Nilo Neves com a bola, teve ótima performance no Coritiba x Cascavel
No
Couto Pereira
Pela
primeira vez nos últimos anos tivemos um início de Campeonato Paranaense com
desempenho positivo dos homens da Federação Paranaense de Futebol, que manejam
o apito e as bandeiras. Se estivesse comandando um confronto da Série (A) do
Campeonato Brasileiro, e, assinalasse as três penalidades com a exatidão que
marcou no jogo que dirigiu, Coritiba 4 x 0 Cascavel, Nilo Neves, fatalmente seria
o árbitro da rodada. Com posicionamento e condicionamento físico impecáveis e
com perfeito equilíbrio psicológico, acoplado a fraqueza técnica da esquadra do
Cascavel e ao bom futebol praticado pelo Coritiba, ficou fácil interpretar e
aplicar as Regras de Futebol. No terceiro pênalti que muitos contestaram agiu
em consonância com as determinações do (IFAB) e da FIFA - porque houve ação de bloqueio
da bola do atleta da equipe da cobra. Excelente arbitragem!
No Germano Krüger
Paulo
Roberto Alves Júnior, o juiz de Operário 0 x 2 Atlético/PR, poderia estar no
mesmo diapasão de Nilo Neves não fora o equívoco disciplinar cometido aos 35’
da etapa final, quando o defensor Lucão da equipe de Ponta Grossa, após fazer
falta e cair ao solo com o rubro-negro Vinicius, em quem desferiu um soco na
cabeça. A Regra 12 – Faltas e
incorreções tipifica este tipo de lance
como conduta violenta - cartão vermelho (expulsão). Errou e errou feio o
indigitado árbitro.
Agora vai?
Dada
a ausência de cursos de alto nível, de investimentos e de uma visão anacrônica
que grassa no setor da arbitragem do futebol paranaense, o futebol do Paraná há
uma década não tem nenhum árbitro (apito), na (Renaf) Relação Nacional de
Árbitros de Futebol como Asp/FIFA. Este quadro letárgico poderá ser suplantado
no próximo mês de abril, quando se confirmadas as expectativas, Rodolpho Tóski
Marques, árbitro da (FPF), formado pelo professor Nelson Lehmkhul em dezembro
de 2005, e é tutelado pelo instrutor da CBF José Mocelin, poderá ser confirmado
como Asp/FIFA pela principal personagem da arbitragem brasileira, o P.h.D
Sérgio Corrêa.
Não tem mais ninguém
Rodolpho
Marques é o único árbitro da (FPF), dado o modelo arcaico empregado na formação
dos novos árbitros e na comissão de arbitragem da entidade paranaense, que
reúne após dez anos as condições exigidas pela CA/CBF a uma vaga de Asp/FIFA.
Os demais apitos da (FPF) que compõe a Renaf têm boas intenções – “mas de boas intenções
o inferno está cheio”, diz um antigo adágio popular.
“Tá tudo dominado” (1)
Foi
a expressão que li quando abri minha caixa eletrônica no final de semana que
passou. A afirmação em tela veio de dois árbitros que pediram “Off” – o silêncio
conjunto das associações de árbitros que são maioria e não desejam criar novos
sindicatos, e dos oito sindicatos que possuem a (Carta Sindical), repito,
somente oito - em relação aos verdadeiros interesses de relevância da confraria
do apito brasileiro, expõe de maneira inexorável a verossimilhança de que “TÁ TUDO DOMINADO”.
“Tá tudo dominado” (2)
E ai
de quem se “atrever” a quebrar o paradigma vergonhoso que vivenciam árbitros e
assistentes do nosso futebol - fatalmente será afastado do quadro e das escalas
das federações e, por consequência, será retirado a fórceps da Renaf e não
viaja mais nas aeronaves da gol. Diante do exposto, o grande projeto do árbitro
do futebol pentacampeão é continuar a saga de brigar por escalas tal qual um “náufrago
em alto mar
Quem deve ser o interlocutor em Brasília?
Em
função das críticas que fiz aqui neste espaço ao ex-árbitro e hoje deputado
federal Evandro Rogério Romam, alçado pela (Anaf) Associação Nacional de
Árbitros de Futebol, como interlocutor da categoria dos homens de preto em
Brasília e dada a sua atuação meia-boca no pleito do direito de arena à
arbitragem, me perguntam quem deveria ocupar tal posição. Respondo: basta
observar quem são os grandes caciques da Câmara dos Deputados e do Senado
federal. Pergunto: quem são os próceres da bancada da bola, da evangélica, da
bala, do agronegócio, dos usineiros, dos caminhoneiros, da construção civil e
das minorias? Só políticos escolados. Está respondido.
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