Tanto Marin que já se foi e Del Nero, no comando do futebol brasileiro há vários anos, "esqueceram" de montar um projeto de excelência à arbitragem brasileira
No
próximo domingo (11), a Lei Nº 12.867, de 11 de outubro de 2013, que regulou a
atividade do árbitro de futebol no Brasil como profissional irá completar dois
anos. Desde então, nenhum avanço significativo foi alcançado pela confraria do
apito que labuta no futebol brasileiro. Pelo contrário: houve uma estagnação em
todos os sentidos.
Nenhum
sindicato de árbitros foi criado desde a assinatura da nominada lei pela Presidência
da República, e a maioria dos oito sindicatos existentes está em situação
irregular perante o ministério do Trabalho e Emprego. Se regularizados, os sindicatos
em número de cinco, de acordo com a Constituição brasileira poderiam fundar a
Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol. Mas não houve e não há interesse.
Tanto
é verdade, que a maioria esmagadora dos “representantes” da classe dos
apitadores é composta de associações de árbitros. Associações que pela
legislação vigente no Brasil não têm a Certidão de Registro Sindical (Carta
Sindical) – e, por consequência, não têm direito a voto quando da eleição da
futura Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol. Atualmente, dada a
proliferação de sindicatos em todo o País, as exigências aumentaram e o
ministério do Trabalho estabeleceu uma ordem cronológica para a concessão da
carta.
As vésperas de completar dois anos da profissionalização, as entidades que “representam” os juízes e
bandeirinhas não buscaram a autonomia que a lei lhes confere para realizarem
cursos de formação e capacitação da arbitragem. Acrescente-se ao exposto, que um
contingente expressivo de dirigentes de associações e sindicatos em todo o
território nacional, foram cooptados e transformados em “pelegos” pelas
federações de futebol e a CBF. Cooptação que rende prebendas, sinecuras cargos
e o escambau à esses dirigentes.
Dois
anos depois de regulada a atividade do árbitro, a CBF numa demonstração
inequívoca de desrespeito aos homens do apito e com a anuência explicita dos “líderes”
sindicais, explora a logomarca de três multinacionais na indumentária dos juízes
e bandeiras que atuam em todas as suas competições.
Exploração
que tem analogia com a escravidão - já que a CBF fatura milhões de reais com as
propagandas expostas na vestimenta da arbitragem, enquanto a arbitragem que tem
a dificílima missão de decidir numa fração de segundos, inúmeras situações no
campo de jogo, com o apito ou a bandeira estão “chupando os dedos”.
Passados
dois anos da regulamentação da função do árbitro no País pentacampeão de
futebol, o “profissional” do apito assistiu “in loco” em 2015, o “fiasco” protagonizado
pelas entidades de classe quando do pedido de direito de arena à categoria no
Congresso Nacional - que deu “chabu”. A
Advogacia-Geral da União, recomendou o veto à presidente Dilma Rousseff, porque
considerou a petição inconsistente juridicamente e os congressistas mantiveram
o veto.
Em
relação ao direito de arena era sabido que daria “chabu”. A lei neste caso não
contempla o árbitro e o caminho seria um estudo jurídico de excelência, para
posteriormente politicamente inserir nela os homens do apito.
Após
dois anos de “vacas magras”, surge nova “cartada” das entidades de classe.
Colheu-se a assinatura de duzentos e cinquenta membros da arbitragem, objetivando
o direito de imagem ao árbitro de futebol. De acordo com especialistas ouvidos
por este colunista sobre o tema, a forma como foi formatada a petição junto ao
Poder Judiciário em Pernambuco, tem tudo para dar “chabu” novamente. Caso seja
concedida a liminar, os especialistas afirmaram que ela não se sustenta em
esferas superiores do Judiciário. O caminho correto para se conseguir o direito
de imagem segundo os especialistas, é o mesmo do direito de arena.
E,
por derradeiro, dois anos depois da profissionalização da arbitragem, nem as
entidades de classe e muito menos a CBF, elaboraram um projeto com arcabouço
que propicie àqueles que manejam o apito e a bandeira, personagens fundamentais
para o desenvolvimento de um prélio de futebol, mecanismos de ponta para melhorar as
tomadas de decisões no campo de jogo.
Pergunto: Quando é que os sindicatos que foram derrotados vertiginosamente em Brasília, no pleito do direito de arena e tem se mostrado omissos e coniventes na exploração das publicidades no uniforme dos árbitros, irão apresentar um projeto para alavancar a arbitragem brasileira?
PS: A Circular elaborada pela CA/CBF que vem sendo desrespeitada pela arbitragem rodada após rodada nas Séries (A e B) do Campeonato Brasileiro, e que deveria ser extinta para preservação das pessoas que compõe a comissão de Árbitros da CBF está neste link: http://www.cbf.com.br/arbitragem/comissao-oficios-circulares/orientacoes-para-temporada-2015-e-oficio-circular-026#.VhFs4exViko
Pergunto: Quando é que os sindicatos que foram derrotados vertiginosamente em Brasília, no pleito do direito de arena e tem se mostrado omissos e coniventes na exploração das publicidades no uniforme dos árbitros, irão apresentar um projeto para alavancar a arbitragem brasileira?
PS: A Circular elaborada pela CA/CBF que vem sendo desrespeitada pela arbitragem rodada após rodada nas Séries (A e B) do Campeonato Brasileiro, e que deveria ser extinta para preservação das pessoas que compõe a comissão de Árbitros da CBF está neste link: http://www.cbf.com.br/arbitragem/comissao-oficios-circulares/orientacoes-para-temporada-2015-e-oficio-circular-026#.VhFs4exViko
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