terça-feira, 25 de agosto de 2015

Notícias do apito



Omissão inominável (1)
Ao não formalizar junto a direção da CBF um pedido de participação nos lucros estratosféricos do montante que a entidade obtém com as logomarcas estampadas nas mangas das camisas e nas costas da arbitragem, a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) - em conjunto com os membros da Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf), cometeram na nossa opinião um equívoco inominável. Equívoco que atrapalhou e continuará a impedir avanços nas futuras reivindicações à confraria do apito brasileiro.

Omissão inominável (2)
O patrocínio nas mangas das camisas independe de lei - bastava a Anaf ter exigido formalmente o cumprimento da decisão da Fifa, que manda reverter os valores em benefício da arbitragem. Idem a publicidade nas costas, que tem sua exploração questionada desde o início deste ano, porque o estatuto da Fifa não permite nenhum tipo de propaganda nas costas da camisa dos homens de preto. No questionamento que fiz à Fifa sobre o tema, a resposta foi: “As decisões, normas, circulares e publicidades utilizadas pela arbitragem são universais”. 

Em Brasília, “Os Fracos Não Têm Vez”
Diante do motivado fica a pergunta: se a Anaf e os árbitros optaram pela omissão em relação as duas situações acima mencionadas junto a CBF que independem de lei, com que argumentos e dimensão irá reivindicar a derrubada do veto do direito de arena que exige negociação complexa na Câmara dos Deputados?

Se der Platini muda tudo
Se o francês Michel Platini for eleito em fevereiro de 2016 presidente da Fifa, as conjecturas que correm no Velho Continente apontam que, Pierluigi Collina (foto), será o presidente do Comitê de Arbitragem da Fifa. Já o escocês Hugh Dallas, membro do Comitê de Árbitros da Uefa, iria para o setor hoje ocupado pelo suíço Massimo Busacca, que é o chefe do departamento dos homens de preto da instituição internacional. Já a presidência do International Football Board (IFAB), deverá ser presida por David Elleray (Inglaterra), ex-árbitro e atual diretor do Centro de Excelência de Arbitragem da Uefa. Aliás, em recente entrevista ao diário inglês The Telegraph, Elleray, perguntado sobre a utilização da tecnologia no auxílio à arbitragem, respondeu: “concordo com a sua implementação e continuidade, mas apenas para atestar se a bola cruzou ou não a linha do gol”.

Determinação do (IFAB) terá que ser cumprida
Outra mudança significativa que deverá ocorrer no futebol em âmbito planetário, se o francês for eleito o mandachuva da Fifa, diz respeito ao cumprimento da implantação dos árbitros assistentes adicionais (AAA), decisão do International Board,  único organismo no futebol mundial com poderes para autorizar experimentos ou alterações nas Regras de Futebol. Um contingente expressivo de associações, confederações e federações, incluso a CBF, não estão cumprindo a decisão do (IFAB).

(AAA) eram caros e não tinham funções
No que concerne a América do Sul e o futebol brasileiro, a alegação para a não designação dos (AAA) é o alto custo financeiro às equipes. Além do exposto, segundo os “inteligentes” que comandam o futebol pentacampeão, a escalação desse tipo de árbitro não tinha sentido. É mentira! O (IFAB) e a Fifa definem com precisão nas Regras de Futebol, as atribuições específicas que devem ser desenvolvidas pelos (AAA) numa partida de futebol.

Custo da manutenção inviabilizou a tecnologia   
A CBF que afirma fazer “investimentos” maciços na requalificação do seu quadro de arbitragem, além de abolir os (AAA) das suas competições, recusou o legado da tecnologia da GoalControl nas doze arenas onde foram efetivadas os confrontos da última Copa do Mundo. Segundo a CBF os altos custos financeiros para manter a tecnologia nas doze sede, inviabilizavam a continuidade nos estádios onde foram realizados o Mundial/14.

Vade Mecum aos árbitros   
Há dois livros disponíveis aos árbitros de futebol de todo o Brasil, associações e sindicatos dos homens de preto, que orientam, comentam e narram diferentes decisões da Justiça trabalhista brasileira e de alguns países da América do Sul,   sobre a profissionalização e o direito de arena. Quem se ater a ler com desvelo, Arbitragem de Futebol, Questões Atuais e Polêmicas e Árbitros de Futebol e Aspectos Jurídicos, terá conteúdo para formatar e peticionar benefícios à arbitragem.

PS: Para um futebol de alto nível é indispensável a presença do árbitro e dos seus assistentes que devem ser profissionais. E a concessão do direito de arena vai proporcionar o incremento da  dedicação e preparação da arbitragem, o que elevará a qualidade das tomadas de decisões do trio de árbitros no campo de jogo.

PS(2): Na partida São Paulo/SP 0 x 3 Goiás, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série (A), o árbitro Marielson Alves da Silva (CBF/1/BA), após o terceiro gol da esquadra goiânia, deixou de assinalar um penal indiscutível contra a equipe do Morumbi. Pênalti não marcado e exibido exaustivamente em todos os programas esportivos da televisão brasileira. 

PS (3):"Estranhamente", Marielson da Silva, que desrespeitou as REGRAS DE FUTEBOL neste jogo e transformou num "CHORUME" a [CIRCULAR Nº 26/2015] - confeccionada pela  CA/CBF presidida por Sérgio Corrêa da Silva - reaparece designado para comandar Fluminense/RJ X Atlético/MG, na rodada do próximo final de semana. Além de desrespeitar as normas da comissão, sua escalação é um desprestígio aos árbitros que estão cumprindo as leis e diretrizes da CA/CBF.       

Nenhum comentário:

Postar um comentário