domingo, 8 de março de 2015

Arbitragem nacional está doentia



Se não acontecer nada de extraordinário, a Renaf/CBF/2015 (Relação Nacional de Árbitros de Futebol) - deverá ser divulgada na primeira semana de maio, a que antecede o início do Campeonato Brasileiro.
Segundo informações obtidas por este colunista nos últimos dias, a Comissão de Arbitragem da entidade que comanda o futebol brasileiro, aguarda o desenlace dos campeonatos estaduais para completar a nova lista.

A demora pelo que entendi, tem como objetivo avaliar o desenvolvimento de alguns apitos e bandeiras nas competições regionais que serão promovidos de categoria na Renaf deste ano.
Face o motivado, acredito que as alterações serão pouquíssimas. Faço a afirmação em tela porque, o desmonte da arbitragem brasileira promovido pelas federações estaduais de futebol em cumplicidade com as comissões de árbitros e as “entidades que se dizem representantes da categoria dos homens de preto”, é visível, e só não vê quem não quer.

Falta gestão para o setor do apito e investimento financeiro das federações. Além disso, destaque-se o “compadrio vergonhoso” que tomou de assalto a composição das comissões de arbitragens e as escolas de formação de árbitros das federações.

O resultado dessa catástrofe produzida nas federações de futebol, está direcionando a qualidade das tomadas de decisões do árbitro do futebol brasileiro no campo de jogo, para um caminho sem volta.
     
Observem as últimas promoções para o quadro da Fifa. Anderson Daronco (RS), Dewson de Freitas (PA), Luiz Flavio de Oliveira (SP) e Raphael Claus (SP). Os dois primeiros são árbitros promissores e com potencial a ser trabalhado. Já os paulistas, são apitos comuns e acredito que foram promovidos pela falta de opções no quadro de árbitros da Federação Paulista de Futebol.

No dia 16 de abril próximo assume o comando da CBF, o presidente Marco Polo Del Nero. Em recente entrevista a uma revista de circulação nacional, Del Nero afirmou que a primeira medida que irá tomar quando assumir o comando da instituição será promover uma mudança radical da confraria do apito.

Sugiro que a transformação apregoada por Del Nero, comece nas federações de futebol onde os árbitros são malformados e de quem a CBF empresta os juízes e bandeiras para suas competições.

PS: A arbitragem nacional ainda não atingiu o ”fundo do poço”, porque lá na CBF tem homens com a inteligência de Sérgio Corrêa da Silva, Nilson Monção, Edson Rezende de Oliveira e Manoel Serapião Filho, que agem como verdadeiros sacerdotes à frente da CA/CBF, e trazem no interior do seu coração o DNA da arbitragem.


(PS) 2: Sob o comando de Helio Cury e Afonso Vitor de Oliveira, a (FPF) Federação Paranaense de Futebol não revela um único árbitro desde 2007. Pelo contrário: é na gestão de ambos que a (FPF) está vivenciando a maior decadência no setor do apito no que concerne ao quadro de árbitros da entidade paranaense ao longo da sua existência. Mesmo assim, alguns árbitros e assistentes tem se superado e conseguem realizar ótimas arbitragens como Fabio Filipus no Coritiba 1 x 0 Londrina. No prélio do domingo que passou, aos 45’ da etapa inicial, Germano do Londrina, imprudentemente calçou o atacante Rafhael Lucas do Alviverde dentro da área pênalti. Penal incontestável e não teve lance polêmico coisíssima nenhuma. 
 

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