Dewson de Freitas (Fifa/PA)
Após o final do último
confronto da 16ª rodada do Brasileirão/15 envolvendo Sport/PE 0 x 0
Cruzeiro/MG, ficou evidenciado que esta é a melhor temporada da confraria do
apito no que concerne a Série (A) do principal torneio da CBF.
Mas se aconteceu melhora
considerável nas tomadas de decisões da arbitragem, é importante ressaltar que
alguns ajustes são necessários para não interromper a caminhada dos homens de
preto que até o momento é de boa qualidade.
A Regra (11)- Impedimento -
atribuição específica dos assistentes, vem sofrendo interpretações
diferenciadas. A maioria dos equívocos no “off side” que tenho observado, tem
acontecido em função do posicionamento equivocado dos assistentes ou do
açodamento na marcação do impedimento. Cabe a Escola Nacional de formação de
arbitragem corrigir a deficiência em tela.
Outra situação clarividente
diz respeito a Regra (12) - Faltas e incorreções, quando da aplicação do cartão
vermelho. Felipe Gomes da Silva (Asp/Fifa/RJ), no jogo Santos/SP 1 x 3
Grêmio/RS e Wiltom Sampaio, no Fluminense/RJ 1 x 0 Grêmio/RS, são exemplos
recentes da falta de critério e/ou atenção quando da aplicação do nominado
cartão.
Mudança significativa
Aqui neste espaço afirmei
que o árbitro Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG), um jovem promissor, que
dirigiu Palmeiras/SP 0 x 1 Atlético/PR, no domingo que passou, a partir do
momento que deixasse de lado o egocentrismo, o personalismo, falasse somente o
necessário com os atletas, com os membros da área técnica e deixasse o jogo
fluir, atingiria o topo da arbitragem nacional em curto espaço de tempo. Não
sei quem o orientou, mas a verdade é que Marques Ribeiro nas últimas duas
partidas que apitou, mudou da água para o vinho. Na principal partida matinal
do domingo, no Allianz Parque, comportou-se como um verdadeiro árbitro FIFA.
Simples
e objetivo
Dewson de Freitas (Fifa/PA), no Coritiba/PR 1 x 1
Goiás/GO, demonstrou o quanto a simplicidade e a objetividade de um árbitro são
importantes para a condução perfeita de uma partida de futebol, onde duas
equipes estão em situação dificílima na tabela de classificação. Sem
sobressaltos, sem frescura, bem posicionado e interpretando com conhecimento os
quatro pilares básicos da arbitragem (técnico, tático, físico e psicológico), o
referido apito não foi visto na relva do Couto Pereira.
Daronco
a caminho da Rússia (1)
No Maracanã num confronto de dois tempos distintos,
Flamengo/RJ 2 x 2 Santos/SP, Anderson Daronco (Fifa/RS), exibiu a face de um
árbitro em fase de crescimento contínuo. O que significa que partida após
partida, a sua performance técnica, tática, física e psicológica apresenta um
desenvolvimento expressivo, o que o coloca na rota do Mundial de 2018 na Rússia.
Daronco a caminho da Rússia (2)
A partir do momento que Daronco corrigir pequenos
senões, sobretudo, no deslocamento nas jogadas de alta velocidade e
posicionamento, e for observado por Massimo Busacca, o diretor técnico dos
homens do apito da Fifa e Pierluigi Collina, o provável presidente do Comitê de
Arbitragem da entidade internacional, ele será candidatíssimo a uma vaga na
Copa do Mundo, que será realizada no território de Vladimir Putin.
Escalados de forma frequente?
Lendo uma nota da associação
dos árbitros do Paraná, postada no seu site, contemplo a afirmação: “Temos um
quadro de árbitros CBF que estão sendo escalados de forma frequente em todas as
rodadas das competições nacionais”. Frequente é assíduo, contínuo. Faltou
colocar na nota que encontrar um árbitro (apito) da (FPF) na Série (A) do
Brasileirão, é como encontrar uma agulha num palheiro. Basta acessar o site (http://www.cbf.com.br/arbitragem/escala-arbitragem/brasileiro-serie-a),
dos últimos três anos.
Por que não são escalados?
As razões pelas quais os membros da arbitragem da
(FPF) que compõe o quadro nacional, não são escalados no principal campeonato
da CBF tem três motivos: falta de representatividade política do Paraná na CBF,
acoplado ao continuísmo anacrônico das mesmas pessoas no comando da arbitragem
e na ausência explícita de um projeto de excelência de formação e
requalificação dos homens de preto.
Exploração sistêmica
A respeito da exploração vergonhosa da CBF, que estampa três
logomarcas de multinacionais no vestuário dos árbitros que atuam nas suas
competições há mais de uma década, sem repassar um único centavo aos homens do
apito, se os dirigentes dos sindicatos de árbitros do futebol brasileiro
tiverem um mínimo de independência e comprometimento com a categoria, procuram
a CBF e tentam uma conciliação amigável. Caso contrário, de acordo com a legislação
vigente no País, o fato deve ser denunciado ao ministério do Trabalho e Emprego
em Brasília. O nome à este tipo de comportamento é exploração. Destaco que a omissão e a cumplicidade dos denominados "líderes" sindicais, é talvez, o principal fator que tem contribuído para a exploração do fato em tela.
Cadê a independência?
Mas para isto acontecer, os dirigentes sindicais
devem se despojar de todos os cargos que possuem nas federações estaduais e na
CBF. Até porque, dirigente de sindicato ocupar cargo nas federações, na CBF ou
ser árbitro da ativa gera conflito de interesses, ou melhor, é incompatível.
Fora disso, é puro peleguismo.
Com a presença de instrutores da Fifa, a CA/CBF iniciou nesta tarde o seminário internacional para árbitros/assistentes da entidade que compõe a Renaf.
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