quarta-feira, 29 de julho de 2015

Exploração e omissão inaceitáveis


  Aqui a publicidade está nas costas do juiz
Há mais de uma década a CBF vem explorando comercialmente a indumentária dos árbitros que atuam nas suas competições, exibindo em locais estratégicos diferentes logomarcas de várias multinacionais, sem dar-lhes um único centavo pelas propagandas que fazem. Meias, bermudas, mangas das camisas e nas costas das camisas ostentam as publicidades.
  
Lembro que as logomarcas estampadas nas vestimentas dos árbitros, são exibida à milhões de pessoas por vários canais de Tv (aberto e fechado), pelos jornais, pelas revistas, pela internet, pelo Facebook, pelos celulares etc........  
   
Num primeiro momento alegou-se que a categoria dos homens de preto não poderia fazer qualquer reivindicação a respeito, em função de que não havia uma lei que reconhecia a atividade do árbitro no Brasil como profissional.

Em outubro de 2013, foi sancionada pela presidência da República, a Lei Nº 12.867, que regulamentou a carreira do árbitro do futebol brasileiro e a qualificou como profissional.
    Publicidade está na manga da camisa e no tórax do árbitro
Com a regulamentação da lei, esperava-se alguns avanços significativos à confraria do apito brasileiro - sobretudo, na questão da exploração vergonhosa da propaganda gratuita das multinacionais que fazem os apitos e bandeiras nos seus uniformes, quando em ação nos torneios da CBF. O que se viu desde a aprovação da referida lei, foram pequenas conquistas que pouco ou nada tem a ver com a profissionalização.
    
Espera-se que na próxima reunião da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), a ser realizada em Belo Horizonte (MG), a Anaf e os sindicatos que possuem legitimidade de acordo com a Constituição Brasileira, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Artigo 8º da Carta Magna do Brasil, definam um posicionamento sobre o tema e deem um basta nesta arbitrariedade descomunal, contra uma classe tão importante no contexto do futebol como é a arbitragem.

PS: Diferentemente do que vem sendo alardeado em vários Estados pelos dirigentes das associações de árbitros de futebol, esclareço que estas entidades não teem nenhuma legitimidade para representar ou reivindicar qualquer benefício à categoria dos árbitros de futebol. Principalmente, onde há sindicato com a Certidão de Registro Sindical. Portanto, trata-se de uma mentira inominável. 

PS (2): Na Alemanha, Inglaterra, Espanha, França, Holanda, Japão, Portugal e mais recentemente na Venezuela, os árbitros recebem um Pró-labore pela publicidade que exibem nos seus uniformes. Por que os apitos e bandeiras que atuam nos campeonatos das federações e, principalmente da CBF, aceitam passivamente fazer publicidade de graça? Ou será que a lei que reconheceu o árbitro como profissional é daquelas leis feitas para “inglês ver”?  



Nenhum comentário:

Postar um comentário