A Fifa permite este tipo de camisa, sendo que a verba da logomarca na manga da camisa é exclusividade dos árbitros
No
que concerne a publicidade no uniforme da equipe de arbitragem, a Fifa
determina que ela deve ser veiculada exclusivamente nas mangas das camisas. E
os valores financeiros arrecadados dessa propaganda, devem ser revertidos na
sua totalidade em benefício dos árbitros. Sobre o local da logomarca, tamanho,
quantia financeira obtida com o patrocínio e a destinação do dinheiro, já
escrevi reiteradas vezes aqui neste espaço.
O
que me despertou a curiosidade no diálogo que travei com um ex-dirigente do
futebol Sul-americano, foi o fato de que a Fifa proíbe qualquer veiculação de
propaganda nas costas da indumentária dos homens de preto - tal qual está
ocorrendo no Campeonato Brasileiro deste ano. Na frente da camisa, é permitido a
utilização do escudo que identifica a origem da instituição do árbitro e da
fabricante fornecedora do uniforme.
A
proibição segundo a pessoa com quem falei, até prova em contrário não foi
extinta - o que significa que está em pleno vigor e tem amplitude universal. A mesma
personagem me sugeriu que se existir alguma dúvida em relação a esta notícia
aqui mencionada, a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), deve
consultar a Fifa em inglês (idioma oficial da entidade) e a resposta sobre o
questionamento virá em 24h.
Diante
do exposto, sugiro à Anaf que está reivindicando legitimamente o percentual de
0,5% como direito de arena aos apitos e bandeiras, via Medida Provisória
671/2015 - que antes da consulta a Fifa, formalize através de ofício dois
questionamentos perante a direção da CBF. 1) Por que o dinheiro obtido com a
logomarca que está estampada nas mangas das camisas da arbitragem, que labora
em todos os torneios da CBF não é revertido à categoria. 2) Se procede a
informação de que a Fifa proíbe a exibição de propaganda nas costas da vestimenta
dos homens de preto.
Clubes não aceitam dividir receitas
Consultei
quatro clubes que disputam as competições da CBF e todos foram unânimes em
afirmar que não irão dividir o bolo financeiro com os homens do apito. Como não
há solução imediata para o problema deixo aqui quatro opções aos dirigentes da
Anaf.
A
primeira, buscar através do diálogo com a CBF um valor substancioso da verba
que a entidade obtém com a divulgação da publicidade nas mangas das camisas dos
juízes e bandeirinhas.
A
segunda, trabalhar politicamente o Congresso Nacional em Brasília, objetivando
alterar a Lei Pelé, no sentido de que a Anaf obtenha autonomia para celebrar
contrato e estampar nos uniformes da
arbitragem, propaganda sem “dividir” com terceiros.
A
terceira, se a publicação da logomarca estampada nas costas das camisas dos apitos, bandeiras, quarto e
quinto árbitros for legal, reivindicar um valor que corresponda a importância
do árbitro dentro do contexto de uma jogo de futebol.
O quinteto de arbitragem de Atlético/MG 2 x 1 Palmeiras/SP, exibe o modelo de publicidade em consonância com a Fifa - foto: Bruno Cantini/Atlético/MG
E
quarta, se houver negativa da CBF em atender a solicitação dos árbitros,
procurar a Justiça do Trabalho e solicitar o cumprimento da norma da Fifa, que
manda reverter o lucro da publicidade nas mangas das camisas aos árbitros.
PS: A Anaf está com dois problemas que precisam ser sanados nas próximas horas: precisa de um interlocutor político com conhecimento de como funciona os meandros da política em Brasília - tem que contratar um assessor jurídico com notório conhecimento sobre a Constituição do Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Lei Pelé e demais legislações que podem proporcionar benefícios aos árbitros. Do contrário, vai dar "chabu" novamente.
PS: A Anaf está com dois problemas que precisam ser sanados nas próximas horas: precisa de um interlocutor político com conhecimento de como funciona os meandros da política em Brasília - tem que contratar um assessor jurídico com notório conhecimento sobre a Constituição do Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Lei Pelé e demais legislações que podem proporcionar benefícios aos árbitros. Do contrário, vai dar "chabu" novamente.
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