quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Larrionda está numa encruzilhada

Após as conturbadas interpretações e aplicações de penalidades máximas pela arbitragem no Campeonato Brasileiro, em função de um curso efetivado na Granja Comary, no Rio de Janeiro, sobre (bola na mão ou mão na bola dentro da área de pênalti), que teve como preletor o instrutor Fifa/Conmebol, Jorge Larrionda (foto), e da repercussão negativa das explicações que foram prestadas pela comissão de arbitragem da CBF sobre o imbróglio, a entidade decidiu: Convidar árbitros, atletas, dirigentes e imprensa, para uma reunião que terá a presença de Jorge Larrionda e membros da CA/CBF, que irá esclarecer definitivamente a questão. O evento acontecerá na sede da CBF, nesta quinta (2), às 15h.

Segundo árbitros e assistentes com os quais falei via fone que participaram do curso há pouco mais de duas semanas em Teresópolis (RJ), o instrutor Larrionda que foi um dos palestrantes do curso, passou a seguinte instrução sobre o assunto: “O  árbitro deve ficar atento no momento de interpretar e aplicar a regra, quanto a mão deliberada e quanto a uma ação deliberada que resulta em um toque de mão dentro da área penal”.

Sabedor do meu compromisso com o leitor do PARANAONLINE, decidi consultar via internet o Comitê de Arbitragem da Fifa no concerne ao tema em tela.

A resposta da instituição foi lacônica: A Fifa e o International Football Association  Board (IFAB)- não tem nada a declarar sobre o assunto. Traduzindo: A regra não mudou e vale o que está escrito. Até porque, não há nenhuma circular e nenhum memorando das duas entidades alterando o que consta na regra. 

Diante do exposto, resta saber o que o uruguaio Larrionda irá dizer amanhã na sede da CBF, sobre o contido na página (86) do manual de Regras de Futebol/Fifa. E quais serão os mecanismos que utilizará o instrutor Fifa/Conmebol, para dirimir as inúmeras dúvidas que sua orientação provocou a respeito do fato no intelecto dos árbitros e assistentes da (Renaf) Relação Nacional de Árbitros de Futebol.  

PS: O momento periclitante que “atormenta” a arbitragem no atual Brasileirão, fez surgir a proposição de melhorar a remuneração dos árbitros nas competições da CBF. Justíssima reivindicação. Porém, é necessária uma “profilaxia” na lista da Renaf. Acrescer as taxas e diárias com a “pior safra” do apito das últimas décadas, significa premiar a incompetência e desprezar a meritocracia.

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