Ideia é mantida na véspera do Mundial de Clubes
Pedro
Proença (foto) viaja nesta quarta-feira (3) para o Marrocos, onde representará
Portugal e a Uefa no Mundial de Clubes, que se realiza entre os dias 10 e
20 próximo. O árbitro português, que será acompanhado por Tiago Trigo e Bertino
Miranda, pensa mesmo terminar ali a sua carreira, caso chegue à
final da competição, como tinha afirmado na entrevista a Record,
publicada a 8 de novembro.
Tenho atrás de mim a
responsabilidade de ter conseguido para o futebol e para a arbitragem
nacional grandes feitos, mas já são mais de 20 anos de arbitragem, que é
uma atividade que causa um desgaste muito grande, e quando chegamos a um
determinado patamar queremos outros desafios. Portanto, será
eventualmente essa a questão que me levará a abandonar a carreira de
árbitro, bem como com aspectos motivacionais e que têm a ver com a minha
carreira profissional, assim como com alguns problemas pessoais.
A
performance e o patamar que conseguimos alcançar nesta competição será
fundamental para avaliar essa questão. Assim que chegar do Marrocos e
após uma conversa com Fernando Gomes, uma pessoa fundamental, anunciarei
qual será a minha decisão, explicou o melhor árbitro português da
atualidade.
Numa conferência de imprensa ontem realizada na
sede da (FPF) Federação Portuguesa de Futebol, Proença não quis abordar a reunião de ontem, durante a qual
explicou o conteúdo da entrevista ao nosso jornal. O árbitro prefere
pensar no futuro, revelando o seu orgulho por poder marcar presença numa
prova como esta: “Esta é a primeira vez que uma equipe portuguesa marca
presença na competição. Devemos estar todos orgulhosos por esta
nomeação e por esta confiança que a Fifa depositou mais uma vez na nossa
equipe".
O árbitro tem o objetivo bem definido de atingir a
final, mesmo que a equipe europeia participante lá chegue, o Real
Madrid, uma vez que os regulamentos o permitem. “Vamos partir com a
ambição de desempenhar um papel positivo, ao nível da arbitragem
nacional, e com a esperança de, eventualmente, fazermos aquilo que não
conseguimos no Mundial, isto é, poder arbitrar a final e poder enaltecer a
arbitragem portuguesa”.
Nesta hora, o lisboeta deixa
agradecimentos à FPF: “Todas as condições que me foram dadas pela FPF.
Nunca posso deixar de fazer este elogio à direção da FPF, porque não me
recordo que tenha havido tanto apoio as equipes de arbitragem como aquele
que tem existido, pela direção e, nomeadamente, pelo presidente
Fernando Gomes. A gestão desta competição foi feita também com o
Conselho de Arbitragem. Só é possível termos uma equipe no Mundial de
Clubes porque há toda uma equipe que nos tem suportado em todos os
momentos para que nós possamos estar em condições. A equipe de
arbitragem vai aparecer com grandes índices físicos, mentais e
psicológicos".
Fonte: Record/Portugal
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