quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Arbitragem: O cenário é doloroso

      José Maria Marin à esquerda e Marco Polo Del Nero à direita
A (Anaf) Associação Nacional de Árbitros de Futebol, realiza no próximo dia 28 de novembro, o XXXIV Congresso Nacional da entidade que agrega a categoria de árbitros de futebol do Brasil. O evento será efetivado em Salvador (Bahia) e na ocasião a diretoria eleita da Anaf no último mês de julho tomará posse.

Reconhecida como profissional desde 10/10/2013, a atividade do árbitro de futebol no Brasil, através do DECRETO LEI Nº 12.867, que foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff, carece de ajustes. O homem que maneja o apito no futebol brasileiro, em que pese os esforços consideráveis da diretoria da Anaf, continua sendo um “prestador” de serviços.

Apesar da profissionalização já ter completado um ano, o árbitro brasileiro continua sem direitos, sem nenhuma garantia e em muitas oportunidades - é “usado” pelo “status quo” que gerencia o futebol pentacampeão, como se fosse um objeto descartável.

Diante disso, sem querer pautar o congresso em tela, o evento na capital baiana deverá ter como tema inafastável os ajustes necessários que a profissionalização exige.

Outra medida importante é a presença do próximo presidente da CBF Marco Polo Del Nero, no evento e nas discussões sobre as prováveis formas de viabilizar a profissionalização. Del Nero vai gerir o futebol brasileiro nos próximos quatro anos, a partir de abril de 2015.

Faço esta colocação porque a fracassada administração de José Maria Marin na CBF, tem mais seis meses e ponto final. Marin, nada fez pela melhora qualitativa da arbitragem nacional. Repito, nada! Repito, nada! Se tivesse intenções de melhorar o desempenho da arbitragem, Marin poderia ter dado continuidade ao legado da Fifa que é a (TGL) tecnologia na linha do gol. A Fifa deixou tudo pronto, bastava mantê-la nos estádios que foram utilizados na Copa. Porém, a CBF alegou que os custos são “demasiadamente caros” e o equipamento top de linha foi descartado. 

Além disso, a CBF presidida por Marin, via Sérgio Corrêa da Silva, desferiu a pá de cal que faltava para afundar de vez a arbitragem brasileira no abismo. A entidade anunciou esta semana, o fim dos (AAA) Árbitros Assistentes Adicionais nas suas competições em 2015.
  
Enquanto a Uefa utiliza nos seus torneios os (AAA) e os requalificou recentemente, inclusive, várias Ligas Europeias estão aderindo a implementação dos (AAA) gradativamente, aqui no Brasil, as vozes do atraso anunciam a sua extinção garbosamente.   

O cenário futurista é doloroso aos homens de preto do futebol brasileiro. Caberá a direção da Anaf e seus congêneres no congresso nominado e no ano que que se aproxima ter muita paciência e argumentação para tirar a arbitragem brasileira do fundo do poço. 

PS: Os seminários e cursos realizados aos árbitros da (Renaf) Relação Nacional de Árbitros de Futebol, desde a ascensão de Marin ao trono da CBF, foram os mesmos que eram efetivados na gestão de Ricardo Teixeira. Além do fiasco de Alemanha 7 x 1 Brasil, foi sob a batuta do atual presidente que o futebol brasileiro indicou três árbitros para o Mundial este ano no Brasil, e todos reprovaram "fragorosamente" no teste físico da Fifa.
 

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