É inquestionável que os clubes que disputam o
Campeonato Brasileiro/14, estão com razão em muitas das suas queixas contra o
mal desempenho da confraria do apito. Mas é importante destacar, que algumas
ações da arbitragem no campo de jogo são contestadas e utilizadas maldosamente
pelos dirigentes, como “cortina de fumaça”. Ou seja, é um disfarce que tem como
objetivo precípuo “blindar” aqueles que comandam suas instituições, para
justificar a incompetência administrativa e, por consequência, ludibriar o
sofrido torcedor.
Além de verídicas, parte das intempéries
verbais disparadas contra os erros dos homens de preto, após o término da 21ª
rodada da Série (A) do Brasileirão pelos dirigentes, atletas e técnicos, em algumas
partidas são incontestáveis. Mas, ao
mesmo tempo, escancara uma face preocupante que vivencia o nosso futebol, que é
a deficiência do árbitro um dos personagens mais significativos do esporte das
multidões.
Não há solução para erradicar os equívocos de
arbitragem e quem afirmar que tem falta com a verdade. O árbitro é um ser humano
que desde o momento que foi criado por DEUS, e designado para habitar e gerir o
Jardim do Éden e o desobedeceu, tornou-se suscetível a erros independentemente
da raça, cor, religião ou extrato social que pertença.
Mas no planeta que habitamos, há mecanismos
disponíveis que podem propiciar a sua evolução, requalificação e, por extensão,
minimizar a escalada terrível de erros nas tomadas de decisões. Decisões que
tem proporcionado inúmeros prejuízos às equipes que disputam o esporte mais
popular do universo.
Dentre as possíveis sugestões que poderiam
contribuir para o aprimoramento da qualidade dos apitos e bandeiras do futebol
pentacampeão, se a direção da CBF assim desejar, o início seria uma reformulação
total na composição e comando da comissão de arbitragem da entidade e com isto,
dar fim no continuísmo que assola aquele órgão há mais de duas décadas.
A comissão teria que ser formada por
ex-árbitros com notório conhecimento sobre as Regras de Futebol e todos
deveriam se dedicar única e exclusivamente aos trabalhos da comissão. Ou seja,
sem atividade paralela. Os clubes indicariam um nome, a imprensa (1), a CBF (2)
e a (Anaf) Associação Nacional de Árbitros de Futebol (1). Definidos os nomes,
caberia a categoria dos apitadores através do voto, escolher o presidente e vice-presidente
com mandato já definido pela CBF.
Eleita a comissão de arbitragem, teria trinta
dias para elaborar e apresentar um projeto de excelência de curto, médio e
longo prazo para a arbitragem nacional à direção da CBF. Projeto que deveria
ter no seu conteúdo uma reformulação ampla e irrestrita na (Renaf)- Relação Nacional
de Árbitros de Futebol. A atual está cheia de vícios, de protecionismos e,
sobretudo, de politicagem.
Ato contínuo, garimpar instrutores/professores
de arbitragem capacitados na área teórica e prática, e reformular na essência a
metodologia e a didática a ser empregada na formação dos futuros árbitros e
assistentes nas federações estaduais via (Enaf) Escola Brasileira de Árbitros.
Os mesmos instrutores/professores da Enaf,
seriam responsáveis pela requalificação dos juízes e bandeirinhas da Renaf,
incluso aí no mínimo dois mestres na área de educação física, com o objetivo de
preparar os membros da lista internacional e, por extensão, dar cabo no
histórico vergonhoso de reprovações nos testes físicos da Fifa.
E, por derradeiro, deixo a sugestão de que
seja formada uma comissão de notáveis para discutir, analisar, lapidar as ideias
e mudanças aqui sugeridas, pois entendo que se implementadas, os árbitros poderão conquistar o retorno da
credibilidade e valorização do seu mister perante a imprensa, os dirigentes e,
especialmente, do torcedor.
PS:
O árbitro do século 21 que teve a sua atividade reconhecida como profissional, através
do Decreto Lei nº 12.867/2013, não basta se intitular como profissional e ostentar
o escudo da sua federação, da CBF ou da Fifa. Acrescento ao exposto acima, que
todos aqueles que almejam ser um Referee profissional, leiam e transformem o
manual “SINAIS DE TRÂNSITO DO ÁRBITRO DE FUTEBOL”, no seu livro de cabeceira. Essa enciclopédia foi lançada pelo Dr. Edson
Rezende de Oliveira, uma das reservas morais da arbitragem brasileira.
PS (2): Na última segunda-feira (15), postei abaixo que um ex-árbitro que participou de Mundiais da Fifa, me alertou sobre o histórico "vergonhoso" de reprovações nos testes físicos dos árbitros brasileiros que compõe a lista internacional da entidade. Principalmente, quando o teste é realizado sob os "olhares imutáveis" de instrutores internacionais. Porém, submetidos ao mesmo teste sob a "vigilância" de instrutores do futebol brasileiro, aqueles que foram reprovados, num passe de mágica são "aprovados". Me perguntam se o problema será equacionado. Respondo: Só acredito na equação desse quesito, a partir do momento em que a meritocracia for adotada como mote para inclusão de um árbitro ou assistente na Renaf.
PS (2): Na última segunda-feira (15), postei abaixo que um ex-árbitro que participou de Mundiais da Fifa, me alertou sobre o histórico "vergonhoso" de reprovações nos testes físicos dos árbitros brasileiros que compõe a lista internacional da entidade. Principalmente, quando o teste é realizado sob os "olhares imutáveis" de instrutores internacionais. Porém, submetidos ao mesmo teste sob a "vigilância" de instrutores do futebol brasileiro, aqueles que foram reprovados, num passe de mágica são "aprovados". Me perguntam se o problema será equacionado. Respondo: Só acredito na equação desse quesito, a partir do momento em que a meritocracia for adotada como mote para inclusão de um árbitro ou assistente na Renaf.
Boas ideias do Sandro Meira e Salmo Valentim.
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