O uso da tecnologia
da linha de gol tornou-se uma questão importante depois que a arbitragem não
conseguiu visualizar um gol da Inglaterra na Copa do Mundo na África do Sul, em
2010. Sobretudo após a exibição dos reprises terem comprovado que o chute do
inglês Frank Lampard, havia ultrapassado a linha de gol em (43 centímetros) no
jogo contra a Alemanha, pelas oitavas de final em território africano.
Posteriormente, tivemos
episódio idêntico na Eurocopa de 2012, e recentemente, o gol do meia vascaíno Douglas,
no clássico com o Flamengo no último domingo, onde o árbitro, o árbitro
adicional e o assistente não viram a bola ultrapassar a linha de meta em (22
centímetros).
Todo
mundo quer a tecnologia na linha do gol e em lances que fujam do campo visual
da arbitragem. A imprensa, os cartolas, os torcedores, os atletas e até mesmo
quem não entende nada de nada. Mas a introdução da tecnologia como auxílio à
arbitragem não é tão simples como a maioria imagina.
Os
dirigentes da Fifa e do International Board (IFAB), em que pese o “Jus
esperneandi” a cada erro do árbitro ou dos assistentes, tem agido com muito equilíbrio, deixando a emoção de lado e
agindo dentro de uma lógica responsável.
O
principal entrave para a instalação da eletrônica como auxílio aos homens de
preto, esbarra no fato de que o futebol é praticado de forma universal em 209
países, e a maioria dos filiados da Fifa já se manifestaram contrários a
tecnologia, dado o alto custo financeiro para instalar o sistema e a sua
consequente manutenção.
A
empresa alemã GoalControl-GmbH-4D, anunciada pela Fifa como responsável pelo
fornecimento da tecnologia na linha do gol no Mundial no Brasil, anunciou que a
instalação das 14 câmeras de alta velocidade (sete em cada gol), irá custar por
estádio (são 12 sedes), a “bagatela” de US$ 260.000 (R$ 520.000), além de US$ 3.900
(R$ 7.800) a cada jogo em que o GoalControl-4D - for utilizado, para apontar se
a bola ultrapassou ou não a linha de meta.
É
óbvio que num torneio de curta duração como a Copa do Mundo e com patrocinadores
de alta propulsão como tem a Fifa, é fácil implantar a tecnologia. As
competições da Champions League, que reúne os maiores clubes de futebol do
planeta e é comandada pela Uefa, e a Premier League na Inglaterra, que tem os
maiores investidores do futebol e pelo segundo ano consecutivo a maior média de
público, também podem inserir a tecnologia nos seus campeonatos. Aliás, os ingleses
já estão utilizando nesta temporada o sistema britânico Hawk-Eye.
A
implementação da tecnologia se torna inviável a partir de outros Continentes
como a África, a Ásia, a América do Sul e a Oceania, onde as condições sócioeconômicas
da população e, por conseguinte, dos clubes que disputam suas competições, são
inferiores aos acima nominados.
PS: Airton Cordeiro, Augusto Mafuz, Carneiro Neto, Hidalgo Neto, Fernando Gomes, Guilherme de Paula, Luis Augusto Xavier e Sicupira, são dignos de louvor pela demonstração de conhecimento e profissionalismo que têem demonstrado no que concerne as Regras de Futebol, no momento de avaliarem as arbitragens do Campeonato Paranaense e da Copa Libertadores da América.
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