Na Copa América da Argentina em 2011, a publicidade
nos uniformes dos árbitros foi exibida e logo a seguir, em outros torneios da Conmebol
como a Libertadores e a Copa Sul-Americana. No entanto, este fato não cumpriu
os requisitos definidos pela Fifa.
Em ambos os torneios os árbitros estamparam e continuam
exibindo na parte de trás de sua camisa o logotipo de várias marcas. Em 2008,
os árbitros da Espanha foram pioneiros em exibir publicidade pagas nas suas
vestimentas. Hoje esse fato se repete em muitos países e é comum vermos os
árbitros, da Alemanha, Brasil, Bulgária, França, Holanda, Inglaterra, Itália,
Japão, México, Portugal, Suíça, Venezuela entre outros, estampando a logomarca
de diferentes multinacionais como patrocinadores. Em todos os países aqui
nominados, a arbitragem tem participação nos lucros, menos na América do Sul.
O regulamento definido pela Fifa sobre publicidade
diz que: "poderá ser utilizada inicialmente nas competições internas de
associações -membro e, em seguida, nos campeonatos interclubes patrocinado pelas
associações, confederações e federações, desde que o organizador o autorize. Em
nenhum caso poderá ser levada por árbitros que participam de competições
organizadas pela Federação Internacional de Futebol Associado - FIFA ",
isto inclui jogos amistosos. Na Argentina foi usada em um torneio de seleções
"absoluto", a regra diz "interclubes", como a Copa
Sul-Americana.
Foto: Geraldo Bubniak/AGB/Folha press
As disposições da Fifa preconizam que os anúncios
só serão permitidos nas mangas das camisas dos árbitros, mas não no pescoço e
nas costas. Na América do Sul, não está sendo cumprido o regulamento da Fifa. A área total da publicidade
não poderá exceder os 20 centímetros quadrados, distribuída numa área
exclusiva, evitando assim a proliferação delas. Além disso, o regulamento
esclarece que a parte frontal da camisa será reservada exclusivamente para os
emblemas que identificam os árbitros, como o distintivo e a marca do fabricante
da indumentária dos apitos.
Para realizar este tipo de publicidade é necessário
que os anúncios, devam em alguns casos, ir na direção oposta à essência do
futebol - por esta razão não é permitido fazer publicidade de cigarros, tabaco,
álcool, casinos ou de qualquer material com slogans políticos, racistas,
religioso ou imoral que violá-la.
A publicidade nas mangas das camisas dos árbitros é
permitida, desde que não haja conflito de interesses com as equipes
participantes. Se existir esse tipo de problema não devem estampá-la.
A publicidade paga no futebol era uma questão
apenas dos atletas, no entanto, os árbitros do futebol moderno podem usar a sua
imagem e tornar-se outdoors móveis que promovem diversos produtos, as receitas
arrecadadas nas mangas das camisas em todos os casos devem ser utilizadas para
o desenvolvimento e rateio dos homens de preto.
Se a Fifa regulamentou a publicidade por que
qualquer um pode mudar as regras? No Campeonato Brasileiro que é patrocinado
pela CBF, há mais de uma década a entidade explora diferentes tipos de
propaganda na indumentária da categoria do apito - desrespeitando as decisões
da instituição internacional. É visível as publicidades na meia, bermuda, na
parte frontal, nas costas e nas mangas das camisas. Desde então, nunca um
árbitro que atua nos torneios da CBF recebeu um único centavo.
Com a recente negativa do percentual de 0,5% à
arbitragem conforme estabelecido na Medida Provisória 671/2015, o governo
federal acena com a possibilidade de alterar a lei Pelé que propicie a
confraria do apito, utilizar mais um espaço no concorrido uniforme dos árbitros
visando proporcionar lucro aos juízes e bandeiras.
A solução para acalmar os homens de preto seria
alterar a referida lei, e, propiciar que a Associação Nacional de Árbitros de
Futebol (Anaf), passasse a celebrar contratos com empresas interessadas em
associar suas imagens aos apitos.
No que tange ao futebol brasileiro não precisa de
uma nova lei - basta a CBF cumprir a
determinação da Fifa e deixar de explorar “vergonhosamente” a arbitragem que
labuta nas suas competições.
PS: O que não pode acontecer de agora em diante é criar falsas expectativas a categoria dos homens de preto. Todos os passos devem ser planejados, com assessoramento jurídico por pessoas que conhecem sobre o assunto a ser reivindicado. BASTA DE AMADORISMO!
PS: O que não pode acontecer de agora em diante é criar falsas expectativas a categoria dos homens de preto. Todos os passos devem ser planejados, com assessoramento jurídico por pessoas que conhecem sobre o assunto a ser reivindicado. BASTA DE AMADORISMO!
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