quarta-feira, 23 de março de 2016

Assessor e delegado de arbitragem devem ser imparciais

A CBF visando a modernização do futebol brasileiro implementou um Comitê de Reformas, que tem por objetivo específico mudar a sua face e extirpar alguns legados negativos das administrações anteriores.

A arbitragem em que pese as inúmeras denúncias que pesam contra a instituição na área administrativa, conseguiu sobreviver incólume ao mar de lama que se instalou na CBF. Mas nem por isto deixa de ter problemas.

O principal entrave ético e incompatível que vivencia a CBF no setor do apito, está na indicação de dirigentess das federações de futebol, das associações e sindicato de árbitros para atuarem como assessores e delegados de arbitragem nos Campeonatos promovidos pela CBF. 

É ANTIÉTICO, INCOMPATÍVEL e não é aceitável nenhuma desculpa a escalação dos dirigentes acima mencionados, porque o Campeonato Brasileiro das Séries (A, B, C, D, a Copa do Brasil, o Sub-17 e o Sub-20), são competições que tem a direção, organização, regulamento,arbitragem, estádios e delegados designados pela CBF.

Dirigente de federação é eleito para defender os interesses dos filiados da sua entidade perante o contexto que lhe é permitido atuar. Sindicalista de associação ou sindicato é eleito para reivindicar e defender os interesses da categoria do apito junto aos clubes, federações, CBF e na Justiça do Trabalho.

Permitir a indicação e escalar os dirigentes acima mencionados, para exercerem as funções de assessor ou delegado de arbitragem nas competições da CBF, "cheira mal". Quebra a incolumidade, a independência e coloca sob suspeita a veracidade do conteúdo do relatório por eles realizado sobre as tomadas de decisões dos homens de preto do futebol brasileiro.

Diante do exposto, espera-se que a direção da CBF e o Comitê de Reformas insiram no arcabouço que está sendo montado na reestruturação do futebol brasileiro, a proibição da indicação de dirigentes das federações de futebol e de sindicalistas de arbitragem a partir desta temporada na função de assessor ou delegado de arbitragem. E, por consequência, que somente ex-árbitros sem nenhuma vinculacão com as entidades aqui mencionadas possam desempenhar a missão de assessor ou delegado.

É o mínimo que se espera da CBF e do Comitê de Reformas na área da arbitragem - além de moralizar e valorizar os assessores e delegados de arbitragem, a medida resgata a credibilidade e dá total independência aos futuros relatórios sobre as ações da confraria do apito que labora nas partidas sob a regência da CBF. 
    

 



       

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