Habituados
com a subserviência de um segmento expressivo da arbitragem nos campeonatos
regionais, onde as federações de futebol mantém um feudo “vergonhoso” e, por
extensão, o voto de cabresto impera, a cartolagem, os técnicos e os atletas
estão em polvorosa com as novas determinações da CA/CBF aos homens de preto no
Campeonato Brasileiro nesta temporada.
A
circular que enquadrou técnicos, dirigentes e jogadores useiros e vezeiros em promover
arruaças e insurreições, antes, durante (na área técnica, no intervalo dos
prélios e ao final dos confrontos contra a arbitragem), nada mais é do que o
preceituado no livro das Regras de Futebol da Fifa.
As fotos em tela atestam de maneira irretocável como era o comportamento dos atletas perante a arbitragem, antes das medidas adotas pela CA/CBF.
Gradativamente
os atos de indisciplina estão diminuindo - e aqueles que ainda não se enquadraram estão
sendo punidos em consonância com as regras. Além do motivado, é visível o
decréscimo de marcações de infrações pela arbitragem e, por conseguinte, aumentou
o tempo de bola em jogo em todas as partidas.
Mas
para manter a regularidade vigente que observei nas seis rodadas iniciais na
Série (A), a confraria do apito independente do estilo de cada árbitro e das nuances
que ocorrem em cada jogo - precisa
trocar informações entre si, estabelecer critérios próximos da uniformidade, e
ter bom senso para manter as tomadas de decisões dentro do espírito das Regras
de Futebol, que é punir o infrator.
PS:
Os árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Rodolpho Toski Marques,
27 anos, e Paulo Roberto Alves Júnior, 32 anos, que debutaram na Série (A) do
Brasileirão na semana que passou, em que pese a ausência de investimento da
(FPF) no setor da arbitragem e o anacronismo que grassa na comissão de árbitros
da entidade, superaram todas as deficiências e comandaram os jogos que foram
escalados com galhardia.
PS (2):
Se a comissão de arbitragem da casa Gêneris Calvo fosse aberta ao diálogo,
agisse sem arrogância, realizasse painéis, seminários sobre as Regras de
Futebol, convidando profissionais qualificados e promovendo intercâmbio com os catarinenses
e gaúchos, o quadro de árbitros da (FPF) teria no mínimo um nome como Asp/Fifa.
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