A
Comissão de Arbitragem da CBF anunciou na última segunda-feira (4), a Relação
Nacional de Árbitros de Futebol 2015/2016. E, pela primeira vez, desde a sua
criação, o quadro de árbitros de Asp/Fifa, que sempre foi composto por (10)
árbitros, nesta temporada e na próxima vai contar com apenas (8) componentes.
A
CA/CBF não se manifestou sobre a incompletude da lista dos Asp/Fifa – mas, está
evidenciado que as federações de futebol que são as responsáveis pela formação,
acompanhamento e aprimoramento dos homens de preto, não estão fazendo o dever
de casa. Explico: são as federações que indicam árbitros e assistentes para ao
processo seletivo à CA/CBF. Porém, há normas e diretrizes para essa indicação.
A
ausência de dois nomes para fechar a lista de Asp/Fifa, expõe o desmonte da
arbitragem brasileira que tem como epicentro as federações de futebol. Essas
entidades além de não investirem na formação de novos árbitros, indicam pessoas
despreparadas para comporem as comissões de arbitragem e, por conseguinte, as
escolas de formação dos futuros árbitros.
Geralmente
os “indicados” às comissões e escolas de arbitragem, são amigos dos presidentes
das federações ou de pessoas próximas
sem nenhuma identidade com os árbitros, que desconhecem as Regras de
Futebol na sua essência. Aí, dá “chabu”.
Associado
ao parágrafo acima, é latente a decadência técnica que solapa os campeonatos regionais
- o que faz com que confraria do apito brasileiro seja contaminada por essa
debacle - e num arroubo de mediocridade, muitos juízes e bandeiras imaginam que
as tomadas de decisões colocadas em prática nas partidas regionais, podem ser
aplicadas na condução dos prélios do Campeonato Brasileiro. Aí, dá “chabu” de
novo.
Diante
do exposto acima e da magnitude dos jogos do Campeonato Brasileiro que inicia
neste fim de semana, não há como não antever que alguns equívocos da arbitragem
acontecerão na sequência do Brasileirão. O que significa paciência e
compreensão dos atletas, dirigentes e, sobretudo, da imprensa esportiva que é
formadora de opinião.
Não
fora o belíssimo trabalho que vem sendo desenvolvido pelos membros da CA/CBF e
da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol (Enaf), na implementação de cursos
de requalificação, palestras, seminários, circulares, assessores de arbitragem,
assessores de vídeo e delegados especiais, o homem de preto do futebol
brasileiro já tinha ido para o beleléu.
PS:
O quadro de Asp/Fifa para a temporada 2015/2016 ficou assim: Foram promovidos,
Braulio da Silva Machado (SC), Igor Benevenuto (MG) e Thiago Duarte Peixoto
(SP). Já estavam no quadro: Felipe Gomes da Silva (PR), Guilherme Ceretta de
Lima (SP), Jean Pierre de Lima (RS), Wagner Nascimento Magalhães (RJ) e Wagner
Reway (MT).
PS
(2): Ressalto que Felipe Gomes da Silva quando aportou na (FPF), trouxe consigo
o escudo de Asp/Fifa do Rio de Janeiro. O futebol paranaense este ano está
completando nove anos consecutivos sem um apito Asp/Fifa. O motivo: o setor
responsável não conseguiu preparar e indicar candidatos que preenchessem as
exigências da CA/CBF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário