A
temporada de 2015 do futebol brasileiro trouxe a público gravíssimas denúncias
contra a cartolagem que comanda o futebol pentacampeão. Denúncias que se comprovadas
irão exterminar os últimos resquícios de ingenuidade que ainda vicejam no futebol
do Brasil. Denúncias que na sua maioria eram desconhecidas, sobretudo do
torcedor, que deverão provocar um terremoto com novos desdobramentos nos
próximos meses em diferentes segmentos, principalmente no comando da CBF.
Nesse
tsunami de denúncias envolvendo a direção da CBF, um setor passou incólume pela
podridão que assola o comando do futebol pentacampeão - a arbitragem. Arbitragem
que é composta por homens e mulheres que na sua maioria é gente de origem humilde.
Árbitros
e árbitras que apesar da precária formação que recebem das federações de
futebol e do “acanhado” apoio que lhes disponibiliza a própria CBF, da ausência
de cursos de capacitação continuada e da anacrônica pré-temporada a que são submetidos,
não se deixaram contaminar pelos laivos de corrupção que denigrem a imagem do
outrora respeitado futebol brasileiro.
Arbitragem
que é sistematicamente utilizada como mercadoria de troca entre dirigentes da CBF,
das federações e dos clubes. Arbitragem que é explorada “vergonhosamente” pela
CBF, tendo como litisconsorte nessa exploração a omissão dos sindicatos da
categoria.
Exploração
que vem acontecendo há mais de uma década, com a alocação de patrocínios de
logomarcas de multinacionais nas mangas das camisas dos homens de preto e neste
ano, nas costas das camisas sem nunca terem recebido um único centavo de
contrapartida.
Dinheiro
que deveria ser reivindicado pela Associação Nacional de Árbitros de Futebol
(Anaf) e sindicatos há muito tempo - já que há uma decisão da Fifa normatizando
que as verbas obtidas com o patrocínio nas mangas das camisas devem ser
revertidas em benefício exclusivo dos homens do apito e das bandeiras.
Verbas
que deveriam ser utilizadas na requalificação da arbitragem que atua no
Campeonato Brasileiro nos quesitos técnico, tático, físico, psicológico, na
contratação de nutricionistas, fisiologistas e na preparação física dos apitos
e assistentes da Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf).
Arbitragem
que é profissional de acordo com a Lei Nº 12.867/2013, mas teve negado o
direito de arena por equívoco na redação a respeito do tema. Arbitragem que viu
seus representantes sem a devida representatividade política na derrubada do
veto do direito de arena perante o Congresso Nacional.
Arbitragem
que recentemente por inoperância ou desconhecimento do jurídico da Associação
Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), após a colheita de (duzentas e cinquenta)
procurações peticionando junto a Justiça de Recife (PE), o direito de imagem ao
árbitro de futebol, foi informada há poucos dias que a Juíza que apreciou a
ação remeteu os autos para o Rio de Janeiro, porque é lá que está localizada a
sede da Tv que transmite os jogos do Brasileirão.
Arbitragem
que anseia há muitos anos por um projeto de relevância da CBF, que contemple à
categoria na sua plenitude, com o fim precípuo de que as tomadas de decisões no
campo de jogo, sejam o mais próximo da uniformidade das Regras de Futebol, mas
fecha mais um ano sem nenhuma perspectiva de futuro.
Arbitragem
que apesar das mazelas acima nominadas cometeu pequenos equívocos, que não
tiveram maiores influências nos resultados das 380 partidas da Série (A),
considerada a maior e mais equilibrada competição de futebol do planeta. Além
disso, essa mesma arbitragem, dirigiu 380 jogos da Série (B), diversos
confrontos das Séries (C e D), Copa do Brasil, Copa do Nordeste, Sub-17 e
Sub-20.
Arbitragem
que por mudança de arquétipo na condução dos prélios na Série (A), reduziu o número
de faltas, aumentou o tempo de bola em jogo e erradicou a indisciplina
durante e após os jogos. De todas as
grandes ligas europeias, somente a Premier League (Inglaterra), supera o
futebol brasileiro nos itens de infração e tempo de bola rolando.
Arbitragem
que teve na honestidade e no equilíbrio de Sérgio Corrêa da Silva, Nilson Monção,
Alicio Pena Júnior à frente da Comissão de Árbitros da CBF, e dos colaboradores
Ana Paula Oliveira, Dionisio Roberto Domingos, Edson Rezende de Oliveira,
Manoel Serapião Filho (CBF/CONMEBOL/FIFA), Wilson Luiz Seneme, o principal
diferencial de todas as competições da Confederação Brasileira de Futebol. As
personagens aqui mencionadas, são dignas na nossa opinião, de reconhecimento dos
torcedores, dos atletas, dos dirigentes e da mass media esportiva.
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