quarta-feira, 23 de março de 2016

Nota da Apaf/PR : semiamadora

A Associação Profissional dos Árbitros de Futebol - APAF/PR, após a comissão de arbitragem da Federação Paranaense de Futebol (FPF) anunciar o afastamento do árbitro assistente Leandro Luiz Zeni, por equívocos cometidos no confronto Foz 3 x 3 Paraná Clube, no domingo (20), emitiu nota nesta quarta-feira (23) afirmando que: o trabalho desenvolvido pela comissão de árbitros da (FPF) é excelente. Das duas, uma: ou a associação dos árbitros do Paraná se equivocou no conceito de excelência ou então faltou coragem para falar a verdade.

Há dez anos o quadro de árbitros da (FPF) está circunscrito a pré-temporada e nada mais. Há dez anos a comissão de arbitragem da (FPF) é comandada por Afonso Vitor de Oliveira. Nestes dez anos não há notícia de que a (FPF) e/ou associação tenham realizado um painel, um congresso ou seminário de arbitragem ou intercâmbio com instrutores internacionais fora da pré-temporada.

Há exatos uma década o futebol do Paraná não consegue emplacar um árbitro (apito) no quadro de Asp/FIFA. Por quê? Porque nunca houve e não se conhece nenhum projeto que contemple, analise e  trabalhe o talento, o dom e a vocação dos árbitros da terra das araucárias.

Diante da negativa em tela, o resultado é que em todas as oportunidades que houve a abertura de vagas no quadro Asp/FIFA na CBF, o setor de arbitragem da nossa federação não conseguiu indicar um candidato que preenchesse os requisitos exigidos para tal quadro. Aliás, o Paraná tinha duas vagas no quadro de árbitros da FIFA - perdeu ambas na gestão de Afonso Vitor e não dá sinais de que irá recuperá-las tão cedo.

Lembro que a CA/CBF não escala os árbitros (apitos) da (FPF) e sequer os insere em sorteios nos jogos da Série (A) há um bom tempo. Se existir alguma dúvida basta acessar o link: http://www.cbf.com.br/arbitragem/relacao-de-arbitros#.VvMaQjEvae0dos últimos cinco anos e se constatará a ausência dos nossos apitadores. A exceção foi Rodolpho Toski Marques no ano que passou.

Diz a Apaf/PR na nota que a arbitragem é amadora e as taxas que são pagas aos árbitros, não condizem com a importância das sibilinas funções que os homens de preto desempenham no seu labor.
                Afonso Vitor de Oliveira de camisa branca
Tem razão a Apaf/PR - Só faltou dizer os motivos que levam a arbitragem do Paraná e, por consequência, do Brasil a ser não  amadora, mas semiamadora. O primeiro diz respeito a cartolagem que maneja o futebol pentacampeão, que sempre jogou contra qualquer avanço da arbitragem. O segundo são as associações e sindicatos da categoria, que na sua maioria foram cooptadas pelas federações de futebol, e, pouco ou nada fizeram nos últimos anos para mudar o quadro de semiamadorismo que viceja entre os homens de preto. 

E o terceiro atinge os maiores interessados, os próprios árbitros que se acomodaram e ao invés de evoluírem, optaram em brigar tal qual um náufrago em alto mar por “escalas”. Quanto a remuneração não há nenhuma dúvida de que os valores pagos à arbitragem não condizem com a importância por ela praticada na direção de uma partida.

Quanto ao direito de a (FPF) afastar aqueles árbitros e assistentes que procederem em descompasso com as REGRAS DE FUTEBOL, concordo. Mas faltou a Apaf/PR nominar e exigir que a (FPF) deve implementar uma comissão de alto nível no setor da arbitragem da casa Gêneris Calvo, objetivando incontinenti aos erros de interpretação e aplicação das regras submeter aqueles que erraram a um curso de requalificação.

A imprensa apontar e criticar os erros de arbitragem que trazem prejuízos aos clubes e ao consumidor que é o torcedor, e de acordo com o Estatuto do Torcedor [LEI No 10.671, DE 15 DE MAIO DE 2003.] tem direito a arbitragens de alto nível não significa crime.

PS: (11) diretores da atual diretoria da associação dos árbitros de futebol do Paraná estão em plena atividade na Federação Paranaense de Futebol (FPF) - inclusive o presidente da entidade Adriano Milczvski. O fato em si queiram ou não impede a Apaf/PR de pleitear de forma isenta melhorias à confraria do apito da (FPF) - até porque a maioria esmagadora dos seus dirigentes depende da federação para serem escalados. 

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