que vem.

PS: A Fifa definiu os árbitros e assistentes que irão atuar no Mundial de Clubes, que este ano será realizado no Marrocos, no período de 10 a 20 de dezembro. Ali Al-Badwawi (Fifa/Emirados Árabes), Bakary Papa Gassama (Fifa/Gâmbia), Carlos Velasco Carballo (Fifa/Espanha), Mark Geiger (Fifa/EUA), Néant Alioum (Fifa/Camarões)  e Sandro Meira Ricci (Fifa/Brasil).



 

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