No Couto Pereira
Ricardo Marques Ribeiro
(Fifa/MG), o apito de Coritiba 2 x 0 Grêmio, não precisou colocar em prática
durante o transcurso do nominado prélio nenhuma medida mais austera. Não foi necessário em função da fragilidade
técnica da partida, e, também porque manteve desde o início até o último
segundo um estilo personalista, na condução do confronto em tela. Ótima
arbitragem. Quando digo personalista, falo em estilo único.
No Serra Dourada
A insurreição da direção do Atlético
Paranaense contra a designação de Heber Roberto Lopes (Fifa/SC), para dirigir a
partida contra Goiás bateu na trave. Equilibrado, sóbrio e agindo como um
autêntico profissional da arbitragem, Roberto Lopes não foi visto em campo.
Aliás, desde que deixou o futebol paranaense, o indigitado árbitro cresceu em
todas as esferas, quer em âmbito nacional e nas competições da Conmebol.
Na Arena Itaquera
Marcelo de Lima
Henrique(Especial/PE), pelo segundo ano consecutivo é o árbitro que permite até
a rodada do final de semana que passou, o maior tempo de bola em jogo em se
tratando de Brasileirão. Sua atuação no Corinthians/SP 1 x 0 Chapecoense/SC,
comprovou a exuberante fase que vivencia, sobretudo, após deixar a Federação de
Futebol do Estado do Rio de Janeiro.
No Orlando Scarpelli
O neófito Thiago Duarte
Peixoto (foto/Asp/Fifa/SP), em que pese a decadência que assola o quadro de árbitros
da Federação Paulista de Futebol, na partida matinal do domingo pela Série (A -
Figueirense/SC 0 x 0 Vasco da Gama/RJ, comprovou que a CA/CBF foi felicíssima
quando decidiu pela sua promoção neste ano. Duarte Peixoto exibiu uma prática
de arbitragem, similar a que os árbitros da Uefa aplicam semanalmente nas Liga
da Europa e na Liga dos Campeões.
O melhor da rodada
Bem posicionado, adotando a
diagonal como mote principal e saindo dela quando necessário, ou seja, indo ao
encontro das jogadas de maior agudez e com isto demonstrando aos atletas
concentração total no jogo, Thiago Duarte, utilizou com precisão a arbitragem
preventiva que consiste: (no diálogo, no olhar, na utilização da expressão
corporal e uma linguagem que todos os que estavam participando da partida
conseguiram entender). Foi o melhor árbitro da segunda rodada do Campeonato
Brasileiro. Resta saber se conseguirá manter a excelente performance que
apresentou nas duas partidas iniciais na Série (A) do Brasileirão.
No Beira-Rio
Inter/RS 1 x 0 Avaí/SC, teve
um lance dificílimo para a arbitragem definir se a bola ultrapassou ou não a
linha de meta na sua totalidade. Na verdade foi um teste de acuidade visual que
envolveu o árbitro Igor Junio Benevenuto (Asp/Fifa/MG), e o assistente Fabrício
Vilarinho (Fifa/GO). Acuidade visual é o grau de aptidão do olho, para
discriminar os detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e
o contorno dos objetos.
Belíssimo trabalho em equipe
Neste confronto, o atacante
Anderson Lopes do Avaí desferiu certeiro e potente chute à meta do colorado dos
Pampas - aí surgiu a mão magnífica do
goleiro colorado Muriel que em cima linha do gol, evitou um prejuízo para a
arbitragem e, por extensão, para o futebol brasileiro. A bola não passou a
linha de meta na sua plenitude, mas, a impressão para muitos foi de que a bola
entrou. Observei o posicionamento do árbitro Benevenuto pela TV e do bandeira
Vilarinho que acompanhou a jogada em toda a sua extensão. Brilhante trabalho em
equipe da dupla em tela.
Incremento na tecnologia
O ex-atleta de futebol Luis
Figo, candidato a presidência da Fifa no pleito do próximo dia 29, afirmou na semana
passada que a tecnologia é cada vez mais importante em todas as áreas da vida do ser humano e, por conseguinte, no
futebol e sobretudo no auxílio à arbitragem. Se eleito presidente da entidade
internacional, falou que pretende estudar novas formas de a tecnologia ajudar o
árbitro e seus assistentes não só na linha do gol (GLT), mas, em outras
situações, sem mexer na essência do futebol.
Legado desprezado
A Fifa e a GoalControl
deixaram nos estádios que sediaram a Copa do Mundo no Brasil, toda a tecnologia
utilizada durante o Mundial. A CBF apesar dos lucros astronômicos que vem
obtendo ano a ano, alegou custos financeiros elevados e abdicou da tecnologia
na linha do gol. O que configurou-se num verdadeiro gol contra a arbitragem
brasileira. A Premier League (Inglaterra) e a KNVB (Holanda), ao contrário da
CBF, pela terceira temporada consecutiva estão utilizando a Goal-Line Technology
(GLT) nos seus torneios com absoluto sucesso.
Não há interesse
Se a CBF tivesse interesse numa
arbitragem com níveis de excelência nos seus torneios, deveria aplicar parte do
montante das logomarcas das três multinacionais estampadas nos uniformes dos
árbitros e implementar a (GLT) como auxílio à arbitragem. Digo isto porque, os
valores repassados pela CBF desses patrocínios à arbitragem é “VERGONHOSO”, “ESPÚRIO.”
Multinacionais que pagam uma fortuna
considerável à entidade do futebol brasileiro, e exploram em conjunto com a CBF,
as meias, as bermudas e as camisas dos juízes e bandeiras da Relação Nacional
de Árbitros de Futebol (Renaf).
Para inglês ver (1)
Promulgada pela presidente
Dilma Rousseff em 11 de outubro de 2013, a Lei nº 12.867, que reconheceu a
atividade do árbitro de futebol no Brasil como profissional, caminha a passos
gigantescos para se tornar mais uma lei inócua. Ou seja: não produziu e
dificilmente produzirá os efeitos pretendidos. Quando da sua promulgação, foi afirmado que os
árbitros teriam direitos. Poderiam negociar acordos coletivos, taxas e
participação em patrocínios, entre outros itens. Até a presente data nada
aconteceu e os principais culpados são os próprios árbitros.
Para inglês ver (2)
A empolgação da categoria
foi de tal monta, que alguns afirmaram que com a profissionalização a relação
CBF x arbitragem mudaria. Não mudou nada. Pelo contrário: Qual é o valor do
contrato e o tempo de duração das logomarcas das multinacionais que os garotos
propaganda - (árbitros, assistentes e o quarto árbitro), exibem nos uniformes das competições da CBF e qual é a quantia
repassada aos membros da Renaf?
Na Europa é diferente
Diferentemente
dos homens de preto do futebol pentacampeão que são explorados
“escandalosamente”, as confrarias do apito da Alemanha, Espanha, França,
Inglaterra, Itália e Portugal, compartilham com as suas federações o lucro
obtido com as logomarcas exibidas nos seus uniformes.
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