segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Dois pares de olhos adicionais são oportunos para o futebol

    Martin Atkinson, explicando ao atacante Agüero, que a bola  ultrapassou totalmente a linha de meta.
Na prestigiadíssima coluna que mantém no periódico Zero Hora, o conceituado jornalista Luiz Zini, destacou na sexta-feira que passou, que o presidente da CBF, José Maria Marin, decidiu que os árbitros assistentes adicionais (AAA), os dois que ficam ao lado das goleiras, não serão mais convocados em 2015. Marin alegou que o custo é alto. A CBF não segue as lições da Uefa. Os europeus não só vão manter os (AAA), como procuram qualificá-los.

Diz mais a coluna: Sem bancar cursos de aperfeiçoamento aos árbitros, a CBF também esnobou um legado da Copa. Alegou falta de dinheiro e desativou a Tecnologia na Linha do Gol (TGL) nos 12 estádios do Mundial. Sandro Meira Ricci (Fifa/PE) testou o TGL com sucesso no Beira-Rio, em junho, no jogo entre França e Honduras. 

A notícia veiculada pelo indigitado profissional, derruba por terra de maneira irrefutável os argumentos das vozes do “atraso”, sobretudo, da CBF e sua Comissão de Arbitragem.

A verdade é que os árbitros assistentes adicionais preencheram uma necessidade criada pelas mudanças vividas no futebol ao longo da última década. A maior transformação dos últimos dez anos tem a ver com a velocidade, todo mundo está observando esses avanços, menos o futebol brasileiro. Hoje é muito difícil  um árbitro tomar determinadas decisões, muito mais do que no passado. O trabalho dos homens de preto tornou-se cada vez mais difícil.

Com o futebol cada vez mais rápido e os atletas mais fortes, parece que, por vezes, os árbitros enfrentam uma missão impossível. Dois pares de olhos extras, atentos ao que se passa nas duas áreas de pênalti, são uma ajuda valiosa para o árbitro central e fortalecem as tomadas de decisões das equipes de arbitragem, em termos numéricos e de confiança, permitindo ao mesmo tempo que o jogo seja mais fluido.

Os (AAA) foram instituídos pela International Board e a Fifa a partir de 2012, e estão inseridos no manual das Regras de Futebol 2014/2015, na página (59), versão em inglês. Também estão definidos os seus deveres no auxílio ao árbitro da partida sempre de acordo com as regras.

A Premier League (Inglaterra) não aderiu aos (AAA). Porque, diferentemente da CBF que alegou custos elevadíssimos para implementar a Tecnologia na Linha do Gol (TGL), implementou o sistema Hawk-Eye (Olho de Falcão).  

Sistema que foi introduzido pela Federação Inglesa em 2013, fruto de um investimento de 11,7 milhões de euros em todos os estádios da Série (A). A tecnologia usada na Premier League é a mesma utilizada no tênis.

No sábado (25), no prélio West Ham 2 x 1 Manchester City, o segundo gol da equipe vencedora, marcado pelo atacante Diafra Sakho, só foi validado em função da tecnologia. O árbitro Martin Atkinson (foto), que apitou o jogo em tela, só validou o gol de Sakho, após o seu relógio que está no pulso direito vibrar e aparecer a palavra gol.

Portanto, investir em tecnologia, nos  (AAA) e na requalificação da arbitragem, significa propiciar melhores condições ao árbitro no momento de tomar decisões. E, por consequência, diminui os erros e dá credibilidade às ações de juízes e bandeiras   

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