terça-feira, 1 de setembro de 2015

Direito de arena a caminho do "beleléu"

    Patrocínio nas mangas das camisas dos árbitros deverá ser objeto de análise da CPI

  • O sonhado percentual de 0,5% que consta na Medida Provisória 671/2015, como direito de arena pela confraria do apito brasileiro, sofreu mais um duro revés nesta semana. A primeira derrota aconteceu quando a presidência da República vetou o referido percentual, após parecer da Advogacia-Geral da União (AGU), contrário a concessão porque o pedido do nominado valor e sua aplicação apresentaram inconsistência jurídica.
  • Posteriormente ao veto, a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), mudou de estratégia e realizou um trabalho intensivo junto aos deputados federais, no sentido de mostrar a importância e convencê-los da concessão do 0,5% aos apitos e bandeiras.
  • Ato contínuo a classe dos homens de preto foi convocada pela Anaf, para a Marcha à Brasília na terça (2/9). Deu “chabu”! A Medida Provisória ou como queiram o artigo que versa sobre o 0,5%, não foi incluído na pauta da sessão da Câmara dos Deputados da próxima terça. Além de não ser incluso na pauta, não há previsão de quando o fato irá acontecer.
  • Diante do acontecido, restou a Anaf emitir um vídeo no seu site com a fala do presidente Marco Antonio Martins - explicando mais um revés aos homens do apito. Vídeo que retrata com precisão na expressão facial e na hesitação das palavras de Martins, o seu abatimento e a incerteza quanto a obtenção de sucesso do 0,5%.
  • Na nossa opinião, a Anaf diante dos acontecimentos negativos que já aconteceram e o caso aqui em tela, deveria contratar um jurista renomado na Constituição Federal, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e demais leis que propiciam direitos à arbitragem.
  • Além disso, escolher minuciosamente dois interlocutores políticos de primeira linha nas duas casas para representar os interesses da arbitragem em Brasília. Porque quem recebe, atesta a legalidade e, sobretudo, vota as leis de amplitude nacional é a Câmara Federal e o Senado Federal.
  • Pois do contrário, as petições da arbitragem em Brasília irão continuar dando “chabu” e as reivindicações dos árbitros do futebol brasileiro terão como destino o “beleléu”.
  • PS (1): A CPI do Senado Federal, deverá convocar os dirigentes da Anaf e perguntar se alguma vez a entidade formalizou via ofício junto a CBF, pedido no sentido de que os valores financeiros da logomarca estampada nas mangas das camisas da arbitragem que labora nos torneios da CBF, fossem direcionado aos árbitros. Quanto ao patrocínio nas costas da arbitragem, o que é vedado pela Fifa, as informações devem chegar as mãos da CPI nos próximos dias.
  • PS (2): Ao não se posicionar abertamente em relação a publicidade exposta nas mangas das camisas dos juízes e bandeirinhas, a Anaf perde força sobre qualquer reivindicação futura perante a Câmara dos Deputados e do Senado Federal, me afirmaram dois próceres da política em Brasília. 
  • PS (3): O ex-árbitro e hoje deputado Federal Evandro Rogério Romam, guindado a "representante" da categoria da arbitragem em Brasília pela Anaf, deveria solicitar uma audiência com o presidente da CBF Marco Polo Del Nero, e procurar saber o porquê de os membros da Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf/CBF) - não teem participação nos lucros que a entidade obtém com os patrocínios que a entidade explora na indumentária dos homens de preto que laboram nas suas competições. A reivindicação em tela independe de lei, basta independência e boa vontade do nobre parlamentar. 
  • PS (4): A CA/CBF afastou dos sorteios temporariamente, o árbitro Marielson da Silva (CBF-1/BA), por deficiência técnica reiterada, cometida no confronto Fluminense/RJ x Atlético/MG, no último domingo no Maracanã. O árbitro em tela deveria punir com cartão amarelo, o avante Wellington Paulista do Tricolor das Laranjeiras, porque o atleta após marcar um gol, foi em direção ao dirigente do seu clube Mario Bittencourt, que estava nas cadeiras do Maracanã, portanto, fora dos limites permitidos pelas Regras de Futebol. Vai ficar em casa e aprender pela TV.

    PS (5): A medida da CA/CBF é acertadíssima e acende a luz amarela a um segmento de apitadores que têm “conspirado” contra as regras e, por consequência, contra a Circular Nº 26/2015. O argumento utilizado por alguns árbitros para o não cumprimento das regras e da circular, é de que eles preferem “controlar” o jogo ao invés de aplicar a lei - pois “controlando” a partida, evitam tumultos.
     

 

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