segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Filiados à Fifa são contrários a tecnologia



                                                                  Fifa.com
O uso da tecnologia da linha de gol tornou-se uma questão importante depois que a arbitragem não conseguiu visualizar um gol da Inglaterra na Copa do Mundo na África do Sul, em 2010. Sobretudo após a exibição dos reprises terem comprovado que o chute do inglês Frank Lampard, havia ultrapassado a linha de gol em (43 centímetros) no jogo contra a Alemanha, pelas oitavas de final em território africano.

Posteriormente, tivemos episódio idêntico na Eurocopa de 2012, e recentemente, o gol do meia vascaíno Douglas, no clássico com o Flamengo no último domingo, onde o árbitro, o árbitro adicional e o assistente não viram a bola ultrapassar a linha de meta em (22 centímetros).

Todo mundo quer a tecnologia na linha do gol e em lances que fujam do campo visual da arbitragem. A imprensa, os cartolas, os torcedores, os atletas e até mesmo quem não entende nada de nada. Mas a introdução da tecnologia como auxílio à arbitragem não é tão simples como a maioria imagina.

Os dirigentes da Fifa e do International Board (IFAB), em que pese o “Jus esperneandi” a cada erro do árbitro ou dos assistentes, tem agido com  muito equilíbrio, deixando a emoção de lado e agindo dentro de uma lógica responsável.

O principal entrave para a instalação da eletrônica como auxílio aos homens de preto, esbarra no fato de que o futebol é praticado de forma universal em 209 países, e a maioria dos filiados da Fifa já se manifestaram contrários a tecnologia, dado o alto custo financeiro para instalar o sistema e a sua consequente manutenção.  

A empresa alemã GoalControl-GmbH-4D, anunciada pela Fifa como responsável pelo fornecimento da tecnologia na linha do gol no Mundial no Brasil, anunciou que a instalação das 14 câmeras de alta velocidade (sete em cada gol), irá custar por estádio (são 12 sedes), a “bagatela” de  US$ 260.000 (R$ 520.000), além de US$ 3.900 (R$ 7.800) a cada jogo em que o GoalControl-4D - for utilizado, para apontar se a bola ultrapassou ou não a linha de meta.

É óbvio que num torneio de curta duração como a Copa do Mundo e com patrocinadores de alta propulsão como tem a Fifa, é fácil implantar a tecnologia. As competições da Champions League, que reúne os maiores clubes de futebol do planeta e é comandada pela Uefa, e a Premier League na Inglaterra, que tem os maiores investidores do futebol e pelo segundo ano consecutivo a maior média de público, também podem inserir a tecnologia nos seus campeonatos. Aliás, os ingleses já estão utilizando nesta temporada o sistema britânico Hawk-Eye.

A implementação da tecnologia se torna inviável a partir de outros Continentes como a África, a Ásia, a América do Sul e a Oceania, onde as condições sócioeconômicas da população e, por conseguinte, dos clubes que disputam suas competições, são inferiores aos acima nominados.   
PS: Airton Cordeiro, Augusto Mafuz, Carneiro Neto, Hidalgo Neto, Fernando Gomes, Guilherme de Paula, Luis Augusto Xavier e Sicupira, são dignos de louvor pela demonstração de conhecimento e profissionalismo que têem demonstrado no que concerne as Regras de Futebol, no momento de avaliarem as arbitragens do Campeonato Paranaense e da Copa Libertadores da América. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário