segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Crise no futebol brasileiro, decorre do continuísmo e da falta de talentos

      Marco Antônio Martins presidente da Anaf à esquerda e o ministro do Esporte Aldo Rebelo.
A crise que sacudiu os alicerces do outrora melhor futebol do planeta, após o 7 x 1 da Alemanha, confirmou também que o quadro de árbitros da (CBF) em que pese os esforços da Comissão de Árbitros (CA) da entidade, presidida pelo instrutor Fifa/Conmebol, Sérgio Corrêa da Silva, também precisa submeter-se a mudanças significativas.
Crises fazem parte do cotidiano de qualquer pessoa, país e seus diferentes segmentos. Elas são importantes, pois nos alertam de que alguma coisa está em descompasso com a realidade e algo deve ser feito para atingirmos o ponto de equilíbrio. Se detectadas e corrigidas adequadamente, elas nos substanciam, nos fortalecem e nos recolocam novamente nos trilhos.
Do contrário, acentuam-se e podem nos conduzir ao caos. As transformações necessárias para a melhora qualitativa e, por consequência, da credibilidade das tomadas de decisões do árbitro de futebol no Brasil, acontecerão a partir do momento em que houver planejamento, organização, paciência, perseverança e trabalho comandado por pessoas com ideias rejuvenescidas.
Digo isto porque, a maioria do conjunto humano que está a frente da direção da arbitragem nas federações estaduais de futebol, nas escolas de formação de futuros apitos e mesmo na CA/CBF, estão lá há muito tempo e desgraçadamente pensam e agem como se estivéssemos no século passado.
O que aconteceu no Mineirão naquele “fatídico” 8 de julho do ano em curso, deixou clarividente que há algo profundamente errado na estrutura futebolística brasileira. O caminho para superarmos o estágio decadente que aí está, e analisá-lo de maneira equilibrada e criar alternativas objetivas com soluções efetivas.
Se há algum desejo de que vicissitudes sejam implementadas no futebol pentacampeão, o norte a ser seguido passa por uma dedicação sistemática à análise das causas do desastre à busca de soluções concretas.
O governo  prepara uma série de medidas para tentar modernizar o futebol no País, exigindo que os clubes apresentem balanços rotineiros, sejam rebaixados se não pagarem os atleta e que as federações estaduais possam promover apenas uma reeleição. Aliás, se há interesse de mudar o nosso futebol (as federações de futebol que se transformaram em verdadeiros cartórios) na nossa opinião, deveriam ser extintas.
A presidenta Dilma Rousseff ao receber o Bom Sendo FC, prometeu democratizar a estrutura do esporte, fazendo com que técnicos, atletas e árbitros participem das eleições de entidades vinculadas ao futebol. No que tange aos homens de preto, sugiro respeitosamente a nossa presidenta, que receba e ouça o presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf), Marco Antônio Martins. Martins é um personagem com Know how expressivo no tema e com livre trânsito junto a confraria do apito nacional. E,  se ouvido, irá apresentar projetos viáveis que proporcionarão o desenvolvimento de um dos setores mais importantes do futebol que é a arbitragem.    

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