Estabelecida como MP do Futebol, a medida recebeu
36 vetos da presidente, entre parágrafos, incisos e artigos completos, como o
que previa o repasse de 0,5% da receita proveniente do “direito de arena” aos
árbitros de futebol. Quantia discutida pelos parlamentares das duas casas de
leis em Brasília e pelas instituições que representaram a arbitragem. A
justificativa para o veto, foi de que no texto da aludida medida não foi
especificado as formas para a utilização e controle dos valores que seriam
repassados à confraria do apito.
O argumento para o veto presidencial é pueril. Na
verdade o que faltou foi representatividade política da categoria dos homens de
preto junto ao Congresso Nacional. Bem como, um belíssimo “lobby”, feito por
gente qualificada que conhece o caminho das pedras em Brasília junto a Casa
Civil, que situa-se na antessala da presidência da República - última estada da
MP 671/15, antes de ser assinada pela presidente.
Querem saber por quê? Enquanto os lideres de classe
da arbitragem percorriam os gabinetes da Câmara Federal e do Senado em busca do
apoio da MP em tela, com o “marinheiro” de primeira viagem, o ex-árbitro e hoje
deputado federal Evandro Rogério Romam, a bancada da bola com mais de (100) deputados
e (23) senadores, era visitada nos escaninhos e labirintos do Congresso
Nacional, pelos cartolas do futebol brasileiro, contrários peremptoriamente a
aprovação dos 0,5% à arbitragem.
O veto da presidente além de ser um duro golpe
contra os apitos e bandeiras do futebol brasileiro, expõe de forma cristalina
aos dirigentes da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) e aos
sindicatos do Ceará, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul e São Paulo (possuidores da Certidão de Registro Sindical do Ministério
do Trabalho e Emprego) – que se há interesse em buscar novas conquistas
relevantes à categoria daqui para a frente, é imperativo que se produza um
projeto de alto nível antes de ser reivindicado e apresentado a quem de
direito.
PS: Antes de pleitear novas conquistas aos árbitros
da Renaf, as entidades de classe da confraria do apito deveriam equacionar a
exploração “vergonhosa” de três logomarcas de multinacionais imposta pela CBF
no vestuário dos apitos, dos bandeiras e quarto árbitro, que laboram nas
competições da CBF. Enquanto os árbitros, assistentes e o quarto árbitro fazem
propaganda gratuita, a CBF fatura milhões de reais com estas publicidades.
PS: A epígrafe desta matéria e uma expressão
nordestina que significa que algo deu errado.
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