quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Raio-X da arbitragem

                                                                      Foto: Fifa.com

  • Boa arbitragem
  • Jeferson Antônio da Costa, da Federação Mineira de Futebol, o árbitro de Atlético/PR 1 x 0 Criciúma, partida disputada pela Liga Sul/Minas/Rio, na quarta-feira (24), na Arena da Baixada, demonstrou qualidades que se lapidadas pelo pessoal da Escola Nacional de Arbitragem (Enaf) e pela própria CA/CBF, podem transformá-lo num apito promissor. Sua performance não atingiu o conceito de excelência como se propagou equivocadamente, mas, dentro dos parâmetros estabelecidos pelas REGRAS DE FUTEBOL e num jogo em que não foi exigido na sua plenitude foi de boa qualidade.
  • Desconhecimento, má-fè, ou banalidade? 
  • Alguns “entendidos” em REGRAS DE FUTEBOL, travestidos de analistas de arbitragem, estão afirmando a cada rodada da Liga Sul/Minas/Rio, que o desempenho das arbitragens têm sido de excelência. Realmente, teve e foi uma só no confronto Cruzeiro/MG 3 x 4 Fluminense. O substantivo feminino excelência afirmam os experts, deve ser aplicado quando algo ou alguém dispõem de uma qualidade superior que os fará dignos de uma alta estimativa e apreço por parte das demais pessoas. Portanto, se continuarem as afirmações de que os apitos estão tendo conduta de excelência no aludido torneio, o substantivo em tela corre sério risco de tornar-se algo vulgar, banal no seio dos homens do apito no Brasil.
  • Não houve e não há muito interesse
  • Sobre a não criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol, após dois anos e meio da regulamentação da atividade do homem de preto do futebol brasileiro como profissional, a resposta é simples: conforme consulta realizada junto ao Cadastro Nacional de Entidades Sindicais do ministério do Trabalho e Emprego em Brasília, publicado aqui neste espaço no último dia 5, ha apenas três sindicatos de árbitros de futebol que estão com situação regularizada junto àquele órgão. Paraná, Rio G. do Sul e São Paulo. Sindicatos que já possuíam a Certidão de Registro Sindical (Carta Sindical) - antes do Decreto Lei nº 12.867/2013, que, regulamentou a profissão dos apitos e bandeiras. De lá para cá os avanços foram insignificantes. Ponto.
  • Sem chance por ora
  • Quanto ao direito de arena, de imagem e participação nos lucros das logomarcas das multinacionais que estão alocadas nas mangas e nas costas das camisas dos árbitros que atuam nas competições da CBF, com o modus operandi que é praticado pelas associações de árbitros do futebol brasileiro na atualidade é coisa para o próximo século.
  • Uma CEO para a arbitragem (1)
  • A CBF está realizando estudos no sentido de modernizar o nosso futebol. No projeto de modernização está inserido a arbitragem. Nos Países desenvolvidos, o desenvolvimento e o crescimento qualitativo e quantitativo dos homens que manejam o apito e as bandeiras, aconteceu a partir do momento que pessoas com habilidade e competência administrativa, organizacional, com visão macro de mercado e marketing assumiram o comando da situação. Ou seja, contrataram um CEO.
  • Uma CEO para a arbitragem (2) 
  • A expressão CEO é um estrangeirismo cada vez mais utilizado em comunicações empresariais. Foi introduzido com a globalização e com a necessidade de um responsável pelas estratégias e visão das grandes empresas no mercado internacional. A Premier League na Inglaterra (comanda os clubes) e a Professional Game Match Officials Bord (gere a arbitragem) -  têm um CEO e uma equipe de alto nível a comandá-las. Tanto é que ambas são referência mundial.
  • Uma CEO para a arbitragem (3)
  • Ao abdicar de um personagem importante como o CEO para elaborar um projeto que contemple os anseios da arbitragem brasileira, e, admitir a presença de gente que está diretamente vinculada a arbitragem, de membros da Justiça Desportiva e de segmentos que não possuem as características acima elencadas no projeto de modernização da confraria do apito brasileiro, a CBF não contribui para o incremento qualitativo e, por consequência para a melhora das tomadas de decisões dos juízes e bandeiras.
  • Excesso de especulação
  • O árbitro de vídeo tem proporcionado muita conversa, muita discussão e muitas promessas. Porém, quem vai decidir se autoriza ou não a sua implementação nas principais competições de futebol do planeta a partir de 1º de julho deste ano, ou a continuidade de experiências em partidas não oficiais será o (IFAB) e a FIFA.
  • Milcvzvski no Clássico
  • Após o confronto Coritiba x Londrina na quinta rodada do Campeonato Paranaense, quando cometeu equívocos primários de ordem técnica e disciplinar, pensou-se que o árbitro Adriano Milczvski seria submetido a uma requalificação sobre as Regras do Jogo. Não sei se aconteceu. O que se sabe é que passadas duas rodadas ele foi designado para comandar no próximo domingo, o prélio Paraná Clube x Atlético/PR. Rebaixado pela CA/CBF no Ranking de CBF-1 para CBF-2 em 2015, o indigitado apito retornou este ano à condição de CBF-1. Dependendo de como estiver o seu astral e da conduta dos atletas no campo de jogo, Milczvski é um árbitro utilitário. Do contrário é um árbitro meia-boca. 
  • Projeto inovador (1)
    A parceria anunciada entre a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e a Rede Globo de televisão, no sentido de fornecer imagens das partidas que contenham os erros e acertos cometidos pela arbitragem no Campeonato Carioca é positiva. Mas, a medida ganharia maior repercussão se fosse adotado o procedimento pioneiro que é utilizado pela Premier Leaguer (Inglaterra).
  • Projeto inovador (2)
  • Há mais de uma década, os ingleses que são referência mundial no setor da arbitragem - estabeleceram o seguinte: todas as segundas-feiras na sede da instituição, reúnem-se para discutir os lances da rodada num telão, um representante da Premier League, um técnico das equipes que disputaram a competição no final de semana, um representante da imprensa, um ex-atleta que representa os jogadores e um cartola credenciado pelos clubes - e lá de cabeça fria, com repetições dos lances polêmicos em diferentes ângulos discutem os prós e os contra dos homens de preto que laboraram nos jogos.


 
 

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