quarta-feira, 22 de outubro de 2014

No futebol não se inventa

                          Foto: Fifa.com. Membros da (IFAB) em recente reunião da entidade.
No lançamento do seu livro Parlons Footbaal (falemos de futebol), na última sexta-feira, o maior astro do futebol francês e atual presidente da Uefa Michel Platini, sugeriu quatro alterações nas Regras de Futebol.

Platini disse que o International Board (IFAB), a única entidade que tem poderes para autorizar experiências e modificações nas regras,  composta pela Fifa e pelas quatro associações do Reino Unido (Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales), deveria permitir a presença de técnicos de futebol e ex-atletas na sua composição. “As mudanças nas regras não viriam somente dos representantes da Fifa, e sim de ex-jogadores e técnicos renomados", completou.

Discordo. O futebol só se tornou um esporte diferenciado em todo o universo e atingiu o patamar estratosférico vigente, porque suas regras e diretrizes foram e continuam sendo elaboradas por mentes prodigiosas e é manejado desde a sua criação por pouquíssimas personagens.
  
A entrada dos treinadores de futebol e ex-jogadores no (IFAB), acrescentaria pouquíssima contribuição com raríssimas exceções. A maioria desses profissionais não possuem conhecimento e tampouco discernimento das Regras de Futebol. Permitir acento num órgão de tamanha magnitude como é o (IFAB) de gente com saber limitado é um salto no escuro.

Quanto a criação do cartão branco para atletas que desaprovarem com gestos e palavras as decisões da arbitragem (ficariam dez minutos no banco) – é outra impropriedade. A regra dá ao árbitro a prerrogativa de antes de aplicar o cartão amarelo ou vermelho, utilizar a arbitragem preventiva. Que consiste na comunicação do juiz com os atletas via olhar, sinal, advertência verbal ou do apito. Se essas incursões não forem suficientes, aí o árbitro deve aplicar os cartões. Flexibilizar além disso, é premiar a indisciplina.

Já no que concerne a extinção da redução da idade dos homens de preto, hoje limitada pela Fifa em 45 anos sou favorável. Mas o homem do apito acima da idade limite, deve ser submetido a uma  semiologia ortopédica, e apresentar laudo neurológico e oftalmológico, que atestem sua capacidade para exercer a atividade de comandar uma partida.

E, por último, Platini propõe mais duas alterações além das três já permitidas pela Fifa num prélio. Para os técnicos seria excelente, dado que a Fifa permite que onze atletas fiquem a disposição no banco de reservas a partir de 2013.

PS: Em 2009, num seminário preparativo para a Copa do Mundo na África do Sul em 2010, o ex-assistente Fifa Altemir Hausamnn do Brasil, numa reunião com membros do (IFAB) e da Fifa, propôs a quarta substituição numa partida de futebol.     

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