sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Uma década

    O conjunto formado pela família, esforço pessoal, Sérgio Corrêa, CA/CBF e Enaf são os responsáveis pela extraordinária ascensão de Rodolpho Marques
Neste 2016, Afonso Vitor de Oliveira está completando dez anos a frente do comando do quadro de arbitragem da (FPF) Federação Paranaense de Futebol. Durante o período nominado Afonso e aqueles que estiveram ao seu lado no setor, não conseguiram formar e indicar à CA/CBF nenhum árbitro (apito) que preenchesse os requisitos da CA/CBF para o quadro de Asp/Fifa.

Lembro ainda que quando o Paraná perdeu as duas vagas no quadro da Fifa, a de Evandro Rogério Romam e de Heber Roberto Lopes,  Afonso Vitor de Oliveira já ocupava a chefia da arbitragem da casa Gêneris Calvo.

Neste episódio faltou visão à comissão de árbitros da (FPF) – Romam vinha de um processo repetitivo de reprovações nos testes físicos - Roberto Lopes alvejado por segmentos atrasados do nosso futebol vinha buscando espaço em outras plagas. Como não existia à época um projeto de preparação de árbitros promissores, o futebol da terra das araucárias ficou de fora da elite da arbitragem brasileira e, por conseguinte, mundial no que tange o apito.

Falei em formação porque, o último árbitro formado pela Escola de Árbitros da Federação Paranaense de Futebol que conseguiu se projetar nestes dez anos, foi Rodolpho Toski Marques que formou-se em fevereiro de 2006. Marques teve como professor/formador Nelson Orlando Lehmkul. Após Toski Marques, nenhum (apito), repito nenhum, formado pela Escola de Arbitragem da (FPF) conseguiu preencher os requisitos para o teste pré-seletivo do quadro de Asp/Fifa.

Ressalte-se também que os apitos do Paraná que compõe a (Renaf) Relação Nacional de Árbitros de Futebol, dada a falta de investimentos na arbitragem da (FPF) e alguns equívocos políticos da entidade, foram alijados dos grandes jogos do Campeonato Brasileiro, sobretudo, na Série (A). Basta checar o link de arbitragem da CBF e verificar as estatísticas e comprovar-se a nossa afirmação.

Faço o registro em função de que a CA/CBF está observando desde o ano passado um grupo de árbitros considerados promissores, objetivando preencher o quadro de Asp/Fifa da instituição que está incompleto porque há escassez de novos árbitros em todo o País. Preenchimento que irá acontecer no final de abril próximo.

E Rodolpho Toski Marques (CBF/1/PR), é o primeiro na pontuação e segundo fui informado, reúne os requisitos necessários após uma década perdida de ser o primeiro apito Asp/Fifa do futebol paranaense.

Destaco que a belíssima ascensão de Marques teve os seguintes componentes: Os olhos de lince, a determinação, o cuidado nas escalas, o acompanhamento e aconselhamento contínuo do instrutor e PhD em arbitragem da América do Sul, professor Sérgio Corrêa da Silva. O trabalho reiterado de observação e orientação que lhe foi passado pelo delegado especial da CBF/RS, o professor Jose Mocelin. Os cursos de capacitação ministrados pela (ENAF) Escola Nacional de Arbitragem de Futebol. E, por derradeiro, o investimento financeiro e esforço pessoal da família do indigitado árbitro, bem como o do próprio apitador.

PS: Resta torcer para abril chegar o mais rápido possível.    

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