sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Abertura dos contratos fará bem aos árbitros


A CBF entrou com um processo no STF (Supremo Tribunal Federal) – com o objetivo de impedir o envio à CPI do Futebol do Senado, presidida pelo senador Romário do (PSB/RJ) - as movimentações financeiras feitas pela entidade no período de janeiro de 2005 a janeiro de 2015, envolvendo os contratos celebrados pela instituição que comanda o futebol brasileiro.  
A Comissão Parlamentar de Inquérito solicitou também a demonstração de todos os repasses feitos para as federações estaduais e os dirigentes esportivos de cada uma das filiadas. O pedido foi distribuído para o ministro Marco Aurélio Mello, que deve tomar uma decisão nos próximos dias.

A CBF quer impedir que os contratos com parceiros comerciais, para direitos de transmissão e acordos com empresas que cuidam ou cuidaram dos jogos da seleção, também sejam revelados para a CPI, como pediu a comissão em requerimento aprovado. 

No que concerne a arbitragem, é de suma importância a divulgação do tempo de duração do contrato e os valores financeiros que a CBF arrecada com a exibição de duas logomarcas de multinacionais, na vestimenta dos homens do apito que laboram nas suas competições.

Logomarcas que estão alocadas nas mangas das camisas e nas costas de juízes e bandeiras, que deveriam ter participação nos lucros, sobretudo, na publicidade veiculada na manga das camisas. Já a propaganda nas costas do uniforme dos árbitros, carece de um parecer da Fifa, porque de acordo com informações obtidas por este colunista, a publicidade naquele local não tem a chancela da entidade que controla o futebol no planeta.

Na nossa opinião, é clarividente a “exploração” comercial da CBF em cima dos árbitros - já que a exposição itinerante dos apitos, bandeiras e quarto árbitros, durante uma partida em diferentes partes do campo de jogo e nos diversificados ângulos colhidos TV num confronto de futebol, expõe inúmeras vezes as duas marcas que constam nos seus uniformes. Detalhe: A CBF não repassa um único centavo à arbitragem.

PS: Para quem está pleiteando o direito de ganhar o percentual 0,5% como direito de arena, o que é perfeitamente justo, não é de bom alvitre omitir-se em relação a participação nos lucros das duas propagandas.

PS (2): O ministro Edson Fachin do (STF), negou nesta sexta (28), o pedido do presidente da CBF Marco Polo Del Nero, que solicitava o impedimento da CPI do Senado Federal de quebrar seus sigilos fiscal e bancário. Diante do exposto, a CPI está livre para oficiar e solicitar aos bancos e a Receita Federal as informações de seu interesse. 

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