Na terça-feira que passou (29),
a CA/CBF reuniu seus membros na sede da entidade no Rio de Janeiro e apresentou
um relatório resumido sobre as atividades da arbitragem na atual temporada até
o presente momento.
O primeiro tópico abordado foi
a Regra 11 – Impedimento. Acredito ser o “Off side” o ‘tendão de aquiles”
do árbitro assistente em qualquer
partida de futebol, seja ela disputada em caráter amador, amistoso,
profissional ou até mesmo em jogos beneficentes nos mais recônditos lugares do
planeta.
Dada a precariedade da formação
e a ausência da requalificação dos bandeiras a partir das federações, da CBF e
a complexidade das inúmeras variantes que acontecem num confronto de futebol em
relação ao impedimento, os resultados apresentados pelo vice-presidente da comissão,
Nilson Monção, são excelentes.
Já em relação as tomadas de
decisões do árbitro (central) a explicação deixou a desejar. A partir do
momento que as equipes da Série (A) do Brasileirão, conseguiram um ajuste
técnico e as partidas ganharam corpo, a escalada de erros vem se acentuando
rodada após rodada. Além do exposto, ao invés de submeter os apitos que cometem
equívocos “crassos” a requalificação - a CA/CBF numa atitude inusitada, vem
“laureando” aqueles que deixam de cumprir as REGRAS DE FUTEBOL e o OFÍCIO/CIRCULAR DE 22/05/2015, com escalas senão na rodada subsequente, algumas
rodadas depois.
Aliás, a CIRCULAR nominada, elaborada pela própria CA/CBF deveria ser extinta para preservar as pessoas que compõe a comissão. Faço esta afirmação porque, o desprezo paulatino que vem sendo dispendido pelos árbitros e bandeiras à indigitada circular é no mínimo humilhante. Há quem afirme que a dita "CIRCULAR" está sendo transformada num autêntico "chorume"
Aliás, a CIRCULAR nominada, elaborada pela própria CA/CBF deveria ser extinta para preservar as pessoas que compõe a comissão. Faço esta afirmação porque, o desprezo paulatino que vem sendo dispendido pelos árbitros e bandeiras à indigitada circular é no mínimo humilhante. Há quem afirme que a dita "CIRCULAR" está sendo transformada num autêntico "chorume"
O segundo tópico dissecado foi
o árbitro de vídeo (AV). Falou a
respeito do tema, Manoel Serapião, reconhecidamente uma das mais renomadas
personagens da arbitragem Sul-americana. Mas é bom lembrar que a Fifa e o
International Board (IFAB), quando recebem propostas ou sugestões de
experiências para provável modificação nas Regras de Futebol, exigem de quem
apresenta a proposição, um estudo teórico de alto nível, idem na prática e, por
conseguinte, eficácia de alta propulsão.
O que foi divulgado até o
momento sobre o assunto pela CBF é um estudo teórico. Diferentemente da
Federação Holandesa de Futebol (KNVB) – que está desenvolvendo prática similar
há mais tempo que contempla teoria, praticidade e eficácia. Resta aguardar a
decisão do (IFAB).
Foi designado para detalhar a
Estrutura da Arbitragem da CBF, Edson Resende, que elencou o arsenal disponível
que a instituição disponibiliza para incrementar as decisões da arbitragem nas diferentes
situações num prélio de futebol. Resende nominou a Escola Nacional de Arbitragem
de Futebol (Enaf) - que na nossa opinião, está demasiadamente circunscrita ao
eixo Rio/São Paulo. Se expandir o seu raio de ação, não tenho dúvidas que a
qualidade da arbitragem brasileira tende a sofrer um incremento.
Quanto aos assessores e
delegados de arbitragem há que se fazer uma reformulação total no quadro - pois
está clarividente a incompatibilidade, a falta de ética e a ausência total de
imparcialidade das avaliações dos homens de preto, quando a CBF designa para o
mister, dirigentes das associações e sindicatos de árbitros. Esta situação “vergonhosa”
só existe no futebol brasileiro.
Já em relação ao número de
pessoas envolvidas no trato com a arbitragem, Resende afirmou que são (14)
pessoas para gerir o setor. Penso que em função da quantidade de competições da
CBF e do contingente expressivo de árbitros, há necessidade de um reforço
humano para substanciar melhor a CA/CBF.
Alício Pena Júnior, discorreu sobre
os investimentos que a CBF vem realizando no sentido de propiciar à arbitragem
brasileira melhores condições no desempenho do seu labor. São quatro cursos
durante o ano para um grupo circunscrito de árbitros e dois seminários na
Conmebol.
Isto é filigrana diante do
desenvolvimento extraordinário que atingiu o futebol dentro das quatro linhas,
que é o que interessa à confraria do apito. A América do Sul vivencia uma decadência
em vários aspectos do futebol, principalmente na arbitragem.
Decadência que foi exposta
pelos árbitros Enrique Osses (Fifa/Chile) e Wagner Reway (Asp/Fifa/Brasil) - quando
da participação de ambos em recente Seminário de Arbitragem na Uefa.
Quem leu as entrevistas dos
apitos em tela aqui neste espaço, observou que a preparação que a Uefa realiza com
os juízes e bandeiras e tem sequência nas federações de onde os árbitros são
originários, e a interação que há entre todos os homens de preto durante toda a
temporada europeia, notou que é infinitamente diferente da praticada na América
do Sul.
A psicóloga Marta Magalhães
nominou o bem-estar dos homens do apito.
Entendo que a CBF pelo fato de ter uma profissional que me passou a impressão
de ser de excelência na área de psicologia, deve trabalhar árbitros e
assistentes useiros e vezeiros em erros neste Brasileirão. Um colóquio verbal
com a Drª Marta, poderia detectar junto ao intelecto dos árbitros, quais são
os motivos que estão propiciando tamanha escalada de erros crassos e causando
enormes prejuízos ao futebol.
Na preparação física, Dionisio
Domingos afirmou que a partir de 2010, os índices dos apitos e assistentes vem
melhorando gradativamente. Não é o que vem acontecendo – o pilar físico é um problema
crônico que afeta a arbitragem há muito tempo. Os árbitros e assistentes da CBF,
em todos os testes físicos realizados sob a supervisão dos instrutores
internacionais da Conmebol e da Fifa, têem reprovado sistematicamente nesta
modalidade.
Exemplo comprobatório foi o “fiasco”
protagonizado por Wilson Luiz Seneme, indicado para o processo seletivo da Copa
do Mundo de 2014 no Brasil. Reprovado duas vezes consecutivas no teste físico,
Seneme foi desligado. Foi substituído por Heber Roberto Lopes e Leandro Vuaden,
que também reprovaram no mesmo teste. No último mês de agosto, no Rio de
Janeiro, sob os olhares imutáveis dos instrutores da Conmebol, um árbitro e um
assistente da CBF do quadro da Fifa reprovaram novamente.
Há poucas rodadas do final dos
campeonatos da CBF, sobretudo o mais importante que é a Série (A), é impossível
mudar o quadro vigente. Portanto, se nada de anormal acontecer no comando do
futebol brasileiro nas próximas horas, é de suma importância a CA/CBF elaborar
um novo modelo de gestão à arbitragem brasileira a partir de 2016. Pois do
contrário, vai continuar dando “chabu”.
Clique no link e acompanhe o balanço da CA/CBF - http://www.cbf.com.br/cbf-tv/arbitragem/arbitragem-balanco-sobre-trabalho-do-setor?page=0#.Vg0p1-xViko
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