domingo, 29 de maio de 2016

Notícias do apito

    Carlos Alarcón, diretor do Comitê de Arbitragem da CONMEBOL e membro do Comitê de Arbitragem da FIFA.

Alarcón segue no Comitê de Arbitragem
Um ex-árbitro que pertenceu ao alto clero da arbitragem brasileira e esteve há poucos dias em Assunção (Paraguai), deu uma esticada a sede da (CONMEBOL) Confederação Sul-Americana de Futebol, em Luque, nos arredores da capital paraguaia. Além de matar a saudade, o ex-árbitro procurou pelo presidente do Comitê de Arbitragem da (CONMEBOL), Carlos Alarcón, porém, Alarcón não se encontrava naquele momento.

Mesmo sem a presença de Alarcón, o ex-árbitro que tem enorme consideração pelo mandachuva da arbitragem Sul-Americana, procurou saber a veracidade da notícia veiculada aqui no Brasil no último dia 1º de fevereiro deste ano, conforme link - http://sportv.globo.com/site/programas/bem-amigos/noticia/2016/02/wilson-seneme-e-o-novo-presidente-da-comissao-de-arbitragem-da-conmebol.html.

E a resposta foi: quem decide este tipo de problema é o presidente da (CONMEBOL), Alejandro Dominguez e nós aqui desconhecemos qualquer notícia sobre o fato. O nosso interlocutor foi mais incisivo: e o Dr. Carlos Alarcón como está reagindo a este tipo de notícia? Alarcón está fazendo o que sempre fez e faz há 27 anos na direção da arbitragem da (CONMEBOL) – trabalhando, ministrando cursos, acompanhando e buscando descobrir novos apitos promissores na América do Sul à (CONMEBOL), inclusive no Brasil.

Diante do exposto, Wilson Luiz Seneme, anunciado no link acima, como novo diretor da entidade Sul-Americana, poderá até assumir no futuro - mas, que ficou chato para o próprio Seneme e ao futebol brasileiro não há menor sombra de dúvida.

Foi quebrado o “tabu”
A trempe da arbitragem brasileira, formada pelo árbitro Heber Roberto Lopes e os assistentes Kleber Lucio Gil e Bruno Boschilia, selecionados para a Copa América Centenário dos (EUA), que inicia no próximo dia 3 de junho, quebrou um tabu que perdurava há mais de uma década. É a primeira vez ao longo dos últimos anos, que, a arbitragem do nosso futebol é submetida aos teste físico da FIFA, sob os olhares imutáveis dos instrutores internacionais e não há reprovação no aludido teste.

Tecnologia em benefício da arbitragem
A CBF anunciou a aquisição de um software que está monitorando desde a primeira rodada na Série (A) do Brasileirão, os movimentos e as tomadas de decisões da arbitragem. O objetivo da tecnologia, visa colher dados positivos e negativos dos árbitros e, por consequência, após análise de pessoas capacitadas, orientá-los a melhorar o rendimento e minimizar os erros de interpretação e aplicação das REGRAS DE FUTEBOL.

100% de confiabilidade
A tecnologia além de ser 100% confiável nos dados que serão colhidos, extinguiu os assessores e delegados de arbitragem que atuavam na Série (A) do Campeonato Brasileiro e, por extensão, irá gerar uma economia gigantesca nas finanças da CBF nestes tempos de crise econômica que vivencia o Brasil.

Se bem aproveitada a economia.....
O montante financeiro que era dispendido em passagens aéreas, diárias e taxas aos assessores e delegados, cuja utilidade era constantemente questionada, até porque muitos que exerciam a função nunca apitaram uma partida de futebol e outros eram sindicalistas vinculados a categoria, se for direcionado à arbitragem em palestras e cursos de requalificação, a tendência é termos uma melhora considerável no apito na sequencia do Brasileirão.

Mão na bola ou bola na mão?
É o “tendão de aquiles” da arbitragem em todos os cantos deste universo. Não há competição onde este tipo de lance deixe de sofrer questionamentos. A Regra 12, faltas e incorreções dá a interpretação sobre o lance – há pouco mais de um ano, veio uma nova interpretação que não está regra - a denominada (ação de bloqueio). A medida confundiu o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória e o raciocínio que fazem parte do desenvolvimento intelectual do homem de preto. Daí, todo lance desta natureza propiciar reclamações.

IFAB pode resolver o problema
O (IFAB) que é o único organismo com poderes para autorizar experiências ou alterações nas REGRAS DE FUTEBOL, deveria se posicionar a respeito do tema e equacionar a questão. Até porque a avalanche de palestras, explicações e vídeos tornaram-se infrutíferos sobre o lance bola na mão ou mão na bola. A discordância contra a marcação deste tipo de infração dentro da área penal é universal.

Mais parado do que água de poço
O silencio das entidades de classe que afirmam peremptoriamente “trabalhar” em benefício da categoria dos homens que manejam os apitos e bandeiras da Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf), no que tange as logomarcas estampadas nas mangas das camisas e nas costas das vestimentas é similar a água de poço. Não há uma única voz que solicite pelo menos um “naco” do patrocínio à confraria do apito. Pelo andar da carruagem, a exemplo dos anos anteriores, os homens de negro que estão atuando no Brasileiro 2016, terão que se contentar com a reposição da inflação e equiparação das taxas de arbitragem. Como não há nenhuma conquista desde outubro de 2013, o que era obrigação, pleitear a reposição da inflação, foi transformada em “VITÓRIA DA ARBITRAGEM BRASILEIRA”.  

PS: A notícia veiculada no conceituado sitio, APITO NACIONAL nesta segunda-feira, de que o IFAB não autorizou a implementação do árbitro de vídeo (AV) neste ano, apenas corrobora o que já havíamos noticiado aqui neste espaço inúmeras vezes nos últimos meses. Quem acompanha os nossos posts é testemunha ocular. É óbvio que por ser uma experiência relevante para a melhora das tomadas de decisões da arbitragem e, por consequência, diminuir o número de erros da confraria do apito, os testes devem ter 100% de eficácia. 

PS (2): Aliás, só escrevi o que escrevi a respeito do fato porque, tive o cuidado de ler a Ata da 130ª Reunião Geral Anual do (IFAB) em inglês, do último dia 5 de março, onde está especificado que o (AV) só seria testado a partir de 2017. E, por derradeiro, o único lugar do planeta onde o árbitro de vídeo foi transformado num oba-oba danado, ou em conversa de botequim, foi no futebol brasileiro. A certeza que fica é de que os nossos dirigentes não leram ou não entenderam a Ata do Board e, por extensão, acrescentam mais um "mico" ao anedotário do futebol pentacampeão.     

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